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MDIC e Fazenda "se estranham" por novo regime automotivo

O MDIC insiste em incentivar as empresas que tenham projeto industrial; Fazenda não quer pagar a conta

Fabricação de veículos na empresa Chery (Chery do Brasil/Divulgação)
Fabricação de veículos na empresa Chery (Chery do Brasil/Divulgação)
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Primeiro Lugar

Publicado em 20 de outubro de 2017 às, 06h39.

Última atualização em 20 de outubro de 2017 às, 06h39.

São Paulo — O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e o Ministério da Fazenda estão em guerra sobre a proposta de um novo regime automotivo, o Rota 2030.

O MDIC insiste em incentivar as empresas que tenham projeto industrial e em aumentar os benefícios conforme a eficiência energética. Para convencer a Fazenda, tem usado um estudo que mostra, por exemplo, a redução no uso de combustível durante o regime anterior, o InovarAuto, que já exigia alguns ganhos de qualidade das montadorasMas a Fazenda não quer pagar a conta, já que qualquer incentivo tributário afeta a arrecadação.

Só a montadora coreana Kia calcula que, sem as restrições que o MDIC quer manter à importação, seus impostos cresceriam de 500 milhões, em 2017, para 1,3 bilhão de reais, em 2018, com a elevação de vendas.

A Fazenda insiste ainda que as medidas propostas podem penalizar o Brasil na Organização Mundial de Comércio e no processo de adesão à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.