Exame Logo

Já contou com quantas marcas você se relaciona diariamente?

O mundo não orbita em torno das nossas empresas.

MO

Marcio Oliveira

Publicado em 6 de julho de 2015 às 13h23.

Última atualização em 19 de março de 2017 às 22h57.

Um dia, após chegar nesta pergunta em uma reunião, fiquei pensando em como medir isso. E foi simples, resolvi me usar como cobaia em uma despretensiosa “pesquisa quantitativa”.

Durante sete dias eu contei a quantidade de marcas de duas maneiras:

Pesquisa 1– Contei a quantidade de marcas com as quais me relacionei apenas consumindo seus produtos/serviços, em todas as categorias possíveis, incluindo também coisas como, por exemplo, a marca do meu colchão, de alimentos, do remédio que tomei, do chinelo, da pasta de dente, do carro, do banco, do computador, caneta que uso e assim por diante.

Pesquisa 2– Durante o mesmo período, contei a quantidade de marcas que fizeram comigo algum tipo de comunicação dirigida apenas (e-mail, post patrocinado, SMS, mala direta etc.).

Vamos aos resultados:

Apesar de não ter nenhuma referência para comparar, considerei os números altos. E como falar de Relacionamento com Clientes neste cenário?

Recentemente vi o material de uma palestra do presidente de uma grande agência de propaganda que trazia a seguinte frase: “O mundo não orbita em torno das nossas empresas”.

Esta é uma verdade que muitas empresas ainda precisam tomar consciência e aceitar. Costumo dizer quando discuto estratégia de relacionamento com alguma empresa, que ela deve ter consciência que o seu cliente não acorda todos os dias com uma vontade enorme de consumir seu produto, entrar na sua página do Facebook ou abrir e clicar no email que ela enviou para ele com alguma oferta.

Claro, às vezes isso acontece, mas o problema é que cada empresa (e seus profissionais de marketing e agências) costuma olhar apenas para o seu umbigo e se esquecer, convenientemente, de que o cliente dela também é cliente de várias outras empresas. Digo convenientemente, porque creio que a consciência disso até existe, mas não a ponto de ajudar a mudar o comportamento e a estratégia, ou seja, normalmente a empresa trata o cliente como se apenas ela existisse para ele, muitas vezes bombardeando-o com diversos tipos de ações e criando expectativas enormes nos indicadores de resultados. E lógico, o resultado muitas vezes não vem. Expandindo o resultado da minha pequena pesquisa, digo inclusive que este comportamento das empresas ajuda a aumentar ainda mais o problema.

Por isso, sugiro cinco coisas para você empreendedor, executivo de marketing e vendas ou profissional de agência que está lendo este artigo:

1 - MENOS É MAIS – Contenha a ansiedade por resultados de vendas rápidos e se preocupe mais com a adequação e qualidade das ações do que com a quantidade. Faça ações baseadas em dados, de modo que a sua empresa busque de fato estabelecer um relacionamento e uma conexão consciente do seu cliente com a sua marca.

2 - FAÇA ESCOLHAS DE LONGO PRAZO. Respeite o tempo e o momento do seu cliente e torne o relacionamento sustentável, ou seja, não adianta querer vender agora a todo custo, se não é o momento do cliente comprar.

3 - ESCUTE SEU CLIENTE. Lembre-se também que relacionamento é uma via de mão dupla. Fale, mas esteja aberto a ouvir também tudo o que o seu cliente quiser falar e, principalmente, quando ele quiser falar.

4 - SEJA HUMILDE. Aceite que a sua empresa/marca é o centro do mundo apenas para você e não para seu cliente. A arrogância corporativa, principalmente de grandes marcas, afasta o cliente ou, quando o produto/serviço for indispensável, vai tornar a relação fria, apenas comercial e com certeza desequilibrada. E nenhuma relação dura com desequilíbrio.

