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9 características da empresa que realmente coloca o cliente no centro

Centralidade no cliente não pode ser apenas uma iniciativa de uma área, mas uma estratégia corporativa que impacta a cultura organizacional.

Architect and his client looking at the hologram of a house project over a tablet computer. The client is reviewing his future house layout
Note to inspector: I am the author of the building project (Warchi/Getty Images)

Architect and his client looking at the hologram of a house project over a tablet computer. The client is reviewing his future house layout Note to inspector: I am the author of the building project (Warchi/Getty Images)

Publicado em 25 de abril de 2025 às 16h36.

Indo direto ao ponto, a sua empresa de fato coloca o cliente no centro? Se sim, todo este esforço e investimento estão dando os resultados esperados?

Questiono se muitas destas empresas realmente entenderam o que significa ser centrada no cliente e arrisco a dizer boa parte delas apenas entraram na onda das “tendências de mercado”, adotando o discurso nem sempre amparado em um projeto corporativo, mas normalmente como uma iniciativa de uma área ou mesmo de um profissional buscando alavancar a carreira.

O principal problema disso é que todo o discurso sobre colocar o cliente no centro das decisões não será sustentado porque na prática, o comportamento da empresa irá mostrar que o objetivo mesmo e o que estará no centro é apenas o dinheiro do cliente.

E uma empresa dirigida apenas pelo dinheiro, não conseguirá esconder do cliente a sua vontade real, não adianta o que ela fala ou promete. Em outras palavras, ela pode até tentar colocar o cliente no centro em determinados momentos, mas nas horas das escolhas difíceis, uma eventual decisão financeira terá sempre um peso muito grande, mesmo que às custas do cliente.

Por isso resolvi listar abaixo as 9 principais características de uma empresa que realmente tem a sua estratégia centrada no cliente.

1. Tem um propósito claro que a norteia e sabe que o lucro é uma consequência disso;

2. Os colaboradores conhecem e identificam com este propósito, ou seja, a sua cultura organizacional nada mais é do que este propósito sendo colocado em prática;

3. Consegue escutar verdadeiramente os seus clientes;

4. Busca a empatia com os clientes antes da simpatia;

5. Sabe que nem o seu cliente e nem ela tem sempre razão, porque não é uma discussão sobre razão, mas sobre responsabilidade no relacionamento;

6. Tem um modelo financeiro e de lucro sustentável para ela e para os clientes;

7. Entende que muitas vezes é melhor um lucro menor no curto prazo para ser muito maior no longo prazo;

8. Tem metas financeiras, mas não vive em função delas apenas;

9. Sabe que não é perfeita e que erra, mas reconhece os erros, conserta e pede desculpas para os clientes.

Fazer isso não é necessariamente simples e é preciso combater muitas barreiras e crenças internas já consolidadas, mas nesta era onde os comportamentos de compra e de relação das pessoas com as marcas estão mudando tão rapidamente, colocar o cliente no centro de verdade e construir com ele um relacionamento sustentável, poderá ser o grande diferencial competitivo da empresa, poderá também fazê-la crescer no longo prazo, blindá-la de eventuais crises futuras e talvez até mesmo garantir a sua sobrevivência.

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