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A força que emerge: como 5 dias em Stanford podem apoiar a transformação de uma gestão inteira

Foram ímpares os momentos que lideranças públicas e privadas vivenciaram na formação sobre economia verde que a Comunitas promoveu nos Estados Unidos

Da esquerda para direita, à frente, Natália Resende (secretária de meio ambiente, infraestrutura do governo de São Paulo), Paulo Alexandre Barbosa (deputado federal), Daniela Barbalho (conselheira do Tribunal de Contas do Pará), Helder Barbalho (governador do Pará), Regina Esteves (diretora-presidente da Comunitas), Marília Melo (secretária de meio ambiente e desenvolvimento sustentável de Minas Gerais), Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul), Eduardo Riedel (governador de Mato Grosso do Sul), Leany Lemos (secretária nacional de planejamento orçamentário); ao fundo, Vitor Saback (secretário de geologia, mineração e transformação mineral do Ministério de Minas e Energia), Pedro Paulo Carvalho Teixeira (deputado federal), Luiz Augusto Silva (secretário do planejamento do Paraná) e Fernando Chucre (secretaria de planejamento e entregas prioritárias da prefeitura de São Paulo): missão à Universidade de Stanford para aprofundar conhecimentos sobre economia verde (Comunitas/Divulgação)
Regina Esteves

CEO da Comunitas e colunista

Publicado em 28 de julho de 2023 às 21h13.

Última atualização em 23 de outubro de 2024 às 17h01.

Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas

Todos nós conhecemos o dito popular que nos fala que várias cabeças juntas pensam melhor que uma. Pouca gente se atreveria a dizer que não, tamanha a força do dito. Infelizmente, no dia a dia que vivenciamos a contemporaneidade, com tantas ansiedades, obrigações, e, no caso das altas lideranças, cobranças imensas e, não raro, solitárias, nem sempre é possível fazer o que a sabedoria popular já consagrou como algo extremamente proveitoso: “pensar junto”.

E, por isso mesmo, posso afirmar sem medo que foram muito valorosos e ímpares os momentos que algumas lideranças públicas e privadas vivenciaram na formação que a Comunitas acaba de promover, em uma das mais prestigiosas universidades do mundo, a Universidade de Stanford, com o intuito de fortalecer lideranças públicas brasileiras e de disseminar entre essa turma tão qualificada o estado da arte do debate sobre a economia verde.

O que a missão brasileira viu em Stanford

Governadores, secretários de estado, parlamentares, prefeitos e CEOs passaram cinco dias juntos na Califórnia. Se cada um deles contava com diferentes expectativas, backgrounds, histórias e trajetórias, a disposição de aprender, de trocar sugestões e ideias sobre boas práticas e estudos de caso analisados era a mesma.

Em comum, também, a vontade de se inspirar e trazer essas experiências, com seus erros e acertos, para “casa”. Foram incontáveis trocas realizadas entre essas 24 lideranças públicas e privadas, de cinco diferentes regiões do país, que puderam pensar juntas sobre formas de impulsionar nossa transição para uma energia limpa, para fomentar a economia verde e para promover no Brasil um crescimento econômico sustentável.

Além de aproveitar o conteúdo oferecido, com bons exemplos, práticas inovadoras sobre temáticas como economia, democracia, mudanças climáticas, a importância da avaliação ambiental nos investimentos em projetos de desenvolvimento urbano, dentre muitos outros.

As reflexões e questionamentos compartilhados serviram para reforçar os propósitos de muitos, que já veem na colaboração entre os setores público e privado uma chave fundamental para a solução de problemas. Mas isso não foi tudo.

Algumas das lideranças presentes destacaram a importância desse apoio que vem não somente na forma de um amparo técnico, mas também moral, e que ganha ainda mais significado por vir da sociedade civil.

Os temas da economia verde

Para alguns desses presentes, que estão na vida pública há décadas, nem sempre exercer o poder é fácil: uma decisão tomada afeta a vida de centenas, às vezes de milhares de pessoas.

Portanto, a força maior está no grupo, que une pessoas com as mesmas angústias e dúvidas, para se apoiar não somente durante esses dias, mas principalmente em suas atuações em prol de resultados para nosso país, para seus estados e cidades. Esse efeito, apesar de imensurável, é muito gratificante, pode e deve ser duradouro.

Os insights vindos desses dias sem dúvida vão reverberar nas gestões dos presentes de forma longeva como eles mesmos destacaram. Muitos mencionaram pontos importantes que levarão a mais e mais estudos, à procura de mais e mais referências.

E mencionaram principalmente a importância da rede de cooperação que se formou, algo que pode encorajar os presentes a inovar, algo nem sempre trivial quando se trata da máquina pública.

