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Shoyu: Um "made in China" que caiu no gosto do brasileiro

A Sakura acaba de desenvolver uma fórmula inédita no mundo para o seu famoso molho de soja

Renato Nakaya, da Sakura: patente internacional requerida para a nova fórmula do tradicional molho de soja shoyu / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)
Renato Nakaya, da Sakura: patente internacional requerida para a nova fórmula do tradicional molho de soja shoyu / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 27 de fevereiro de 2020 às, 05h45.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2020 às, 05h45.

Criado na China 4.000 anos antes de Cristo, o molho de soja shoyu continua ganhando o paladar de consumidores no mundo inteiro. Famoso por temperar pratos tradicionais japoneses, como o sushi e o sashimi, o molho vem tendo mais destaque neste início de século 21 em pratos da culinária ocidental.

Os produtores também salivam diante de um mercado que tem crescido bastante: o de realçadores de sabor de alimentos industrializados. Fabricantes de hambúrgueres e embutidos vêm substituindo os aditivos tradicionais pelo molho de soja, uma alternativa mais saudável.

A Sakura, indústria brasileira de 80 anos que tem 300 produtos no portfólio, acaba de desenvolver uma fórmula para o molho inédita no mundo — a patente foi requerida nos Estados Unidos e no Brasil — e faz o papel de ressaltar o sabor dos alimentos temperados com shoyu.

Obra do engenheiro químico Renato Nakaya, herdeiro do fundador da empresa e presidente da Sakura desde 1984. “A concorrência mundial só aumenta e nós precisamos inovar”, diz o executivo, que, aos 74 anos, se prepara para deixar o dia a dia da operação e passar a compor o conselho de administração.

Para o futuro líder da companhia, ainda a ser escolhido, fica o desafio de continuar criando novidades em um mercado milenar. Em 2019, o faturamento da Sakura cresceu 8% em relação a 2018, para 220 milhões de reais.