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Eleitores indecisos vão definir a eleição. Mas eles são pra lá de contraditórios

São 61 milhões de eleitores que misturam valores conservadores e progressistas em doses difíceis de decifrar

 (Nelson Junior/VEJA)
(Nelson Junior/VEJA)
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Primeiro Lugar

Publicado em 2 de agosto de 2018 às, 05h00.

Última atualização em 2 de agosto de 2018 às, 05h00.

Os 61 milhões de eleitores indecisos (42% do total) podem definir a eleição presidencial no Brasil. Mas o perfil dessas pessoas mostra que a missão de conquistá-las não é fácil. Segundo um monitoramento feito pela consultoria Atlas Político no Facebook e no Twitter, a pedido da corretora BGC Liquidez, esses eleitores misturam valores conservadores e progressistas em doses difíceis de decifrar.

Depois de analisados 44 milhões de interações, os eleitores foram divididos em grupos: a favor e contra temas polêmicos. Na comparação com o eleitorado em geral, há mais indecisos contrários à reforma da Previdência e menos à privatização da Petrobras. Ao mesmo tempo que apoiam a pena de morte, eles são favoráveis, em maior grau, ao casamento homoafetivo. Eles também apoiam majoritariamente a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Ainda segundo o Atlas Político, os candidatos que têm as maiores taxas de rejeição entre os indecisos são Lula (68% afirmaram que não votariam nele) e Jair Bolsonaro (52%). As mais baixas são as de João Amoêdo (14%), Alvaro Dias e Manuela D’Ávila (ambos com 20%).