5 - FAÇA O MESMO TESTE QUE FIZ COMIGO COM VOCÊ E REFLITA NO RESULTADO PENSANDO COMO CLIENTE.

Um dia, após chegar nesta pergunta em uma reunião, fiquei pensando em como medir isso. E foi simples, resolvi me usar como cobaia em uma despretensiosa “pesquisa quantitativa”.

Durante sete dias eu contei a quantidade de marcas de duas maneiras:

Pesquisa 1– Contei a quantidade de marcas com as quais me relacionei apenas consumindo seus produtos/serviços, em todas as categorias possíveis, incluindo também coisas como, por exemplo, a marca do meu colchão, de alimentos, do remédio que tomei, do chinelo, da pasta de dente, do carro, do banco, do computador, caneta que uso e assim por diante.

Pesquisa 2– Durante o mesmo período, contei a quantidade de marcas que fizeram comigo algum tipo de comunicação dirigida apenas (e-mail, post patrocinado, SMS, mala direta etc.).

Vamos aos resultados:

Apesar de não ter nenhuma referência para comparar, considerei os números altos. E como falar de Relacionamento com Clientes neste cenário?

Recentemente vi o material de uma palestra do presidente de uma grande agência de propaganda que trazia a seguinte frase: “O mundo não orbita em torno das nossas empresas”.

Esta é uma verdade que muitas empresas ainda precisam tomar consciência e aceitar. Costumo dizer quando discuto estratégia de relacionamento com alguma empresa, que ela deve ter consciência que o seu cliente não acorda todos os dias com uma vontade enorme de consumir seu produto, entrar na sua página do Facebook ou abrir e clicar no email que ela enviou para ele com alguma oferta.

Claro, às vezes isso acontece, mas o problema é que cada empresa (e seus profissionais de marketing e agências) costuma olhar apenas para o seu umbigo e se esquecer, convenientemente, de que o cliente dela também é cliente de várias outras empresas. Digo convenientemente, porque creio que a consciência disso até existe, mas não a ponto de ajudar a mudar o comportamento e a estratégia, ou seja, normalmente a empresa trata o cliente como se apenas ela existisse para ele, muitas vezes bombardeando-o com diversos tipos de ações e criando expectativas enormes nos indicadores de resultados. E lógico, o resultado muitas vezes não vem. Expandindo o resultado da minha pequena pesquisa, digo inclusive que este comportamento das empresas ajuda a aumentar ainda mais o problema.

Por isso, sugiro cinco coisas para você empreendedor, executivo de marketing e vendas ou profissional de agência que está lendo este artigo:

1 - MENOS É MAIS – Contenha a ansiedade por resultados de vendas rápidos e se preocupe mais com a adequação e qualidade das ações do que com a quantidade. Faça ações baseadas em dados, de modo que a sua empresa busque de fato estabelecer um relacionamento e uma conexão consciente do seu cliente com a sua marca.

2 - FAÇA ESCOLHAS DE LONGO PRAZO. Respeite o tempo e o momento do seu cliente e torne o relacionamento sustentável, ou seja, não adianta querer vender agora a todo custo, se não é o momento do cliente comprar.

3 - ESCUTE SEU CLIENTE. Lembre-se também que relacionamento é uma via de mão dupla. Fale, mas esteja aberto a ouvir também tudo o que o seu cliente quiser falar e, principalmente, quando ele quiser falar.

4 - SEJA HUMILDE. Aceite que a sua empresa/marca é o centro do mundo apenas para você e não para seu cliente. A arrogância corporativa, principalmente de grandes marcas, afasta o cliente ou, quando o produto/serviço for indispensável, vai tornar a relação fria, apenas comercial e com certeza desequilibrada. E nenhuma relação dura com desequilíbrio.

5 - FAÇA O MESMO TESTE QUE FIZ COMIGO COM VOCÊ E REFLITA NO RESULTADO PENSANDO COMO CLIENTE.

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se