Uber muda forma de cobrança e motoristas ameaçam greve
Empresa abandona a taxa de 25% sobre o valor da corrida e repassa aos motoristas um valor sobre quilômetro rodado e tempo de percurso
ligiatuon
Publicado em 29 de junho de 2018 às 19h47.
Última atualização em 29 de junho de 2018 às 20h17.
O aplicativo de transporte Uber alterou a forma de cobrar as corridas de seus motoristas no Brasil. Já implementado em cidades do interior, como Santos e São José dos Campos, e do Sul do país, o novo modelo chegou à cidade de São Paulo na segunda-feira (25). Na prática, o Uber deixa de cobrar a taxa fixa de 25% na categoria X e de 20% na categoria Black, e adota um modelo de taxa variável. No entanto, o valor total da corrida, que é cobrado do usuário, continua o mesmo.
Com o novo sistema de cobrança, o Uber vai pagar aos motoristas 1,05 real por quilômetro rodado e 0,19 centavos por minuto em São Paulo, o que, segundo a empresa, garante que trajetos maiores, com obstáculos e trânsito, tragam maiores ganhos aos motoristas. Antes, o Uber descontava 25% do valor total da corrida, independentemente da distância percorrida.
Segundo a empresa, a taxa fixa de 25%, cobrada depois dos impostos e do preço fixo da empresa, não trazia flexibilidade para mudanças na rota ou imprevistos.
Nos exemplos divulgados pelo Uber a EXAME, o preço de uma mesma viagem pode ter cobranças de 15% a 35% para o motorista, dependendo do tempo de duração, trajeto e condições do tempo e trânsito. Nessa mesma viagem, o usuário pagou 40 reais e o motorista recebeu entre 26 reais e 34 reais.
Nesses mesmos exemplos indicados pelo Uber, as viagens com mais trânsito e adversidades agora vão remunerar melhor os motoristas. Antes, corridas que extrapolassem o tempo e a distância prevista ficavam com o preço limitado à tarifa anunciada inicialmente.
“Se o preço antecipado ao passageiro considerou 5 quilômetros e 15 minutos, mas, no final, a viagem teve 5,5 quilômetros e 20 minutos, o motorista vai receber pelos 5,5 quilômetros e 20 minutos”, disse o Uber em nota. “Por outro lado, se a viagem tiver 4,5 quilômetros e 12 minutos, o motorista vai receber por esse tempo e distância realizados. Além disso, continuam compondo o ganho do motorista o preço mínimo da viagem e, quando for o caso, o multiplicador de preço dinâmico.”
Nem todos os motoristas estão de acordo com a nova forma de cobrança, principalmente porque, segundo eles, o aplicativo deixou de informar o valor total da corrida pago pelo usuário (o usuário continua tendo acesso à informação do preço). Muitos estão descontentes com o novo modelo e há até uma greve sendo organizada para o dia 1º de agosto, na capital paulista.
De acordo com Cleiton Freitas, motorista da plataforma e organizador da greve, há diversos erros de cobrança e uma falta de informação entre a tarifa cobrada do passageiro e a informada ao motorista. “O preço fechado da Uber é com o passageiro. Em uma corrida de 100 reais, por exemplo, a Uber cobra isso do passageiro, mas repassa diferentes percentuais da corrida ao motorista”, afirma.
Executivos do Uber afirmam que os motoristas consultados consideram a mudança positiva.
O aplicativo de transporte Uber alterou a forma de cobrar as corridas de seus motoristas no Brasil. Já implementado em cidades do interior, como Santos e São José dos Campos, e do Sul do país, o novo modelo chegou à cidade de São Paulo na segunda-feira (25). Na prática, o Uber deixa de cobrar a taxa fixa de 25% na categoria X e de 20% na categoria Black, e adota um modelo de taxa variável. No entanto, o valor total da corrida, que é cobrado do usuário, continua o mesmo.
Com o novo sistema de cobrança, o Uber vai pagar aos motoristas 1,05 real por quilômetro rodado e 0,19 centavos por minuto em São Paulo, o que, segundo a empresa, garante que trajetos maiores, com obstáculos e trânsito, tragam maiores ganhos aos motoristas. Antes, o Uber descontava 25% do valor total da corrida, independentemente da distância percorrida.
Segundo a empresa, a taxa fixa de 25%, cobrada depois dos impostos e do preço fixo da empresa, não trazia flexibilidade para mudanças na rota ou imprevistos.
Nos exemplos divulgados pelo Uber a EXAME, o preço de uma mesma viagem pode ter cobranças de 15% a 35% para o motorista, dependendo do tempo de duração, trajeto e condições do tempo e trânsito. Nessa mesma viagem, o usuário pagou 40 reais e o motorista recebeu entre 26 reais e 34 reais.
Nesses mesmos exemplos indicados pelo Uber, as viagens com mais trânsito e adversidades agora vão remunerar melhor os motoristas. Antes, corridas que extrapolassem o tempo e a distância prevista ficavam com o preço limitado à tarifa anunciada inicialmente.
“Se o preço antecipado ao passageiro considerou 5 quilômetros e 15 minutos, mas, no final, a viagem teve 5,5 quilômetros e 20 minutos, o motorista vai receber pelos 5,5 quilômetros e 20 minutos”, disse o Uber em nota. “Por outro lado, se a viagem tiver 4,5 quilômetros e 12 minutos, o motorista vai receber por esse tempo e distância realizados. Além disso, continuam compondo o ganho do motorista o preço mínimo da viagem e, quando for o caso, o multiplicador de preço dinâmico.”
Nem todos os motoristas estão de acordo com a nova forma de cobrança, principalmente porque, segundo eles, o aplicativo deixou de informar o valor total da corrida pago pelo usuário (o usuário continua tendo acesso à informação do preço). Muitos estão descontentes com o novo modelo e há até uma greve sendo organizada para o dia 1º de agosto, na capital paulista.
De acordo com Cleiton Freitas, motorista da plataforma e organizador da greve, há diversos erros de cobrança e uma falta de informação entre a tarifa cobrada do passageiro e a informada ao motorista. “O preço fechado da Uber é com o passageiro. Em uma corrida de 100 reais, por exemplo, a Uber cobra isso do passageiro, mas repassa diferentes percentuais da corrida ao motorista”, afirma.
Executivos do Uber afirmam que os motoristas consultados consideram a mudança positiva.