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Ser aposentado é mais caro do que parece

Especialistas em previdência estimam que, para manter o mesmo padrão de vida, o aposentado gastaria em torno de 75% do último salário

Idosos na Bélgica: pesquisa mostra que o custo de vida na aposentadoria é mais alto do que a maioria das pessoas imagina | Yves Herman/Reuters (Yves Herman/Reuters)
Idosos na Bélgica: pesquisa mostra que o custo de vida na aposentadoria é mais alto do que a maioria das pessoas imagina | Yves Herman/Reuters (Yves Herman/Reuters)
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Primeiro Lugar

Publicado em 16 de agosto de 2018 às, 14h09.

Uma pesquisa global feita pela Schroders, uma das maiores gestoras de recursos do mundo, mostra que a maioria das pessoas subestima seu custo de vida na aposentadoria. Segundo o levantamento, as despesas com alimentação, roupas e o pagamento de contas da casa (água, luz, condomínio etc.) consomem 49% da renda dos aposentados, em média. Mas os entrevistados que ainda estão na ativa acham que gastarão apenas 34% da renda com isso. Os brasileiros têm a estimativa de gasto mais otimista, de 23% — na prática, porém, o custo de vida consome 34% da renda.

Os Estados Unidos estão entre os países em que a distância entre a previsão e a realidade é maior. Já os chineses e os indianos estão entre os mais realistas. “Quando veem que estão gastando mais do que o esperado, os aposentados começam a cortar outros gastos. Os primeiros da fila costumam ser os hobbies. Mas quem tem um orçamento mais apertado pode ficar numa situação complicada”, diz Lesley-Ann Morgan, responsável global pela área de aposentadoria da Schroders.

A pesquisa ouviu um público diferenciado: foram entrevistadas cerca de 22.000 pessoas de 30 países, numa seleção que incluiu apenas as que tinham dinheiro guardado e planejavam investir mais. A maioria disse ter recursos para se manter na aposentadoria, mas não para viver de forma confortável. Na média, os aposentados informaram receber uma renda equivalente a 61% do último salário na ativa, e esse é um percentual baixo. Especialistas em previdência estimam que, para manter o mesmo padrão de vida, gasta-se em torno de 75% do último salário.