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Nem as commodities salvaram a economia da América Latina

O PIB da América Latina tende a acompanhar os preços das commodities — mas isso não aconteceu de 2016 para cá

Lavoura de soja: a instabilidade política prejudicou a economia da América Latina (Ernesto Reghran/Pulsar Imagens/Exame)
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Talita Abrantes

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 05h55.

Última atualização em 10 de agosto de 2017 às 05h55.

Pela primeira vez em 20 anos, o desempenho econômico da América Latina não foi fortemente influenciado pela oscilação dos preços das commodities, segundo um estudo do banco JP Morgan. Em 2016, enquanto o preço de produtos como soja e minério de ferro subiu 11%, em média, o PIB da região encolheu 1%. Neste ano, os preços caíram cerca de 5%, mas o PIB voltou a crescer. O descolamento, porém, não tem razões positivas.

“A economia não reagiu como esperado em razão da incerteza política e da falta de reformas estruturais em muitos países da região”, diz Gabriela Santos, estrategista da gestora do banco JP Morgan. “O PIB da América Latina deveria, no mínimo, ter crescido mais do que o dos países ricos em 2016.”

A economia dos países desenvolvidos teve uma expansão de 1,7% no ano passado, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A perspectiva é melhor para 2017 com a esperada recuperação do Brasil e da Argentina: o FMI prevê um crescimento de 1% para a região. “Mas ainda é um desempenho apoiado no consumo interno. Para garantir o futuro, são necessários mais investimentos e reformas”, diz Gabriela.

 

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“A economia não reagiu como esperado em razão da incerteza política e da falta de reformas estruturais em muitos países da região”, diz Gabriela Santos, estrategista da gestora do banco JP Morgan. “O PIB da América Latina deveria, no mínimo, ter crescido mais do que o dos países ricos em 2016.”

A economia dos países desenvolvidos teve uma expansão de 1,7% no ano passado, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A perspectiva é melhor para 2017 com a esperada recuperação do Brasil e da Argentina: o FMI prevê um crescimento de 1% para a região. “Mas ainda é um desempenho apoiado no consumo interno. Para garantir o futuro, são necessários mais investimentos e reformas”, diz Gabriela.

 

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