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Spin Pay cria serviço de pagamentos instantâneos

A Spin Pay criou a primeira interface do Brasil para pagamentos instantâneos, uma modalidade que deverá ser regulamentada em 2020 pelo Banco Central

Alan Chusid, co-fundador do Neon, se dedica agora à Spin Pay (Patrícia Cançado/Ovo Conteúdo/Divulgação)
Alan Chusid, co-fundador do Neon, se dedica agora à Spin Pay (Patrícia Cançado/Ovo Conteúdo/Divulgação)
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Primeiro Lugar

Publicado em 20 de junho de 2019 às, 05h46.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às, 16h58.

Alan Chusid, cofundador do Neon, deixou de ser executivo do banco virtual, apesar de ainda continuar sócio, para tocar um novo negócio. Agora preside a Spin Pay, primeira interface para pagamentos instantâneos do Brasil.

A fintech criou uma estrutura de liquidações em tempo real que vai funcionar 24 horas por dia nos sete dias da semana. Em segundos o dinheiro sai da conta do cliente e chega à conta de destino sem precisar dos vários intermediários que as transações com cartões de crédito e débito normalmente utilizam.

A Spin recebeu aporte do fundo de capital de risco Canary, que investiu no passado em empresas como a Volanty. Também tem entre os sócios nomes como Cássio Casseb, ex-presidente do Banco do Brasil, e Alexandre de Barros, ex-vice-presidente de tecnologia da informação do banco Itaú.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já afirmou que pretende antecipar a regulação dos pagamentos instantâneos para 2020, medida que pode impulsionar o setor.

“A solução da Spin visa acabar com essa dor dos consumidores. É o ideal em um cenário onde as transações online crescem 8 vezes mais do que no mundo físico. Para o banco, eu consigo dar uma margem líquida igual ou maior do que numa transação de cartão. Além disso, posso compartilhar o ‘behavior’ do cliente. Ou seja, eu consigo dar dados transacionais para que sejam criados produtos personalizados. Hoje, o banco mal sabe o que você está comprando quando faz uma operação com o cartão.”

“Já o varejista tem a vantagem do fim da trava de estoque. Se eu, ao fazer uma compra online, coloco para pagar em boleto, o item fica retido no estoque até a confirmação da operação. Se eu desistir, o item ficou parado no estoque à toa, quando outra pessoa já poderia tê-lo comprado. Por fim, o consumidor final tem acesso às compras online mesmo se não tiver cartão, e com desconto. Há segurança, já que ele não precisa comunicar dados sensíveis para efetuar as compras. Ele simplesmente escolhe o nome do parceiro e informa seu CPF”, completa Chusid.

Para entrar em operação, a Spin planeja formar parcerias com grandes empresas dos mais variados setores. O time da Spin, atualmente, tem 18 pessoas — a base de engenharia da startup fica em Campinas, no interior de São Paulo.