Colunistas

É preciso explorar o mercado de carbono

As Leis e protocolos estão cada vez mais alinhados com as necessidades ambientais

 (Freepik/Freepik)

(Freepik/Freepik)

Rachel Maia
Rachel Maia

Fundadora e CEO da RM Cia 360

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 07h00.

Existe um mercado que necessita entender dos processos da economia de baixo carbono para se manter ativamente e também para contribuir com a preservação do meio ambiente. O que muitas empresas ainda não sabem é como desenvolver técnicas para incluir novas práticas em uma estrutura já preparada para produzir de maneira sistêmica.

Ao realizar uma análise do mercado de carbono e seu impacto econômico, percebo que ainda temos muito que expandir e discutir sobre o tema, que é de interesse global. Dúvidas e questionamentos estão por todos os lados, por isso é fundamental a conexão entre Leis, protocolos, tecnologia e bom senso, a favor de algo efetivo e que, gradativamente, possa mitigar os efeitos climáticos.

As Leis e protocolos estão cada vez mais alinhados com as necessidades ambientais, e os gestores precisam estar atentos às mudanças para não ficarem de fora e também para não sofrerem penalidades.

Brasil já é um mercado regulado

Temos falado sobre economia de baixo carbono e, consequentemente, surgem indefinições de como formalizar e fomentar os processos do mercado de carbono nas instituições. A Lei nº 15.042/20241 já é uma realidade no Brasil (que hoje faz parte do grupo de países regulados e que também será o anfitrião da COP 30, que vai acontecer em Belém do Pará) desde dezembro de 2024, o que demonstra o compromisso em cumprir as metas estabelecidas no protocolo de Quioto.

A precificação, assim como os processos e cálculos de equivalência de gás metano — que, comparado ao CO², é 21 vezes mais poluente, conforme apresentado no portal do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), vai viabilizar maneiras de mapear e criar processos para mitigar as consequências do efeito estufa e movimentar a economia mundialmente.

É importante que as empresas percebam esse cenário e se mobilizem. Estabelecer metas internas é fundamental para alcançar objetivos que estão cada vez mais alinhados com os resultados financeiros, a legalidade fiscal e os compromissos socioambientais.

Menos impacto ambiental

A comercialização de créditos de carbono é mais um incentivo para essa mudança tão necessária, compensar gases de efeito estufa (GEE) será essencial para preservar nosso futuro. Vale ressaltar que a transição para uma economia de baixo carbono tem acontecido de maneira lenta e não acompanha a degradação do meio ambiente, o que reforça a urgência em controlar o aquecimento global.

Politicas climáticas são necessárias para que possamos avançar! As consequências do aquecimento global já têm afetado a todos nós, e negá-las só nos deixará ainda mais vulneráveis. A transformação ocorre em conjunto e, dentro das empresas, de maneira estratégica e persistente. Envolver todo o time nesse entendimento será um diferencial de mercado para quem deseja fazer do seu negócio um modelo de inovação e experiências transformadoras.

Acompanhe tudo sobre:CarbonoCréditos de carbono