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Na união da BRF com a Marfrig menos com menos dá mais?

As fabricantes de alimentos BRF e Marfrig, que negociam uma fusão, têm um problema de baixa rentabilidade para resolver

BRF: o plano de aquisição da Marfrig levanta dúvidas sobre a rentabilidade da empresa (Pedro Ladeira/Folhapress)
BRF: o plano de aquisição da Marfrig levanta dúvidas sobre a rentabilidade da empresa (Pedro Ladeira/Folhapress)
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Primeiro Lugar

Publicado em 6 de junho de 2019 às, 06h03.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às, 16h40.

A negociação para a união das fabricantes de alimentos BRF e Marfrig, anunciada no final de maio, levou investidores e analistas à calculadora. E os números mostram uma enorme distância das companhias para as líderes globais do setor.

Segundo Oscar Malvessi, professor especialista em finanças na Fundação Getulio Vargas, o retorno sobre o capital investido na Marfrig no fim de 2018 era de 1,2%; o da BRF, de -0,3%. Multinacionais do setor, como as americanas Tyson e Hormel, têm retorno sobre os investimentos na casa dos 12%. A brasileira JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, historicamente tem retorno em cerca de 5%.

O desafio é reduzir essa distância — mas vai ser duro descobrir quem aprende com quem nessa união: a BRF produz frangos e suínos; e a Marfrig, principalmente carne bovina e peixes.