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O francês perdeu pontos

A escolha do caça supersônico que deverá equipar a Força Aérea Brasileira voltou a ficar embolada. Depois de um anúncio prematuro do presidente Lula dando como certa a opção pelo Rafale, da francesa Dassault, as exposições feitas na semana passada por todas as concorrentes em duas audiências no Congresso fez com que o favoritismo dos franceses voltasse a ser questionado. A Dassault, que afirmava que seu avião era 100% francês […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2009 às 07h28.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 13h09.

A escolha do caça supersônico que deverá equipar a Força Aérea Brasileira voltou a ficar embolada. Depois de um anúncio prematuro do presidente Lula dando como certa a opção pelo Rafale, da francesa Dassault, as exposições feitas na semana passada por todas as concorrentes em duas audiências no Congresso fez com que o favoritismo dos franceses voltasse a ser questionado.

A Dassault, que afirmava que seu avião era 100% francês e que estaria disposta a fazer uma ampla transferência de tecnologia foi defrontada com alguns dados inconvenientes. Claramente municiados pela sueca Saab, que produz os caças Gripen, alguns deputados questionaram dois pontos importantes. O representante da Dassault teve de admitir que seu avião utiliza componentes suecos e disse que só seria viável fabricar os aviões no Brasil se a encomenda fosse superior a 120 unidades. Os suecos dizem que podem fabricar os Gripen aqui com a encomenda prevista de 36 aeronaves.
Já o representante da Boeing colocou em dúvida o alcance da transferência de tecnologia oferecida. Brincando, disse que o governo brasileiro pode ter acesso a toda a tecnologia dos F-18, desde que compre a Boeing. Falando sério, alertou para o perigo de concentrar em um único país todo o fornecimento de seu material bélico. A França acabou de assinar a venda de submarinos e helicópteros para o Brasil.
No governo comenta-se que, em sua viagem à Suécia, Lula teria gostado do que foi mostrado pela Saab para vender os Gripen. Mesmo assim, os Rafale, por motivos políticos, seguem como favoritos. Mesmo que, tecnicamente, a Força Aérea tenha se mostrado mais favorável ao F-18 da Boeing e a Embraer, futura parceira tecnológica de quem vencer a licitação, prefira o sueco.

A escolha do caça supersônico que deverá equipar a Força Aérea Brasileira voltou a ficar embolada. Depois de um anúncio prematuro do presidente Lula dando como certa a opção pelo Rafale, da francesa Dassault, as exposições feitas na semana passada por todas as concorrentes em duas audiências no Congresso fez com que o favoritismo dos franceses voltasse a ser questionado.

A Dassault, que afirmava que seu avião era 100% francês e que estaria disposta a fazer uma ampla transferência de tecnologia foi defrontada com alguns dados inconvenientes. Claramente municiados pela sueca Saab, que produz os caças Gripen, alguns deputados questionaram dois pontos importantes. O representante da Dassault teve de admitir que seu avião utiliza componentes suecos e disse que só seria viável fabricar os aviões no Brasil se a encomenda fosse superior a 120 unidades. Os suecos dizem que podem fabricar os Gripen aqui com a encomenda prevista de 36 aeronaves.
Já o representante da Boeing colocou em dúvida o alcance da transferência de tecnologia oferecida. Brincando, disse que o governo brasileiro pode ter acesso a toda a tecnologia dos F-18, desde que compre a Boeing. Falando sério, alertou para o perigo de concentrar em um único país todo o fornecimento de seu material bélico. A França acabou de assinar a venda de submarinos e helicópteros para o Brasil.
No governo comenta-se que, em sua viagem à Suécia, Lula teria gostado do que foi mostrado pela Saab para vender os Gripen. Mesmo assim, os Rafale, por motivos políticos, seguem como favoritos. Mesmo que, tecnicamente, a Força Aérea tenha se mostrado mais favorável ao F-18 da Boeing e a Embraer, futura parceira tecnológica de quem vencer a licitação, prefira o sueco.

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