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Um novo drama na BRF: o sacrifício dos pintinhos

A empresa precisou eliminar milhões desses animais. A conta chega a cerca de 40 milhões nas últimas semanas

Fábrica da BRF: férias coletivas forçaram reajuste na produção  (Germano Lüders/Exame)
Fábrica da BRF: férias coletivas forçaram reajuste na produção (Germano Lüders/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 26 de abril de 2018 às, 05h49.

Última atualização em 2 de maio de 2018 às, 15h00.

Drama é o que não falta na fabricante de alimentos BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão. Nos últimos dias, a empresa viu a renúncia de seu presidente, José Aurélio Drummond, e, até o fechamento desta edição da revista EXAME, em 24 de abril, se preparava para eleger um novo conselho de administração (a assembleia foi agendada para 26 de abril). Para piorar, a União Europeia descredenciou 12 fábricas da companhia (em março, o Ministério da Agricultura havia suspendido a exportação de dez unidades, depois liberadas).

A BRF reajustou às pressas a produção, concedendo férias coletivas a funcionários de quatro unidades: Capinzal (SC), Carambeí (PR), Mineiros e Rio Verde (GO). Como parte inevitável do processo, a empresa precisou eliminar milhões de pintinhos que seriam destinados à produção dessas fábricas. A conta chega a cerca de 40 milhões nas últimas semanas, segundo executivos próximos. Os bichinhos sacrificados podem ser incinerados ou transformados em ração animal. Os ovos que ainda não entraram nas incubadoras para gerar novos pintinhos podem ser vendidos a outras empresas. Procurada, a BRF afirmou estar em período de silêncio.