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Globalização na tomada de decisão nos investimentos

"Hoje em dia, o ideal em um processo de tomada de decisão é levar em consideração um bom planejamento sucessório e tributário"

Investimentos (Pinkypills/Getty Images)
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marianamartucci

Publicado em 23 de fevereiro de 2021 às 14h54.

Minha primeira experiência com moedas estrangeiras foi com 13 anos de idade. No final dos anos 80, eu tive o privilégio de estudar fora do país ao ter acesso à um novo mundo: produtos financeiros, classes de ativos; temas ainda pouco conhecidos no Brasil e, concomitante, com meus primeiros passos profissionais. Naquela época eu já vislumbrava chegar ao meu gerente de banco e poder comprar uma determinada ação americana, sonho este ao qual eu achava impossível em um mercado, até então, restritivo.

A cadeira de macroeconomia foi a que mais me fascinou no mestrado. Eu sempre fui um entusiasta da modelagem de alocação global de investimentos, pois sempre temos algum lugar no mundo oportunidades e riscos também, porém, descorrelacionado com o país ao qual vivemos e temos maior exposição por maior conhecimento e automaticamente, maior zona de conforto.

30 anos depois, atuando como profissional tanto no mercado doméstico como no mercado internacional, com grande satisfação, digo: - há sim possibilidade de começar a convergir portfolios nacionais à um mesmo racional em relação aos portfolios internacionais.

Sem desmerecer as estratégias clássicas como renda fixa, multimercados tradicionais e fundos de ações, hoje em dia é facilmente via plataforma. Basta clicar, subscrever e pronto, já temos fundos lastrados em metais preciosos, com ou sem exposição cambial, produtos atrelados aos investimentos no exterior, como arbitragem em tecnologia americana, mercado de renda variável asiático, mercados emergentes, criptomoedas entre outros.

No cenário doméstico, fundos de participações com pagamento de dividendos não tributáveis, fundos imobiliários, letras, notas, certificados, produtos com estratégias sofisticadas - como modelagens sistemáticas aos quais utilizam inteligência artificial para capturar tendências e oportunidades de prêmio. Ou seja, hoje em dia, há possibilidade de uma gama de alternativas com toda essa diversificação de ativos. Precisamos nos atentar ao processo de decisão em uma proposta de montagem em uma composição em um novo portfolio, principalmente, a descorrelacionar os ativos financeiros,  visto que até um passado recente ficávamos restritos ao famoso kit Brasil (juros , câmbio e bolsa).

E você investidor, quer saber qual o melhor de tudo? Além de diversificação e acessibilidade digital os investimentos mínimos também reduziram e são significativamente mais acessíveis em comparação, exemplo, para quem viveu em uma época aos quais os montantes iniciais para investir eram valores altos, limitando a composição de um portfólio diversificado.

Com toda esta paleta de investimentos, obviamente, nós devemos levar em consideração movimentos econômicos, tendências, índices e indicadores para ajudar na tomada de decisão de escolha dos produtos elegíveis, pois infelizmente nem tudo é uma constante no mercado financeiro.

Não podemos esquecer os riscos inerentes a qualquer produto financeiro, seja tradicional ou não. Do lado do investidor, estar sempre em um processo de aprendizado e autoconhecimento, entender os objetivos de curto, médio e longo prazo.  Do lado do profissional, respeitar o perfil de risco do investidor e também ter a obrigatoriedade de informar sobre os riscos envolvidos em cada produto financeiro.  Desta forma, podemos sempre buscar melhores resultados e mitigar eventuais perdas.

Hoje em dia, o ideal em um processo de tomada de decisão é levar em consideração um bom planejamento sucessório e tributário, da mesma forma em que a globalização chegou em nossa decisão em alocação para encararmos as possibilidades que temos no mundo.

Estamos indo bem, porém, é apenas o início de um processo para que o nosso mercado possa melhorar cada vez mais com governança, tecnologia, proatividade e acessibilidade temos um mercado pujante com todas as características e força para que isso aconteça.

*Bernardo Goldsztajné Head de Wealth Management na Constância Investimentos. A área de Gestão de Patrimônio da Constância Investimentos é independente, com gestão de ativos domésticos e gestão internacional. Com mais de 20 anos atuando no mercado financeiro, é consultor de valores mobiliários pela CVM e formação com MBA pelo IBMEC.

