Entre dívidas em dólar e aquisições, Minerva deve, mas vai pagar
Conhecida por ser uma empresa com as finanças em dia num setor que cresceu fortemente, a Minerva deu uma guinada no 2º semestre do ano passado
André Jankavski
Publicado em 27 de setembro de 2018 às 17h03.
Última atualização em 27 de setembro de 2018 às 17h03.
O frigorífico Minerva Foods tenta sair de um buraco inimaginável há pouco tempo. Conhecida por ser uma empresa com as finanças em dia num setor que cresceu fortemente, a Minerva deu uma guinada no segundo semestre do ano passado: partiu para uma série de aquisições e se endividou em dólar. O resultado foi o aumento do índice de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de impostos e amortizações), de 2,7 para cinco vezes em menos de dois anos. Desde junho, o patrimônio líquido do Minerva está negativo em 1 bilhão de reais. A saída anunciada foi um aumento de capital na B3 e a abertura do capital de sua subsidiária Athena Foods no Chile, marcada para o ano que vem.
O valor combinado das duas operações pode chegar a 2,5 bilhões de reais. Mas alguns analistas ainda estão inseguros com a empresa. Prova disso é a queda de 56% nas ações desde janeiro. Uma das preocupações é que o dinheiro seja utilizado na operação, e não para o pagamento de dívidas. Em entrevista a EXAME, Fernando Queiróz, sócio e presidente do Minerva, nega a possibilidade. “Pelo menos 2 bilhões de reais vão para o pagamento de dívidas”, diz ele. “A empresa veio de uma estratégia de crescimento, mas já atingimos a meta. Nosso foco, agora, é transformar o Minerva em um gerador de dividendos.” De 2012 até 2017, a companhia mais que triplicou de tamanho e alcançou um faturamento de 14 bilhões de reais em 2017. No ano passado, contudo, teve um prejuízo de 280 milhões de reais.
O frigorífico Minerva Foods tenta sair de um buraco inimaginável há pouco tempo. Conhecida por ser uma empresa com as finanças em dia num setor que cresceu fortemente, a Minerva deu uma guinada no segundo semestre do ano passado: partiu para uma série de aquisições e se endividou em dólar. O resultado foi o aumento do índice de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de impostos e amortizações), de 2,7 para cinco vezes em menos de dois anos. Desde junho, o patrimônio líquido do Minerva está negativo em 1 bilhão de reais. A saída anunciada foi um aumento de capital na B3 e a abertura do capital de sua subsidiária Athena Foods no Chile, marcada para o ano que vem.
O valor combinado das duas operações pode chegar a 2,5 bilhões de reais. Mas alguns analistas ainda estão inseguros com a empresa. Prova disso é a queda de 56% nas ações desde janeiro. Uma das preocupações é que o dinheiro seja utilizado na operação, e não para o pagamento de dívidas. Em entrevista a EXAME, Fernando Queiróz, sócio e presidente do Minerva, nega a possibilidade. “Pelo menos 2 bilhões de reais vão para o pagamento de dívidas”, diz ele. “A empresa veio de uma estratégia de crescimento, mas já atingimos a meta. Nosso foco, agora, é transformar o Minerva em um gerador de dividendos.” De 2012 até 2017, a companhia mais que triplicou de tamanho e alcançou um faturamento de 14 bilhões de reais em 2017. No ano passado, contudo, teve um prejuízo de 280 milhões de reais.