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O xadrez do seguro de automóveis

A recente onda de fusões e aquisições no setor de seguros deve ter reflexos diretos na área de financiamento de automóveis. A associação entre Itaú Unibanco e Porto Seguro deu início ao movimento, que começa a ser seguido por outras instituições importantes. Recentemente em um evento da Fenabrave, a federação de revendedores de automóveis, em Brasília, Roberto Setúbal, do Itaú, disse que o financiamento de automóveis ficaria concentrado nas mãos de […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2009 às 17h21.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 13h18.

A recente onda de fusões e aquisições no setor de seguros deve ter reflexos diretos na área de financiamento de automóveis. A associação entre Itaú Unibanco e Porto Seguro deu início ao movimento, que começa a ser seguido por outras instituições importantes. Recentemente em um evento da Fenabrave, a federação de revendedores de automóveis, em Brasília, Roberto Setúbal, do Itaú, disse que o financiamento de automóveis ficaria concentrado nas mãos de cinco ou seis instituições. E que a capacidade de oferecer seguro junto com o financiamento passará a ser um grande diferencial.

O Bradesco, que tinha praticamente fechado negócio com a Porto Seguro e foi tirado do jogo pelo rival Itaú, vê sua posição ameaçada tanto no financiamento como nos seguros. O banco teria interesse na SulAmérica. Mas mantendo a exigência de assumir o controle da operação, o banco pode perder a disputa com o Banco do Brasil, que quer uma participação minoritária na SulAmérica. Dessa forma, o banco estatal, que recentemente assumiu o Banco Votorantim e sua financeira BV, melhoraria sua posição no mercado de financiamento de automóves. Seria mais um duro golpe para o Bradesco, que também corre o risco de ser ultrapassado pela operação brasileira do Santander.

A recente onda de fusões e aquisições no setor de seguros deve ter reflexos diretos na área de financiamento de automóveis. A associação entre Itaú Unibanco e Porto Seguro deu início ao movimento, que começa a ser seguido por outras instituições importantes. Recentemente em um evento da Fenabrave, a federação de revendedores de automóveis, em Brasília, Roberto Setúbal, do Itaú, disse que o financiamento de automóveis ficaria concentrado nas mãos de cinco ou seis instituições. E que a capacidade de oferecer seguro junto com o financiamento passará a ser um grande diferencial.

O Bradesco, que tinha praticamente fechado negócio com a Porto Seguro e foi tirado do jogo pelo rival Itaú, vê sua posição ameaçada tanto no financiamento como nos seguros. O banco teria interesse na SulAmérica. Mas mantendo a exigência de assumir o controle da operação, o banco pode perder a disputa com o Banco do Brasil, que quer uma participação minoritária na SulAmérica. Dessa forma, o banco estatal, que recentemente assumiu o Banco Votorantim e sua financeira BV, melhoraria sua posição no mercado de financiamento de automóves. Seria mais um duro golpe para o Bradesco, que também corre o risco de ser ultrapassado pela operação brasileira do Santander.

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