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Sustentabilidade e inovação, como será em 2022?

Empresas já perceberam a oportunidade de colaborar para minimizar a crise climática e o conceito de ESG tem se colocado de modo cada vez mais pronunciado

Vista aérea de Foz do Iguaçu, no Paraná: lideranças locais estão implantando o primeiro bairro inteligente do país, com iniciativas de inovação nas áreas de segurança pública, mobilidade urbana, meio ambiente e integração com a comunidade (Divulgação/Prefeitura de Foz do Iguaçú/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2021 às 11h15.

Seguimos para o final do ano de 2021 com alguns desafios globais renovados e, naturalmente, nos impondo reflexões críticas sobre inovação e sustentabilidade, no contexto do que se está denominando mundialmente de recuperação verde.

ESG: a sigla que está mudando o mercado financeiro também pode mudar os seus investimentos para melhor. Descubra como.

E, enquanto presenciamos o surgimento de mais uma variante no novo Coronavírus, que em um contexto de relações internacionais denuncia alguns equívocos dos países mais desenvolvidos na condução da política de vacinação global, a COP-26 indicou novamente para a dimensão da crise climática e para o compromisso mundial de substituição de nossas fontes de energia.

Temos então um contexto de incerteza quanto à saúde no mundo e, em face da mudança climática, um quadro de aceleração ainda maior da produção e distribuição de fontes energéticas renováveis.

Um exemplo importante de inovação e busca de construção de alternativas sustentáveis de recuperação econômica vem dos Estados Unidos. A aprovação do pacote de recuperação econômica americano, que deve investir US$ 1,2 trilhão no processo de reconstrução da infraestrutura do país, indica claramente para soluções verdes para a resolução de várias questões importantes para o país.

Na área de despoluição de mananciais aquíferos, melhoria das condições de abastecimento e redução de perdas d’água, além de coleta e tratamento de esgoto, serão investidos US$ 55 bilhões. E o programa prevê ainda investimentos de US$ 65 bilhões na captura de carbono e reforço da produção de energia elétrica no país, a partir de fontes renováveis, como a solar, eólica e o hidrogênio verde.

Na área de transportes, além da recuperação de estradas e pontes, serão investidos US$ 7,5 bilhões na implantação de estações de recarga elétrica para veículos particulares. Além disso, serão investidos US$ 39 bilhões nos sistemas públicos de transporte, que passarão a privilegiar a utilização de veículos movidos a energia renovável.

Esses números expressivos buscam enfrentar o desafio de recuperação da infraestrutura, como já mencionei, mas principalmente, como citado pelo The New York Times, reconhecem que a mudança climática é, de fato, uma crise, pois o país agora, sob a liderança do governo Biden através de acordo bipartidário, busca políticas públicas concretas para amenizar os prejuízos que eventos climáticos extremos como secas, inundações e suas consequências têm tido para a maior economia do mundo.

E quanto ao Brasil?

Vêm do nosso setor privado os principais esforços no sentido de colocar a pauta da sustentabilidade na fronteira das discussões cotidianas. Grandes, médias e pequenas empresas já perceberam a oportunidade de colaborar ativamente para minimizar a crise climática e o conceito de ESG (meio ambiente, social e governança) tem se colocado de modo cada vez mais pronunciado no setor.

Esta percepção, ainda que de modo ainda tímido, vem sendo disseminada no setor público brasileiro, que passa a entender que a preservação do meio ambiente, a redução das desigualdades e a adoção de práticas de governança éticas e participativas são chave para a resolução de muitos dos nossos problemas atuais.

Exemplos como os da InvestSP, agência de estímulo a investimentos, vinculada à Secretaria de Fazenda e Planejamento do governo estadual de São Paulo, vem estudando formas de incentivar negócios verdes no estado e trazer esses princípios do ESG para dentro da máquina governamental. Santa Catarina, Distrito Federal e o Paraná também vêm desenvolvendo práticas nesta direção, mostrando também que o conceito se dissemina e estabelece novos parâmetros na gestão pública.

No ambiente municipal, no Brasil, a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial tem implantado programas inovadores nas cidades de Petrolina e Foz do Iguaçu. No município nordestino, está sendo realizado um experimento relacionado a semáforos inteligentes, a partir do uso de AI, para melhoria das condições de tráfego na cidade.

Em Foz do Iguaçu, a partir de metodologia de sandbox, está sendo implantado o primeiro bairro inteligente do país, com iniciativas de inovação nas áreas de segurança pública, mobilidade urbana, meio ambiente e integração com a comunidade.

A metodologia sandbox é uma plataforma de testes que permite que ferramentas tecnológicas e sustentáveis possam ser aplicadas em determinado território, em formato que permite a avaliação de impacto das soluções utilizadas. Permitindo assim, que a expansão das ferramentas e soluções seja realizada de modo mais seguro e viável.

Há inúmeras outras experiências de inovação e sustentabilidade pelo mundo. Na Espanha, Austrália e Noruega, por exemplo, há experimentos interessantes sobre conversão de umidade do ar em água e luz, bem como o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis que se transformam em flor, após determinado período de tempo.