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Minha primeira experiência com moedas estrangeiras foi com 13 anos de idade. No final dos anos 80, eu tive o privilégio de estudar fora do país ao ter acesso à um novo mundo: produtos financeiros, classes de ativos; temas ainda pouco conhecidos no Brasil e, concomitante, com meus primeiros passos profissionais. Naquela época eu já vislumbrava chegar ao meu gerente de banco e poder comprar uma determinada ação americana, sonho este ao qual eu achava impossível em um mercado, até então, restritivo.

A cadeira de macroeconomia foi a que mais me fascinou no mestrado. Eu sempre fui um entusiasta da modelagem de alocação global de investimentos, pois sempre temos algum lugar no mundo oportunidades e riscos também, porém, descorrelacionado com o país ao qual vivemos e temos maior exposição por maior conhecimento e automaticamente, maior zona de conforto.

30 anos depois, atuando como profissional tanto no mercado doméstico como no mercado internacional, com grande satisfação, digo: - há sim possibilidade de começar a convergir portfolios nacionais à um mesmo racional em relação aos portfolios internacionais.

Sem desmerecer as estratégias clássicas como renda fixa, multimercados tradicionais e fundos de ações, hoje em dia é facilmente via plataforma. Basta clicar, subscrever e pronto, já temos fundos lastrados em metais preciosos, com ou sem exposição cambial, produtos atrelados aos investimentos no exterior, como arbitragem em tecnologia americana, mercado de renda variável asiático, mercados emergentes, criptomoedas entre outros.

No cenário doméstico, fundos de participações com pagamento de dividendos não tributáveis, fundos imobiliários, letras, notas, certificados, produtos com estratégias sofisticadas - como modelagens sistemáticas aos quais utilizam inteligência artificial para capturar tendências e oportunidades de prêmio. Ou seja, hoje em dia, há possibilidade de uma gama de alternativas com toda essa diversificação de ativos. Precisamos nos atentar ao processo de decisão em uma proposta de montagem em uma composição em um novo portfolio, principalmente, a descorrelacionar os ativos financeiros,  visto que até um passado recente ficávamos restritos ao famoso kit Brasil (juros , câmbio e bolsa).

E você investidor, quer saber qual o melhor de tudo? Além de diversificação e acessibilidade digital os investimentos mínimos também reduziram e são significativamente mais acessíveis em comparação, exemplo, para quem viveu em uma época aos quais os montantes iniciais para investir eram valores altos, limitando a composição de um portfólio diversificado.

Com toda esta paleta de investimentos, obviamente, nós devemos levar em consideração movimentos econômicos, tendências, índices e indicadores para ajudar na tomada de decisão de escolha dos produtos elegíveis, pois infelizmente nem tudo é uma constante no mercado financeiro.

Não podemos esquecer os riscos inerentes a qualquer produto financeiro, seja tradicional ou não. Do lado do investidor, estar sempre em um processo de aprendizado e autoconhecimento, entender os objetivos de curto, médio e longo prazo.  Do lado do profissional, respeitar o perfil de risco do investidor e também ter a obrigatoriedade de informar sobre os riscos envolvidos em cada produto financeiro.  Desta forma, podemos sempre buscar melhores resultados e mitigar eventuais perdas.

Hoje em dia, o ideal em um processo de tomada de decisão é levar em consideração um bom planejamento sucessório e tributário, da mesma forma em que a globalização chegou em nossa decisão em alocação para encararmos as possibilidades que temos no mundo.

Estamos indo bem, porém, é apenas o início de um processo para que o nosso mercado possa melhorar cada vez mais com governança, tecnologia, proatividade e acessibilidade temos um mercado pujante com todas as características e força para que isso aconteça.

*Bernardo Goldsztajné Head de Wealth Management na Constância Investimentos. A área de Gestão de Patrimônio da Constância Investimentos é independente, com gestão de ativos domésticos e gestão internacional. Com mais de 20 anos atuando no mercado financeiro, é consultor de valores mobiliários pela CVM e formação com MBA pelo IBMEC.

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