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Planeta B, existe?

Bate papo com Juliana Nunes, Consultora e Especialista Ambiental na RM Consulting

Como está sua contribuição para uma transformação rumo a sustentabilidade? (Stock/Getty Images)
Como está sua contribuição para uma transformação rumo a sustentabilidade? (Stock/Getty Images)

Sigo empenhada em compartilhar e letrar, conhecimento e ações práticas sobre temáticas ambientais, climáticas e socioeconômico, compartilho também nas minhas palestras, Talks e podcast a importância de cuidarmos desse planeta, pois não existe um planeta B.  Exercer nossas práticas “sustentáveis” como indivíduos comprometidos e somar aos diversos esforços globais realizados na tentativa de mitigar nossos desafios climáticos, sociais e ambientais, que estamos atrasados na reversão, temos que acelerar rumo a Agenda 2030.

Em nosso cotidiano, ouvimos e vemos muito se discutir a respeito do aquecimento global, que se refere ao aumento gradual da temperatura média da Terra, em decorrência das ações humanas que liberam Gases de Efeito Estufa - GEE na atmosfera.

Desde a Revolução Industrial, observou-se um aumento de aproximadamente 1,1 graus Celsius na temperatura média da superfície terrestre.

Esses gases atuam como uma cobertura que retem o calor do sol na atmosfera, causando um aumento da temperatura na terra e impactando em diversas mudanças no ecossistema ambiental e climático e alterações no clima.

Enfrentar essas questões atuais é um desafio, mas mudar é inevitável. Portanto, discutir o aquecimento global é fundamental para aumentar a conscientização, inspirar ações e tentar vislumbrar um futuro sustentável para nosso planeta.

Ao longo dos anos, diversas ações e iniciativas foram apresentadas com o objetivo de mitigar os efeitos danosos ao clima e ambiente.

A Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC) foi promulgada em 2009 e regulamentada em 2010 no Brasil, representando um marco importante no combate às mudanças climáticas. Esta política estabeleceu diretrizes e instrumentos para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas no país, promovendo a redução das emissões de gases de efeito estufa, o incentivo a fontes de energia limpa e renovável, além de criar mecanismos para o monitoramento e o planejamento de ações relacionadas ao clima. A PNMC também estabeleceu metas ambiciosas, demonstrando o compromisso do Brasil em contribuir para a redução dos impactos das mudanças climáticas e para a construção de uma economia mais sustentável.

À medida que os desafios das mudanças climáticas se tornam cada vez mais urgentes, uma abordagem inovadora e ambiciosa tem ganhado destaque: o investimento em Net Zero 2050. O Acordo de Paris, adotado em 2015 durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, inspirou essa estratégia. Visa transformar não apenas a maneira como produzimos energia e administramos negócios, mas também a forma como moldamos o futuro de nosso planeta.

Essa meta é frequentemente discutida em contextos internacionais, como os acordos climáticos das Nações Unidas, e muitos países, empresas e organizações estão comprometendo-se a atingir esse objetivo como parte de seus esforços para combater as mudanças climáticas e limitar o aquecimento global.

O Investimento Net Zero 2050 é um compromisso para atingir o equilíbrio entre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) liberadas na atmosfera e as emissões removidas ou compensadas por ações como reflorestamento que absorve dióxido de carbono (CO2) e tecnologias de captura de carbono, dentre outras. Até 2050, aspiramos a não contribuir para um aumento líquido nas concentrações de gases que causam o aquecimento global. A ideia é limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, conforme estabelecido pelo Acordo de Paris.

O futuro está em nossas mãos, e o Investimento Net Zero nos oferece uma visão concreta de um mundo mais verde e habitável. Cada ação que tomamos hoje, cada investimento que fazemos em tecnologias limpas e cada passo em direção ao net zero nos aproxima de um planeta melhor para as gerações futuras.

O investimento financeiro necessário para alcançar o objetivo é considerável e abrange uma ampla gama de setores e atividades. Embora seja difícil fornecer um número exato devido às variações de políticas governamentais e evolução das tecnologias, estima-se que será um esforço de trilhões de dólares globalmente, considerando os diversos setores e tecnologias envolvidos.

Como a Juliana Nunes citou em nossa conversa: “O Brasil tem tudo para fazer a diferença e contribuir de forma significativa no desafio de combater o aquecimento global. A hora é agora!”

E aqui fica minha provocação a você, que entende que não temos um planeta B. Como está sua contribuição para essa transformação rumo a sustentabilidade?