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Raia Drogasil sobrepõe operações com Onofre

Rede de farmácias Drogasil, que comprou a concorrente no fim de fevereiro, aguarda que o Cade aprove a transação como um todo

Raia Drogasil: a companhia admite que terá de fechar unidades (Claudio Gatti/Exame)
Raia Drogasil: a companhia admite que terá de fechar unidades (Claudio Gatti/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 28 de março de 2019 às, 05h54.

Última atualização em 25 de julho de 2019 às, 16h53.

A rede de farmácias Raia Drogasil, que comprou a concorrente Onofre no fim de fevereiro, entende que há sobreposição entre as operações. “Alguns fechamentos são inevitáveis”, diz o presidente do conselho de administração da Raia Drogasil, Antônio Carlos Pipponzi. Mesmo assim, segundo ele, a companhia está contando que o Cade, xerife da concorrência, aprove a transação como um todo, sem restrições.

O fechamento de unidades seria uma estratégia para rentabilizar a rede, e não uma resposta a um possível veto do órgão regulador.

Maior rede de farmácias do país, com 1.825 lojas, a Raia Drogasil faturou 15,5 bilhões de reais em 2018 e tem 13% do mercado nacional. A Onofre tem 50 lojas e fechou o ano com um faturamento de 480 milhões. A maioria das lojas Onofre fica em bairros nobres de São Paulo. Para o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, o fechamento de unidades é certo, mas não elimina a futura necessidade de abrir novas lojas em pontos estratégicos.

“Uma estratégia que deve ganhar força é o investimento em produtos de maior margem, como cosméticos e perfumaria, um filão bem explorado pela Onofre”, diz Arbetman. A Raia Drogasil espera abrir 240 lojas em 2019.