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Grandes negócios prosperam na ignorância

Prosperar de forma sustentável é simples: basta relacionar-se com o cliente sempre com o compromisso de praticar o propósito da empresa

chinese man with handcuffs (Designed by Asierromero / Freepik/Creative Commons)
LB

Leonardo Barci

Publicado em 20 de janeiro de 2020 às 04h00.

Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 05h00.

Se a bolsa de valores é um bom indicador do que nos espera para 2020, acredito que temos bons números.

O ano começa em alta, o que indica algum tipo de confiança do investidor e do mercado na economia para este novo ano.

Mas, para o cidadão comum, com poucas ou eventualmente nenhuma ação na bolsa, o que isso significa?

Me lembro, há alguns anos, em uma palestra do Gustavo Cerbasi (o famoso consultor financeiro) onde ele previa que no momento em que a bolsa chegasse a 70 mil pontos, o Brasil seria diferente. Bem, já estamos chegando aos 120 mil pontos e a visão geral não me parece muito melhor do que naquela época. É indiscutível que materialmente a média da qualidade de vida dos brasileiros melhorou nestes últimos anos mas, ao mesmo tempo, não consigo enxergar que isso tenha refletido na melhoria da qualidade de vida como um todo, principalmente em um índice tão sutil quanto a felicidade.

Continuamos apostando no crescimento material infinito como indicador de sucesso da humanidade. Será que é este o caminho?

Por outro lado, essa necessidade humana de crescimento infinito, em um planeta finito leva, naturalmente, a ciclos de crises e à revisão daquilo que funciona e daquilo que não mais funciona. Segundo alguns textos que li recente, 2020 deve ser um destes anos de revisão.

Independentemente da capacidade de previsão no futuro, o fato é que caminhamos para uma inevitável revisão econômica, educacional e social generalizada. Para dizer o mínimo.

Não é preciso ser um expert para compreender que a aparente inocência na integração e disseminação da informação através da internet faria, em algum momento, ruir aquilo que não nos serve mais como sociedade global.

Em um mundo onde os meios de produção vão dando espaço para a informação como diferencial competitivo, como fica o Relacionamento com Clientes?

Quando se fala de Relacionamento com Clientes, a lógica parece andar na contramão do senso comum de quanto maior melhor.

Afinal, como usuários, talvez queiramos ser atendidos pela maior empresa da galáxia, mas como clientes o que cada um de nós gostaria é de ter um atendimento único e exclusivo.

Na minha visão, o pulo do gato é que em um mundo baseado na concentração dos meios de produção, o dinheiro e a capacidade política são valiosas moedas de troca. No mundo dos bits e bytes, entretanto, a lógica é outra.

Embora exista o perigo da concentração exagerada de dados em poucas mãos, há uma ligação mais próxima entre as pessoas e os dados que as representam. Isso significa que o acesso que as empresas e governos tiveram até o presente momento através de pesquisas e censos estão cada vez mais acessíveis (e compreensíveis) também ao cidadão-cliente comum.

Não é por acaso que 2019 foi marcado com um número sem fim de levantes civis pelo mundo todo. Até o Chile, um dos países com melhor qualidade de vida da América Latina resolveu sair da zona de conforto.

Na minha leitura atual nas relações com os clientes, o caminho de transformação ainda permanece o mesmo, a busca pelo real sentido daquilo que se faz.

Para uma empresa isso significa compreender o seu real propósito de existência. Como e quanto a empresa contribui para o bem comum.

Em contradição com o ditado popular acredito que boas intenções ainda são ferramentas poderosas para o sucesso de qualquer negócio. Escolher, falar e praticar a verdade de seus ideais nobres, em minha visão, é um bom caminho.

A lógica para isso que coloco no final deste post é simples: se você (como empresa) tem acesso a mesma informação que seu cliente, então buscar trabalhar em sintonia com esta verdade compartilhada pode ser um caminho de uma boa co-construção.

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Se a bolsa de valores é um bom indicador do que nos espera para 2020, acredito que temos bons números.

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Mas, para o cidadão comum, com poucas ou eventualmente nenhuma ação na bolsa, o que isso significa?

Me lembro, há alguns anos, em uma palestra do Gustavo Cerbasi (o famoso consultor financeiro) onde ele previa que no momento em que a bolsa chegasse a 70 mil pontos, o Brasil seria diferente. Bem, já estamos chegando aos 120 mil pontos e a visão geral não me parece muito melhor do que naquela época. É indiscutível que materialmente a média da qualidade de vida dos brasileiros melhorou nestes últimos anos mas, ao mesmo tempo, não consigo enxergar que isso tenha refletido na melhoria da qualidade de vida como um todo, principalmente em um índice tão sutil quanto a felicidade.

Continuamos apostando no crescimento material infinito como indicador de sucesso da humanidade. Será que é este o caminho?

Por outro lado, essa necessidade humana de crescimento infinito, em um planeta finito leva, naturalmente, a ciclos de crises e à revisão daquilo que funciona e daquilo que não mais funciona. Segundo alguns textos que li recente, 2020 deve ser um destes anos de revisão.

Independentemente da capacidade de previsão no futuro, o fato é que caminhamos para uma inevitável revisão econômica, educacional e social generalizada. Para dizer o mínimo.

Não é preciso ser um expert para compreender que a aparente inocência na integração e disseminação da informação através da internet faria, em algum momento, ruir aquilo que não nos serve mais como sociedade global.

Em um mundo onde os meios de produção vão dando espaço para a informação como diferencial competitivo, como fica o Relacionamento com Clientes?

Quando se fala de Relacionamento com Clientes, a lógica parece andar na contramão do senso comum de quanto maior melhor.

Afinal, como usuários, talvez queiramos ser atendidos pela maior empresa da galáxia, mas como clientes o que cada um de nós gostaria é de ter um atendimento único e exclusivo.

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Embora exista o perigo da concentração exagerada de dados em poucas mãos, há uma ligação mais próxima entre as pessoas e os dados que as representam. Isso significa que o acesso que as empresas e governos tiveram até o presente momento através de pesquisas e censos estão cada vez mais acessíveis (e compreensíveis) também ao cidadão-cliente comum.

Não é por acaso que 2019 foi marcado com um número sem fim de levantes civis pelo mundo todo. Até o Chile, um dos países com melhor qualidade de vida da América Latina resolveu sair da zona de conforto.

Na minha leitura atual nas relações com os clientes, o caminho de transformação ainda permanece o mesmo, a busca pelo real sentido daquilo que se faz.

Para uma empresa isso significa compreender o seu real propósito de existência. Como e quanto a empresa contribui para o bem comum.

Em contradição com o ditado popular acredito que boas intenções ainda são ferramentas poderosas para o sucesso de qualquer negócio. Escolher, falar e praticar a verdade de seus ideais nobres, em minha visão, é um bom caminho.

A lógica para isso que coloco no final deste post é simples: se você (como empresa) tem acesso a mesma informação que seu cliente, então buscar trabalhar em sintonia com esta verdade compartilhada pode ser um caminho de uma boa co-construção.

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