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Vale estipula seis meses para descobrir a verdade sobre Brumadinho

Prazo foi estipulado pela mineradora Vale para apontar as causas do rompimento da barragem de Brumadinho

Buscas em Brumadinho: a mineradora Vale montou duas frentes de apuração das causas e dos responsáveis pelo rompimento da barragem  | Diogo Antunes/Futura Press /  (Diogo Antunes/FuturaPress)
Buscas em Brumadinho: a mineradora Vale montou duas frentes de apuração das causas e dos responsáveis pelo rompimento da barragem | Diogo Antunes/Futura Press / (Diogo Antunes/FuturaPress)
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Primeiro Lugar

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às, 05h22.

Última atualização em 1 de março de 2019 às, 10h47.

Pessoas próximas a executivos da mineradora Vale afirmam que a empresa fixou um prazo de seis meses para descobrir as causas do rompimento da barragem de Brumadinho. Internamente, cresce a impressão de que a Vale é quem tem mais condições de descobrir o que levou à tragédia que matou 179 pessoas e deixou outras 131 desaparecidas na cidade mineira.

A apuração está concentrada em duas frentes. Um comitê liderado desde o fim de janeiro pela ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie recebeu autonomia para encontrar os culpados pelo rompimento. Gracie, que foi indicada pela consultoria de recrutamento Korn Ferry e confirmada pelo conselho de administração da mineradora, tem mantido distância dos principais executivos. Em outra frente, o escritório americano de advocacia Skadden está buscando as causas técnicas do rompimento, também com autonomia.

A apuração demandará tempo porque o rompimento deve ter uma causa complexa, segundo os executivos da Vale. O fato de a empresa nunca ter construído uma barragem a montante, como as que se romperam tanto em Brumadinho quanto em Mariana, faz o trabalho especialmente complexo — todas as 19 barragens operadas pela Vale vieram de aquisições.

Em paralelo, a empresa destacou mais de 1.000 funcionários para munir de informações promotores e investigadores que atuam no caso.

Até o fechamento desta edição, em 26 de fevereiro, a Vale seguia com oito engenheiros da equipe que atesta a segurança das barragens presos. Procurada por EXAME, a Vale não comentou.