Em resumo, ainda envoltos na crise de saúde mundial que se inaugurou em face do novo Coronavírus, buscamos nos adaptar às ameaças da mudança climática e das desigualdades sociais, buscando enfrentar esses enormes desafios a partir de inovações tecnológicas, de governança e, principalmente, de percepção sobre os caminhos de nosso bem-estar no planeta.

Que essas pautas tomem um lugar especial em 2022, momento relevante e único para construirmos soluções para os problemas brasileiros.

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Seguimos para o final do ano de 2021 com alguns desafios globais renovados e, naturalmente, nos impondo reflexões críticas sobre inovação e sustentabilidade, no contexto do que se está denominando mundialmente de recuperação verde.

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E, enquanto presenciamos o surgimento de mais uma variante no novo Coronavírus, que em um contexto de relações internacionais denuncia alguns equívocos dos países mais desenvolvidos na condução da política de vacinação global, a COP-26 indicou novamente para a dimensão da crise climática e para o compromisso mundial de substituição de nossas fontes de energia.

Temos então um contexto de incerteza quanto à saúde no mundo e, em face da mudança climática, um quadro de aceleração ainda maior da produção e distribuição de fontes energéticas renováveis.

Um exemplo importante de inovação e busca de construção de alternativas sustentáveis de recuperação econômica vem dos Estados Unidos. A aprovação do pacote de recuperação econômica americano, que deve investir US$ 1,2 trilhão no processo de reconstrução da infraestrutura do país, indica claramente para soluções verdes para a resolução de várias questões importantes para o país.

Na área de despoluição de mananciais aquíferos, melhoria das condições de abastecimento e redução de perdas d’água, além de coleta e tratamento de esgoto, serão investidos US$ 55 bilhões. E o programa prevê ainda investimentos de US$ 65 bilhões na captura de carbono e reforço da produção de energia elétrica no país, a partir de fontes renováveis, como a solar, eólica e o hidrogênio verde.

Na área de transportes, além da recuperação de estradas e pontes, serão investidos US$ 7,5 bilhões na implantação de estações de recarga elétrica para veículos particulares. Além disso, serão investidos US$ 39 bilhões nos sistemas públicos de transporte, que passarão a privilegiar a utilização de veículos movidos a energia renovável.

Esses números expressivos buscam enfrentar o desafio de recuperação da infraestrutura, como já mencionei, mas principalmente, como citado pelo The New York Times, reconhecem que a mudança climática é, de fato, uma crise, pois o país agora, sob a liderança do governo Biden através de acordo bipartidário, busca políticas públicas concretas para amenizar os prejuízos que eventos climáticos extremos como secas, inundações e suas consequências têm tido para a maior economia do mundo.

E quanto ao Brasil?

Vêm do nosso setor privado os principais esforços no sentido de colocar a pauta da sustentabilidade na fronteira das discussões cotidianas. Grandes, médias e pequenas empresas já perceberam a oportunidade de colaborar ativamente para minimizar a crise climática e o conceito de ESG (meio ambiente, social e governança) tem se colocado de modo cada vez mais pronunciado no setor.

Esta percepção, ainda que de modo ainda tímido, vem sendo disseminada no setor público brasileiro, que passa a entender que a preservação do meio ambiente, a redução das desigualdades e a adoção de práticas de governança éticas e participativas são chave para a resolução de muitos dos nossos problemas atuais.

Exemplos como os da InvestSP, agência de estímulo a investimentos, vinculada à Secretaria de Fazenda e Planejamento do governo estadual de São Paulo, vem estudando formas de incentivar negócios verdes no estado e trazer esses princípios do ESG para dentro da máquina governamental. Santa Catarina, Distrito Federal e o Paraná também vêm desenvolvendo práticas nesta direção, mostrando também que o conceito se dissemina e estabelece novos parâmetros na gestão pública.

No ambiente municipal, no Brasil, a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial tem implantado programas inovadores nas cidades de Petrolina e Foz do Iguaçu. No município nordestino, está sendo realizado um experimento relacionado a semáforos inteligentes, a partir do uso de AI, para melhoria das condições de tráfego na cidade.

Em Foz do Iguaçu, a partir de metodologia de sandbox, está sendo implantado o primeiro bairro inteligente do país, com iniciativas de inovação nas áreas de segurança pública, mobilidade urbana, meio ambiente e integração com a comunidade.

A metodologia sandbox é uma plataforma de testes que permite que ferramentas tecnológicas e sustentáveis possam ser aplicadas em determinado território, em formato que permite a avaliação de impacto das soluções utilizadas. Permitindo assim, que a expansão das ferramentas e soluções seja realizada de modo mais seguro e viável.

Há inúmeras outras experiências de inovação e sustentabilidade pelo mundo. Na Espanha, Austrália e Noruega, por exemplo, há experimentos interessantes sobre conversão de umidade do ar em água e luz, bem como o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis que se transformam em flor, após determinado período de tempo.

Em resumo, ainda envoltos na crise de saúde mundial que se inaugurou em face do novo Coronavírus, buscamos nos adaptar às ameaças da mudança climática e das desigualdades sociais, buscando enfrentar esses enormes desafios a partir de inovações tecnológicas, de governança e, principalmente, de percepção sobre os caminhos de nosso bem-estar no planeta.

Que essas pautas tomem um lugar especial em 2022, momento relevante e único para construirmos soluções para os problemas brasileiros.

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