Hypermarcas reforça caixa com BNDES para ir às compras
A Hypermarcas acaba de fechar um acordo com o BNDES para emissão de 1,1 bilhão de reais em debêntures. O banco terá direito de preferência de subscrição sobre as debêntures, que foram divididas em dois lotes, sendo metade de papéis conversíveis, com prazo de cinco anos, e outra metade fixa, com prazo de pagamento de oito anos, sendo os dois primeiros de carência. Após o prazo de cinco anos, o […] Leia mais
Publicado em 6 de outubro de 2010 às, 19h54.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 11h06.
A Hypermarcas acaba de fechar um acordo com o BNDES para emissão de 1,1 bilhão de reais em debêntures. O banco terá direito de preferência de subscrição sobre as debêntures, que foram divididas em dois lotes, sendo metade de papéis conversíveis, com prazo de cinco anos, e outra metade fixa, com prazo de pagamento de oito anos, sendo os dois primeiros de carência. Após o prazo de cinco anos, o BNDES, por meio da BNDESPar, deverá exercer seu direito de preferência e ficar com cerca de 3% da companhia.
A operação, que vinha sendo alinhavada havia meses, segue a vontade do governo de fortalecer, por meio do BNDES, a indústria farmacêutica nacional. Com os recursos da emissão, a Hypermarcas alonga o prazo de pagamento de sua dívida para até oito anos, que estava em torno de 1,5 bilhão de reais a serem pagos em cerca de três anos. Além disso, eleva seu caixa para cerca de 3 bilhões de reais.
O reforço no caixa deve transformar a Hypermarcas na grande consolidadora do setor. O dinheiro será usado para dar sequência à estratégia de crescimento por meio de aquisições da companhia. No mercado comenta-se que a Hypermarcas é uma das interessadas na aquisição da Mantecorp, outra grande companhia farmacêutica brasileira. A Mantecorp está à venda há alguns meses e já foi estudada por algumas companhias do setor. Com o aporte do BNDES, a Hypermarcas ganha força na disputa. A aquisição da Mantecorp daria a liderança do mercado total de medicamentos à Hypermarcas. Além disso, a empresa fundada por José Alves de Queiroz Filho, o Junior, e comandada por Cláudio Bergamo estaria negociando a compra de outras três companhias de médio porte.