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Cabify perde executivos e tem dificuldade para levantar investimentos

O app, que concorre no setor de mobilidade com a Uber, enfrenta um começo de ano difícil depois de crescer 500% em 2017

Cabify: começo de ano difícil depois de crescer 500% em 2017 (Germano Lüders/Exame)
Cabify: começo de ano difícil depois de crescer 500% em 2017 (Germano Lüders/Exame)
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Publicado em 29 de março de 2018 às, 05h00.

Última atualização em 29 de março de 2018 às, 15h27.

O aplicativo de transportes espanhol Cabify, que tem no Brasil seu principal mercado, enfrenta um começo de ano difícil depois de crescer 500% em 2017. Em janeiro, a empresa promoveu uma reestruturação mundial que cortou cerca de 10% de seus 1 800 funcionários. Dois importantes executivos brasileiros pediram demissão: Fernando Matias, anunciado em janeiro como novo presidente para o Brasil, e Rafael Felipe Cardoso, ex-CFO da Easy, que havia se tornado diretor de RH na Maxi Mobility, holding que controla a Cabify. Eles não comentaram o motivo da saída.

A Cabify também vem enfrentando dificuldades para levantar investimentos. A empresa pretendia, no início de 2017, fechar uma única rodada de 500 milhões de dólares, dos quais 200 milhões seriam usados para expandir os negócios no Brasil. Mas conseguiu pouco mais da metade do valor, que veio principalmente do grupo de internet japonês Rakuten em duas rodadas diferentes. Com isso, a empresa oferece menos cupons de desconto e, consequentemente, perde mercado.

Em alguns meses de 2017, cerca de metade das corridas tinham algum tipo de voucher de desconto. Em seu melhor momento, em 2017, a Cabify chegou a realizar cerca de 3,5 milhões de corridas por mês no Brasil, menos de 5% do que a líder Uber. Procurada, a Cabify disse que não comenta rumores de mercado.