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Entre dívidas em dólar e aquisições, Minerva deve, mas vai pagar

Conhecida por ser uma empresa com as finanças em dia num setor que cresceu fortemente, a Minerva deu uma guinada no 2º semestre do ano passado

Instalações da Minerva em Barretos, SP (Ricardo Benichio/Exame)
AJ

André Jankavski

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 17h03.

Última atualização em 27 de setembro de 2018 às 17h03.

O frigorífico Minerva Foods tenta sair de um buraco inimaginável há pouco tempo. Conhecida por ser uma empresa com as finanças em dia num setor que cresceu fortemente, a Minerva deu uma guinada no segundo semestre do ano passado: partiu para uma série de aquisições e se endividou em dólar. O resultado foi o aumento do índice de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de impostos e amortizações), de 2,7 para cinco vezes em menos de dois anos. Desde junho, o patrimônio líquido do Minerva está negativo em 1 bilhão de reais. A saída anunciada foi um aumento de capital na B3 e a abertura do capital de sua subsidiária Athena Foods no Chile, marcada para o ano que vem.

O valor combinado das duas operações pode chegar a 2,5 bilhões de reais. Mas alguns analistas ainda estão inseguros com a empresa. Prova disso é a queda de 56% nas ações desde janeiro. Uma das preocupações é que o dinheiro seja utilizado na operação, e não para o pagamento de dívidas. Em entrevista a EXAME, Fernando Queiróz, sócio e presidente do Minerva, nega a possibilidade. “Pelo menos 2 bilhões de reais vão para o pagamento de dívidas”, diz ele. “A empresa veio de uma estratégia de crescimento, mas já atingimos a meta. Nosso foco, agora, é transformar o Minerva em um gerador de dividendos.” De 2012 até 2017, a companhia mais que triplicou de tamanho e alcançou um faturamento de 14 bilhões de reais em 2017. No ano passado, contudo, teve um prejuízo de 280 milhões de reais.

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O valor combinado das duas operações pode chegar a 2,5 bilhões de reais. Mas alguns analistas ainda estão inseguros com a empresa. Prova disso é a queda de 56% nas ações desde janeiro. Uma das preocupações é que o dinheiro seja utilizado na operação, e não para o pagamento de dívidas. Em entrevista a EXAME, Fernando Queiróz, sócio e presidente do Minerva, nega a possibilidade. “Pelo menos 2 bilhões de reais vão para o pagamento de dívidas”, diz ele. “A empresa veio de uma estratégia de crescimento, mas já atingimos a meta. Nosso foco, agora, é transformar o Minerva em um gerador de dividendos.” De 2012 até 2017, a companhia mais que triplicou de tamanho e alcançou um faturamento de 14 bilhões de reais em 2017. No ano passado, contudo, teve um prejuízo de 280 milhões de reais.

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