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Um novo fôlego para a Oi

A Oi registrou prejuízo de R$ 6,7 bilhões nos primeiros nove meses de 2019 e está correndo para fazer investimentos em sua rede de internet de fibra óptica

Oi: com a venda de ativos, a situação financeira não é mais desesperadora (Marcelo Bittencourt/FuturaPress)
Oi: com a venda de ativos, a situação financeira não é mais desesperadora (Marcelo Bittencourt/FuturaPress)
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Primeiro Lugar

Publicado em 30 de janeiro de 2020 às, 05h48.

Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às, 18h48.

Lutando pela sobrevivência desde que pediu recuperação judicial em 2016, a Oi, que já foi a maior operadora de telefonia do Brasil, saiu da Unidade de Terapia Intensiva. No final de janeiro, após longa negociação, conseguiu vender sua participação de 25% na operadora angolana Unitel por 1 bilhão de dólares. Está adiantada também a venda de um pacote de cerca de 800 torres de telefonia celular, avaliado entre 700 milhões e 1 bilhão de reais.

Com esse reforço no caixa, que se segue a um empréstimo-ponte de 2,5 bilhões de reais anunciado em dezembro, foi praticamente descartada a necessidade de buscar recursos adicionais no mercado financeiro, seja com um novo aumento de capital, seja com mais uma venda de debêntures, segundo EXAME apurou.

A Oi registrou prejuízo de 6,7 bilhões de reais nos primeiros nove meses de 2019 e está correndo para fazer investimentos em sua rede nacional de internet de fibra óptica com o objetivo de recuperar os clientes que perdeu para a concorrência nos últimos anos.

Com foco no mercado corporativo, agora deve mesmo vender o negócio de telefonia celular, como se especula há anos. Para conseguir a aprovação dos órgãos de defesa da concorrência, a unidade de celulares — que tem 38 milhões de clientes, ou 16% do mercado — deve ser dividida entre a TIM e a Vivo, rendendo até 13 bilhões de reais. A Oi não comentou.