Por mais transparência nos investimentos
Corretoras de investimentos, como a Warren, esperam que aumento de transparência nos serviços prestados traga novo crescimento na área
denysegodoy
Publicado em 29 de agosto de 2019 às 05h20.
Última atualização em 29 de agosto de 2019 às 15h13.
A queda dos juros tem levado uma enxurrada de novos investidores ao mercado brasileiro de capitais, acirrando a briga entre as instituições financeiras pelos clientes. No primeiro semestre deste ano, chegou a 1 milhão o número de pessoas físicas registradas para investir em ações na bolsa, as quais respondem por 20% do valor movimentado.
O volume médio diário de negociação na B3 cresceu 34% neste ano em relação a 2018, chegando a 17 bilhões de reais por dia. A Selic, taxa de juro de referência do país, foi reduzida em 0,5 ponto percentual no período. Com mais competição, cresce a demanda por transparência nas relações nesse mercado.
A Comissão de Valores Mobiliários abriu em julho uma consulta pública sobre a legislação que rege o trabalho dos agentes autônomos de investimento para diminuir os conflitos de interesses. Uma das propostas é criar uma regra obrigando a divulgação das comissões recebidas na venda de cada fundo de investimento, ação ou título de renda fixa. Como as gestoras pagam aos intermediários remunerações diferentes para cada produto vendido, existe um estímulo para o vendedor oferecer o que lhe rende maiores ganhos, e não necessariamente o que é mais adequado ao cliente.
Novas corretoras e plataformas de investimento estão surgindo da aposta de que, depois da onda de popularização das aplicações financeiras nos últimos anos, o aumento da transparência nas relações levará a outro salto do mercado. Entre os maiores defensores dessa tese estão Marcelo Maisonnave e Tito Gusmão, ex-sócios da corretora XP Investimentos agora à frente da plataforma Warren, que cobra uma taxa fixa apenas dos clientes para indicar os produtos.
“O investidor vai poder comparar o custo do que está comprando com o serviço que está de fato recebendo”, diz Maisonnave. A Warren tem cerca de 100 mil clientes e estima que terminará o ano com 130 mil. O modelo também é adotado pela Pi, nova plataforma do Santander Brasil, que vem provocando as concorrentes com propagandas em que insinua que as rivais estão escondendo o jogo, e pela Vitreo, que tem como sócio o ex-gestor da GPS Investimentos George Wachsmann.
A queda dos juros tem levado uma enxurrada de novos investidores ao mercado brasileiro de capitais, acirrando a briga entre as instituições financeiras pelos clientes. No primeiro semestre deste ano, chegou a 1 milhão o número de pessoas físicas registradas para investir em ações na bolsa, as quais respondem por 20% do valor movimentado.
O volume médio diário de negociação na B3 cresceu 34% neste ano em relação a 2018, chegando a 17 bilhões de reais por dia. A Selic, taxa de juro de referência do país, foi reduzida em 0,5 ponto percentual no período. Com mais competição, cresce a demanda por transparência nas relações nesse mercado.
A Comissão de Valores Mobiliários abriu em julho uma consulta pública sobre a legislação que rege o trabalho dos agentes autônomos de investimento para diminuir os conflitos de interesses. Uma das propostas é criar uma regra obrigando a divulgação das comissões recebidas na venda de cada fundo de investimento, ação ou título de renda fixa. Como as gestoras pagam aos intermediários remunerações diferentes para cada produto vendido, existe um estímulo para o vendedor oferecer o que lhe rende maiores ganhos, e não necessariamente o que é mais adequado ao cliente.
Novas corretoras e plataformas de investimento estão surgindo da aposta de que, depois da onda de popularização das aplicações financeiras nos últimos anos, o aumento da transparência nas relações levará a outro salto do mercado. Entre os maiores defensores dessa tese estão Marcelo Maisonnave e Tito Gusmão, ex-sócios da corretora XP Investimentos agora à frente da plataforma Warren, que cobra uma taxa fixa apenas dos clientes para indicar os produtos.
“O investidor vai poder comparar o custo do que está comprando com o serviço que está de fato recebendo”, diz Maisonnave. A Warren tem cerca de 100 mil clientes e estima que terminará o ano com 130 mil. O modelo também é adotado pela Pi, nova plataforma do Santander Brasil, que vem provocando as concorrentes com propagandas em que insinua que as rivais estão escondendo o jogo, e pela Vitreo, que tem como sócio o ex-gestor da GPS Investimentos George Wachsmann.