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Odebrecht mira carteira de 18 bilhões de dólares

Segundo EXAME apurou, a empresa é favorita para ganhar a licitação da hidrelétrica de Stiegler’s Gorge, na Tanzânia

Obra da Odebrecht: empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa estão entre as nove empresas em negociação com a CGU e a Advocacia-Geral da União (AGU) (Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress/Exame)
Obra da Odebrecht: empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa estão entre as nove empresas em negociação com a CGU e a Advocacia-Geral da União (AGU) (Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 24 de maio de 2018 às, 06h00.

Última atualização em 24 de maio de 2018 às, 06h00.

Depois de conseguir um empréstimo bancário para pagar obrigações financeiras e sustentar suas operações nos próximos meses, a empreiteira Odebrecht agora se concentra em reforçar as receitas com novos projetos na área de construção. No dia 21 de maio, a empresa obteve um crédito de 2,6 bilhões de reais com o Itaú e o Bradesco que vai lhe dar fôlego até novos contratos serem fechados. Segundo EXAME apurou, a empresa é favorita para ganhar a licitação da hidrelétrica de Stiegler’s Gorge, na Tanzânia, depois de ter feito a proposta mais barata pela obra, de 3 bilhões de dólares.

Como o terreno onde a usina será erguida e as instalações têm características semelhantes às de outra hidrelétrica construída pela Odebrecht em Angola, foi possível reaproveitar o estudo técnico para baixar o preço oferecido pelo serviço. A companhia identificou no mundo projetos no valor de 400 bilhões de dólares que serão concedidos entre 2018 e 2020 nas suas especialidades: hidroeletricidade, mobilidade urbana e dutos para transporte de petróleo e derivados.

Entre esses empreendimentos estão obras valendo 70 bilhões de dólares localizadas na América Latina e na África, onde a empresa concentra sua atuação. A Odebrecht espera abocanhar uma nova carteira de 18 bilhões de dólares em projetos nessas regiões neste triênio. No momento, o portfólio está em 14 bilhões de dólares, menos da metade dos 32 bilhões de dólares que chegaram a atingir nos melhores momentos da construtora.