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Companhias nacionais têm sucesso em crescer no exterior

Apesar de um resultado ainda tímido, estudo mostra que empresas brasileiras têm tido sucesso em melhorar seu grau de internacionalização

Marcopolo: fabricante de ônibus é uma das brasileiras que têm sólida presença no exterior (Germano Lüders/Exame)
Marcopolo: fabricante de ônibus é uma das brasileiras que têm sólida presença no exterior (Germano Lüders/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 27 de fevereiro de 2020 às, 05h30.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2020 às, 05h30.

As empresas brasileiras são conhecidas pela falta de interesse em buscar espaço no mercado internacional, preferindo focar os esforços dentro das fronteiras nacionais. Entretanto, há um grupo pequeno de companhias que fogem à regra e acabam tendo sucesso em crescer também no exterior.

Atualmente, o número de empresas internacionalizadas brasileiras é de pouco mais de 500, o que corresponde a aproximadamente 0,01% das companhias registradas no país. Os números fazem parte da 13a edição do estudo -anual Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras, elaborado pela Fundação Dom Cabral, que será lançado em março.

Apesar do resultado ainda tímido, o estudo mostra que as empresas brasileiras têm, sim, tido sucesso em melhorar seu grau de internacionalização nos últimos anos — a exemplo do que fazem há mais tempo companhias como a fabricante de motores elétricos WEG, a de ônibus Marcopolo e a de componentes automotivos Iochpe-Maxion.

Numa escala que vai de 0 a 1, em que o número 0,5 indica que 50% das operações estão localizadas no exterior (considerando receitas, ativos e funcionários), as empresas brasileiras que foram avaliadas no ranking têm uma nota média de 0,216.

Desde 2006, houve um crescimento de 67% nesse grau de internacionalização das empresas. Só nos últimos cinco anos o aumento foi de 31%. É uma boa notícia em um país que por muitos anos adotou políticas de reserva de mercado, com altas tarifas de importação para proteger os empreendedores locais.