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Após crise contábil, CVC navega por mares ainda pouco explorados

Empresa escolheu um novo presidente executivo após suspeita de erro contábil que pode levar a uma revisão para baixo dos valores de vendas entre 2015 e 2019

CVC: a nova gestão, capitaneada pelo ex-Smiles Leonel Andrade, pretende ampliar o uso da ciência de dados para vender serviços (Germano Lüders/Exame)
CVC: a nova gestão, capitaneada pelo ex-Smiles Leonel Andrade, pretende ampliar o uso da ciência de dados para vender serviços (Germano Lüders/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 12 de março de 2020 às, 05h40.

Última atualização em 12 de março de 2020 às, 05h40.

Não são poucos os problemas que esperam Leonel Andrade na operadora de turismo CVC, a maior do Brasil. Depois de seis anos à frente da Smiles, a administradora do programa de fidelidade da companhia aérea Gol, Andrade foi escolhido neste mês pelo conselho de administração da CVC como o novo presidente executivo da empresa.

O presidente anterior, Luiz Fernando Fogaça, renunciou depois da divulgação pela CVC de uma suspeita de erro contábil que pode levar a uma revisão para baixo dos valores de vendas entre 2015 e 2019, de 250 milhões de reais.

A disseminação do coronavírus pelo mundo também deve pesar nos resultados da operadora de turismo por um bom tempo.

Segundo a EXAME apurou, o plano de Andrade para colocar a CVC no rumo certo repete um pouco da receita que levou a Smiles a liderar o setor de fidelidade e a multiplicar por 4 seu valor de mercado durante o mandato do executivo, para 9 bilhões de reais no auge, em 2018. A ideia é aumentar o uso da ciên­cia de dados na operadora de turismo para ampliar a base de clientes e vender mais serviços a quem compra seus pacotes de viagem.

Desse modo, a CVC vai aumentar o poder de fogo contra a própria Smiles, que nos últimos anos passou a comercializar hospedagem e aluguel de  veículos também.