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Family Office é a estrutura própria de gestão do seu patrimônio

Entenda como funciona os Multi Family Office

 (Edson Souza/iStockphoto)
(Edson Souza/iStockphoto)
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Panorama Econômico

Publicado em 22 de fevereiro de 2023 às, 16h51.

Por Thiago Lauria*

O brasileiro tem procurado cada vez mais soluções para otimizar a gestão do seu patrimônio. Consequentemente, tem sido cada vez maior a busca pelos serviços dos Multi Family Offices – a estrutura própria que cuida dos seus interesses pessoais, familiares e patrimoniais.

História

Os Family Offices são estruturas que surgiram no século XIX a partir da necessidade das famílias ultra ricas com o objetivo de garantir que seus investimentos seriam geridos em estrito alinhamento com os seus valores e direcionamentos familiares. Ao longo dos anos, essas estruturas foram otimizadas para servir a um público mais amplo, surgindo a figura do Multi Family Office: empresa que oferece a diversas famílias simultaneamente um serviço personalizado de gestão do patrimônio.

Foco

O trabalho desenvolvido por um Multi Family Office tem como objetivo proteger, rentabilizar, prover usufruto e transmissão do patrimônio construído pelas famílias contratantes. Dessa forma, existem diversas áreas que podem ser abrangidas de acordo com o tamanho do patrimônio e a estrutura familiar. Por exemplo: gestão de investimentos, gestão de riscos, planejamento tributário, sucessório e empresarial, mercado de capitais, entre outros. Entretanto, vale destacar que toda a inteligência do planejamento e gestão patrimonial se torna personalizada a partir do entendimento claro dos interesses do cliente. Para isso, é de suma importância o entendimento das relações familiares em seus aspectos afetivos, financeiros e patrimoniais, assim como o estabelecimento de uma governança que resguarde os valores e visão de longo prazo.

Estrutura

Em relação a gestão dos investimentos, os Multi Family offices estão geralmente estruturados sob uma licença de consultoria de valores mobiliários ou gestora de recursos perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O que irá diferenciar esses dois é principalmente a discricionariedade na condução dos investimentos.

No primeiro caso, o cliente atua em cogestão, aprovando todas as operações de compra e venda de ativos, enquanto no segundo, uma vez estabelecido um mandato, o gestor irá conduzir sem a necessidade de aprovação do cliente. Mas, em ambos os modelos, a remuneração vem única e exclusivamente do cliente, não sendo permitido venda de produtos e nem recebimento de comissionamento. EsSe é um elo importante para uma relação de confiança e fundamental para a longevidade da estrutura do cliente.

Apesar de ser um modelo que tem sido cada vez mais procurado, algumas famílias ainda tem dúvida se é uma estrutura acessível visto que a sua origem se deu no âmbito das famílias ultra ricas. Porém, com o passar do tempo, a tecnologia permitiu a otimização de processos e entregas de valor. Com isso, alguns Family Offices atendem famílias que possuem patrimônio financeiro a partir de 5 milhões de reais, entregando um serviço altamente personalizado e de qualidade.

Ter uma estrutura própria de gestão permite que pessoas e famílias tomem decisões mais assertivas, tenha mais longevidade e segurança em relação ao patrimônio, podendo assim aproveitar a vida com tranquilidade.

Bons investimentos!

*Thiago Lauria, CFP®, CGA, é Sócio Fundador e Diretor de Investimentos da BWM Family Office. Um Multi Family Office que atua de forma independente e isenta de conflitos de interesses, integrando gestão de investimentos e planejamento patrimonial, ajudando clientes a cuidarem das suas maiores riquezas: vida, família e patrimônio.