A cartada dos bancos médios
Projeto mais adiantado é a criação de uma empresa para registrar títulos privados de dívida, como CDBs e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs)
giuliananapolitano
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 14h24.
A ABBC, associação que reúne bancos pequenos e médios, está desenvolvendo projetos que podem ajudar a aumentar a concorrência no mercado financeiro no Brasil. O mais adiantado é a criação de uma empresa para registrar títulos privados de dívida, como CDBs e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Hoje, esse registro é feito pela B3, companhia formada após a fusão da bolsa brasileira com a Cetip. A nova empresa deve começar a funcionar em meados de 2019. A ABBC também está desenvolvendo uma plataforma de cartões: o plano é ter as maquininhas, processar as transações e, assim, concorrer com Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, Rede, controlada pelo Itaú, e outras empresas menores desse setor. Por fim, a instituição estuda fechar parcerias com empresas de fora do setor financeiro e habilitá-las para receber depósitos, fazer transferências de recursos e permitir saques de dinheiro, entre outras operações. “Queremos contribuir para ampliar a competição no mercado financeiro e diminuir a concentração bancária”, diz Ricardo Gelbaum, presidente da ABBC. O sistema financeiro brasileiro não está entre os mais concentrados. Aqui, os cinco maiores bancos detêm 80% dos ativos do mercado. A média da zona do euro é de 90%, segundo um levantamento feito pelo economista Roberto Troster com base em dados do Federal Reserve, banco central americano. Ainda assim, há espaço para melhorar. Nos Estados Unidos, os cinco maiores bancos respondem por menos da metade dos ativos do mercado financeiro.
A ABBC, associação que reúne bancos pequenos e médios, está desenvolvendo projetos que podem ajudar a aumentar a concorrência no mercado financeiro no Brasil. O mais adiantado é a criação de uma empresa para registrar títulos privados de dívida, como CDBs e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Hoje, esse registro é feito pela B3, companhia formada após a fusão da bolsa brasileira com a Cetip. A nova empresa deve começar a funcionar em meados de 2019. A ABBC também está desenvolvendo uma plataforma de cartões: o plano é ter as maquininhas, processar as transações e, assim, concorrer com Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, Rede, controlada pelo Itaú, e outras empresas menores desse setor. Por fim, a instituição estuda fechar parcerias com empresas de fora do setor financeiro e habilitá-las para receber depósitos, fazer transferências de recursos e permitir saques de dinheiro, entre outras operações. “Queremos contribuir para ampliar a competição no mercado financeiro e diminuir a concentração bancária”, diz Ricardo Gelbaum, presidente da ABBC. O sistema financeiro brasileiro não está entre os mais concentrados. Aqui, os cinco maiores bancos detêm 80% dos ativos do mercado. A média da zona do euro é de 90%, segundo um levantamento feito pelo economista Roberto Troster com base em dados do Federal Reserve, banco central americano. Ainda assim, há espaço para melhorar. Nos Estados Unidos, os cinco maiores bancos respondem por menos da metade dos ativos do mercado financeiro.