Eletrobras põe à venda hotel, posto e meio bilhão em imóveis
A nova administração descobriu o tamanho da carteira (boa parte inútil) de imóveis que a estatal de energia elétrica e suas controladas carregam no balanço
Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às, 05h00.
Última atualização em 15 de fevereiro de 2018 às, 09h53.
Foi revirando a Eletrobras de ponta-cabeça que a nova administração descobriu, no último ano, o tamanho da carteira (boa parte inútil) de imóveis que a estatal de energia elétrica e suas controladas carregam no balanço. A subsidiária Chesf tem um posto de gasolina, a Eletronorte é dona de um hotel, a Eletrobras tem um terreno avaliado em mais de 100 milhões de reais no Rio, que está inutilizado há anos, e a Eletronuclear é dona de um naco de praia em Angra dos Reis.
O grupo é dono até de um hospital. A solução vai ser vender quase tudo (o hospital fica, por acordo com a comunidade). São 500 milhões de reais de imóveis à venda. Além disso, a empresa vai reorganizar os que ficam, entre próprios e alugados. Em Brasília, onde a maioria das empresas tem apenas um ponto de apoio, cada uma delas tinha um escritório próprio — esse ajuste já foi feito, colocando Eletrobras, Furnas, Chesf, Eletrosul e Eletronuclear no mesmo prédio da Eletronorte, uma economia de 85 milhões de reais por ano com aluguéis somente na capital federal.
No Rio de Janeiro, a Eletrobras está distribuída em seis prédios e, até março, vai ser realocada num só. A Eletronuclear também está de mudança: a empresa alugava um edifício que pertence à Valia e à Previ, fundos de pensão da mineradora Vale e do Banco do Brasil, enquanto um prédio próximo da Eletros, fundo de pensão da empresa de energia, estava vazio.