Neoenergia cancela IPO
Investidores exigiram desconto de 30% e empresa decidiu cancelar a oferta
leticiaordalio
Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 18h36.
Última atualização em 14 de dezembro de 2017 às 18h42.
A empresa de energia elétrica Neoenergia cancelou sua oferta inicial de ações (IPO). A precificação dos papéis estava marcada para esta quinta-feira. Segundo um executivo a par do assunto, os investidores exigiram um corte de 30% no piso da faixa estipulada pela empresa, que ia de 15,02 reais a 18,52 reais. Os investidores teriam pedido o desconto após perceber uma divisão entre os sócios da empresa, que, segundo eles, poderia acarretar em problemas de governança. A operação previa a oferta de 68,9 milhões de ações primárias (que iriam para o caixa da companhia) e 101,4 milhões de ações secundárias, vendidas pelo fundo de pensão Previ e pelo BB Investimentos, braço de investimentos do Banco do Brasil.
Segundo um executivo que acompanhou as negociações, a espanhola Iberdrola, que detém 52,45% do capital da Neoenergia, não era a favor do IPO e deixou sua posição clara aos investidores. "A Iberdrola não queria que o IPO saísse porque tem uma visão diferente para o negócio. Os investidores ficaram inseguros por conta dessa briga interna e exigiram um desconto grande. A Neoenergia, então, cancelou a oferta", afirma o executivo. Procurada, a Neoenergia respondeu que não comentaria sobre o IPO. A abertura de capital, no preço mínimo, levantaria 2,5 bilhões de reais. Ainda não está decidido se o tema será retomado em 2018.
A empresa de energia elétrica Neoenergia cancelou sua oferta inicial de ações (IPO). A precificação dos papéis estava marcada para esta quinta-feira. Segundo um executivo a par do assunto, os investidores exigiram um corte de 30% no piso da faixa estipulada pela empresa, que ia de 15,02 reais a 18,52 reais. Os investidores teriam pedido o desconto após perceber uma divisão entre os sócios da empresa, que, segundo eles, poderia acarretar em problemas de governança. A operação previa a oferta de 68,9 milhões de ações primárias (que iriam para o caixa da companhia) e 101,4 milhões de ações secundárias, vendidas pelo fundo de pensão Previ e pelo BB Investimentos, braço de investimentos do Banco do Brasil.
Segundo um executivo que acompanhou as negociações, a espanhola Iberdrola, que detém 52,45% do capital da Neoenergia, não era a favor do IPO e deixou sua posição clara aos investidores. "A Iberdrola não queria que o IPO saísse porque tem uma visão diferente para o negócio. Os investidores ficaram inseguros por conta dessa briga interna e exigiram um desconto grande. A Neoenergia, então, cancelou a oferta", afirma o executivo. Procurada, a Neoenergia respondeu que não comentaria sobre o IPO. A abertura de capital, no preço mínimo, levantaria 2,5 bilhões de reais. Ainda não está decidido se o tema será retomado em 2018.