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Expectativa com economia faz crescer intenção de abertura de capital

Empresas brasileiras estão otimistas e pelo menos 34 delas consideram vender ações na Bolsa no próximo ano

Guilherme Benchimol, da XP Investimentos: as aberturas de capital podem se multiplicar (Germano Luders/Exame)
Guilherme Benchimol, da XP Investimentos: as aberturas de capital podem se multiplicar (Germano Luders/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 5 de dezembro de 2019 às, 05h49.

Última atualização em 5 de dezembro de 2019 às, 10h20.

Das 30 empresas que a B3 esperava que abrissem o capital neste ano, apenas seis foram à bolsa vender ações. Mas o cenário para 2020 está mais auspicioso. Há atualmente 34 companhias considerando uma oferta inicial de ações no ano que vem, segundo o estudo Agenda 2020, da consultoria Deloitte, que identifica as expectativas do empresariado.

Foram entrevistadas 1.377 companhias, que somam um faturamento equivalente a 50% do produto interno bruto. O número de interessadas em vender ações na bolsa é recorde desde que a pesquisa começou a ser feita, há quatro anos. No relatório de projeção para 2017, oito empresas manifestavam a intenção.

Nos de 2018 e 2019, eram dez. “O aumento do desejo de abrir o capital vem de uma combinação de expectativa positiva para a economia com oportunidade de um mercado de capitais favorável”, diz Giovanni Cordeiro, economista-chefe da Deloitte.

Neste mês, a estreia da corretora XP Investimentos, fundada por Guilherme Benchimol, na bolsa de tecnologia americana Nasdaq pode encorajar ainda mais as empresas brasileiras. Com o preço da ação estimado entre 22 e 25 dólares na oferta, a XP pode alcançar um valor total de até 18 bilhões de dólares.