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Eldorado: a guerra do papel está declarada

A canadense Paper Excellence, do bilionário indonésio Jackson Widjaja, está determinada a não dar sossego aos sócios

JOESLEY E WESLEY: irmãos têm bens desbloqueados / Claudio Belli | Valor | Ag. O Globo (Claudio Belli/Agência O Globo)
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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2018 às 05h01.

Última atualização em 13 de setembro de 2018 às 05h01.

Depois de ver frustrada sua tentativa de concluir a compra da fabricante de celulose Eldorado Brasil , a canadense Paper Excellence, do bilionário indonésio Jackson Widjaja, está determinada a não dar sossego aos sócios. Do outro lado da mesa está a J&F Investimentos, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que em 2017 vendeu 49,4% da Eldorado por 3,8 bilhões de reais. Outros 4 bilhões deveriam dar aos canadenses 100% da empresa no início de setembro. Mas a venda foi suspensa devido a um impasse na forma como as garantias dos empréstimos da Eldorado devem ser retiradas — a Paper Excellence quer quitar em dinheiro, enquanto a J&F quer trocar por outro tipo de fiança.

Os canadenses argumentam que, na prática, o problema é outro: com o aumento do preço da celulose e a alta do dólar impulsionando os lucros da -Eldorado, a J&F quer mais dinheiro pelo negócio. EXAME apurou que, no final de agosto, uma comitiva liderada por Aguinaldo Gomes Ramos Filho, presidente da Eldorado, se encontrou com Widjaja nos Estados Unidos e sinalizou que o prazo de negociação poderia ser estendido mediante o pagamento de 6 bilhões de reais. A proposta foi recusada. A J&F confirma o encontro, mas não comenta a questão dos valores. Enquanto não resolve o impasse, a Paper Excellence vai solicitar uma assembleia de acionistas para indicar o membro do conselho de administração ao qual tem direito.

O objetivo é pressionar por uma mudança na gestão de Ramos Filho, sobrinho de Joesley e Wesley, vetar decisões sobre novos investimentos e impedir um aumento nos dividendos. As duas partes têm até outubro para levar o bilionário imbróglio à arbitragem.

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Os canadenses argumentam que, na prática, o problema é outro: com o aumento do preço da celulose e a alta do dólar impulsionando os lucros da -Eldorado, a J&F quer mais dinheiro pelo negócio. EXAME apurou que, no final de agosto, uma comitiva liderada por Aguinaldo Gomes Ramos Filho, presidente da Eldorado, se encontrou com Widjaja nos Estados Unidos e sinalizou que o prazo de negociação poderia ser estendido mediante o pagamento de 6 bilhões de reais. A proposta foi recusada. A J&F confirma o encontro, mas não comenta a questão dos valores. Enquanto não resolve o impasse, a Paper Excellence vai solicitar uma assembleia de acionistas para indicar o membro do conselho de administração ao qual tem direito.

O objetivo é pressionar por uma mudança na gestão de Ramos Filho, sobrinho de Joesley e Wesley, vetar decisões sobre novos investimentos e impedir um aumento nos dividendos. As duas partes têm até outubro para levar o bilionário imbróglio à arbitragem.

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