Correr riscos pode parecer assustador e suscitar inúmeras dúvidas, fazendo com que muitos optem por fazer tudo “como sempre foi feito”. Mas, os estudos de caso mostram que é possível mudar. E o entusiasmo da rede pode fazer a diferença no longo prazo e na produção de resultados de grande impacto para o país.

Fortalecidos pelas parcerias criadas, podem enfrentar temas relevantes para a economia verde, como investimento de impacto e energia limpa, políticas industriais verdes, equidade privada, energias renováveis, políticas de subsídios, desafios para a democracia, avanços tecnológicos, energéticos e de infraestrutura, resolução de problemas de políticas públicas, parcerias público-privadas e a relação entre mudança climática e democracia. Mais que isso, juntos, podem desenvolver melhores políticas públicas e apoiar a construção de um país inovador, colaborativo e transformador.

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Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas

Todos nós conhecemos o dito popular que nos fala que várias cabeças juntas pensam melhor que uma. Pouca gente se atreveria a dizer que não, tamanha a força do dito. Infelizmente, no dia a dia que vivenciamos a contemporaneidade, com tantas ansiedades, obrigações, e, no caso das altas lideranças, cobranças imensas e, não raro, solitárias, nem sempre é possível fazer o que a sabedoria popular já consagrou como algo extremamente proveitoso: “pensar junto”.

E, por isso mesmo, posso afirmar sem medo que foram muito valorosos e ímpares os momentos que algumas lideranças públicas e privadas vivenciaram na formação que a Comunitas acaba de promover, em uma das mais prestigiosas universidades do mundo, a Universidade de Stanford, com o intuito de fortalecer lideranças públicas brasileiras e de disseminar entre essa turma tão qualificada o estado da arte do debate sobre a economia verde.

O que a missão brasileira viu em Stanford

Governadores, secretários de estado, parlamentares, prefeitos e CEOs passaram cinco dias juntos na Califórnia. Se cada um deles contava com diferentes expectativas, backgrounds, histórias e trajetórias, a disposição de aprender, de trocar sugestões e ideias sobre boas práticas e estudos de caso analisados era a mesma.

Em comum, também, a vontade de se inspirar e trazer essas experiências, com seus erros e acertos, para “casa”. Foram incontáveis trocas realizadas entre essas 24 lideranças públicas e privadas, de cinco diferentes regiões do país, que puderam pensar juntas sobre formas de impulsionar nossa transição para uma energia limpa, para fomentar a economia verde e para promover no Brasil um crescimento econômico sustentável.

Além de aproveitar o conteúdo oferecido, com bons exemplos, práticas inovadoras sobre temáticas como economia, democracia, mudanças climáticas, a importância da avaliação ambiental nos investimentos em projetos de desenvolvimento urbano, dentre muitos outros.

As reflexões e questionamentos compartilhados serviram para reforçar os propósitos de muitos, que já veem na colaboração entre os setores público e privado uma chave fundamental para a solução de problemas. Mas isso não foi tudo.

Algumas das lideranças presentes destacaram a importância desse apoio que vem não somente na forma de um amparo técnico, mas também moral, e que ganha ainda mais significado por vir da sociedade civil.

Os temas da economia verde

Para alguns desses presentes, que estão na vida pública há décadas, nem sempre exercer o poder é fácil: uma decisão tomada afeta a vida de centenas, às vezes de milhares de pessoas.

Portanto, a força maior está no grupo, que une pessoas com as mesmas angústias e dúvidas, para se apoiar não somente durante esses dias, mas principalmente em suas atuações em prol de resultados para nosso país, para seus estados e cidades. Esse efeito, apesar de imensurável, é muito gratificante, pode e deve ser duradouro.

Os insights vindos desses dias sem dúvida vão reverberar nas gestões dos presentes de forma longeva como eles mesmos destacaram. Muitos mencionaram pontos importantes que levarão a mais e mais estudos, à procura de mais e mais referências.

E mencionaram principalmente a importância da rede de cooperação que se formou, algo que pode encorajar os presentes a inovar, algo nem sempre trivial quando se trata da máquina pública.

Correr riscos pode parecer assustador e suscitar inúmeras dúvidas, fazendo com que muitos optem por fazer tudo “como sempre foi feito”. Mas, os estudos de caso mostram que é possível mudar. E o entusiasmo da rede pode fazer a diferença no longo prazo e na produção de resultados de grande impacto para o país.

Fortalecidos pelas parcerias criadas, podem enfrentar temas relevantes para a economia verde, como investimento de impacto e energia limpa, políticas industriais verdes, equidade privada, energias renováveis, políticas de subsídios, desafios para a democracia, avanços tecnológicos, energéticos e de infraestrutura, resolução de problemas de políticas públicas, parcerias público-privadas e a relação entre mudança climática e democracia. Mais que isso, juntos, podem desenvolver melhores políticas públicas e apoiar a construção de um país inovador, colaborativo e transformador.

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