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O calcanhar de Aquiles de Barioni

O principal motivo para a queda de David Barioni, que foi demitido hoje da presidência da TAM, foi o mal-sucedido hedge na compra de combustível para os aviões feito no ano passado. Barioni, que manteve uma estratégia iniciada em 2005 por seu antecessor e atual membro do conselho da TAM, Marco Antonio Bologna, fechava contratos de longo prazo baseados no preço à vista da época para garantir a estabilidade dos […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2009 às 20h40.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 13h14.

O principal motivo para a queda de David Barioni, que foi demitido hoje da presidência da TAM, foi o mal-sucedido hedge na compra de combustível para os aviões feito no ano passado. Barioni, que manteve uma estratégia iniciada em 2005 por seu antecessor e atual membro do conselho da TAM, Marco Antonio Bologna, fechava contratos de longo prazo baseados no preço à vista da época para garantir a estabilidade dos valores. Com a chegada da crise cambial, os preços dos combustíveis despencaram. A TAM já tinha feito um "estoque" de querosene comprado quando o barril do petróleo custava 140 dólares. Ficou difícil de competir com outras companhias que não "estocavam" com hedge e se aproveitavam do preço do petróleo a menos de 40 dólares. A insistência de Barioni em dizer que sua decisão havia sido correta, como ele afirmou em entrevista à repórter Melina Costa no Portal Exame, teria irritado Maria Cláudia Amaro, presidente do conselho e uma das principais acionistas da companhia.

Barioni havia assumido a presidência da TAM para suprir uma deficiência de Bologna. Conhecido por ser comandante de aviões, um bom gestor da área operacional e especialista em segurança de vôo, Barioni tinha o que faltava a Bologna, reconhecido como um bom gestor financeiro, responsável pela bem-sucedida abertura de capital da companhia, mas que caiu em desgraça por ter conduzido de maneira equivocada a crise após o acidente com o Airbus, em julho de 2007. Agora, Barioni é quem cai por não ter as qualidades do antecessor.

Pessoas próximas aos controladores da empresa dizem que não há nome definido para a sucessão, apesar de o desgaste de Barioni com a família durar cerca de um ano. O que se sabe é que  próximo comandante precisará unir as virtudes de um bom gestor operacional apresentadas por Barioni com as competências financeiras que Bologna já demonstrou. O retorno de Bologna ao comando, no entanto, é tido como bastante improvável.

O principal motivo para a queda de David Barioni, que foi demitido hoje da presidência da TAM, foi o mal-sucedido hedge na compra de combustível para os aviões feito no ano passado. Barioni, que manteve uma estratégia iniciada em 2005 por seu antecessor e atual membro do conselho da TAM, Marco Antonio Bologna, fechava contratos de longo prazo baseados no preço à vista da época para garantir a estabilidade dos valores. Com a chegada da crise cambial, os preços dos combustíveis despencaram. A TAM já tinha feito um "estoque" de querosene comprado quando o barril do petróleo custava 140 dólares. Ficou difícil de competir com outras companhias que não "estocavam" com hedge e se aproveitavam do preço do petróleo a menos de 40 dólares. A insistência de Barioni em dizer que sua decisão havia sido correta, como ele afirmou em entrevista à repórter Melina Costa no Portal Exame, teria irritado Maria Cláudia Amaro, presidente do conselho e uma das principais acionistas da companhia.

Barioni havia assumido a presidência da TAM para suprir uma deficiência de Bologna. Conhecido por ser comandante de aviões, um bom gestor da área operacional e especialista em segurança de vôo, Barioni tinha o que faltava a Bologna, reconhecido como um bom gestor financeiro, responsável pela bem-sucedida abertura de capital da companhia, mas que caiu em desgraça por ter conduzido de maneira equivocada a crise após o acidente com o Airbus, em julho de 2007. Agora, Barioni é quem cai por não ter as qualidades do antecessor.

Pessoas próximas aos controladores da empresa dizem que não há nome definido para a sucessão, apesar de o desgaste de Barioni com a família durar cerca de um ano. O que se sabe é que  próximo comandante precisará unir as virtudes de um bom gestor operacional apresentadas por Barioni com as competências financeiras que Bologna já demonstrou. O retorno de Bologna ao comando, no entanto, é tido como bastante improvável.

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