Escritório da Família: um ambiente para preservar o legado e gerenciar o patrimônio por gerações
Astor Capital comenta como estabelecer uma gestão eficaz que consiga resolver das questões emocionais aos investimentos
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2022 às 17h43.
Última atualização em 29 de junho de 2022 às 18h04.
Astor Capital*
Em tempos modernos, de pandemia e metaverso, a família permanece como uma instituição tradicional que se adapta a todas essas mudanças e busca dar continuidade em suas virtudes e todo seu valor gerado ao longo de gerações.
Eis o desafio: como estabelecer uma gestão eficaz que consiga resolver das questões emocionais aos investimentos?
O conceito conhecido como Escritório da Família ou Family Office figura como a solução fundamental para a organização das estruturas familiares. Criado incialmente no Império Romano, foi somente no século 19 que teve sua abordagem profissional a partir da necessidade de grandes e famosas famílias americanas como Rockefeller e Morgan. O Family Office nada mais é do que um escritório responsável por gerenciar todas as demandas da família, desde investimentos a gestão de funcionários e pagamento de contas pessoais dos membros. O conceito foi sendo difundido mundialmente e em tempos atuais, sobretudo para famílias com grandes fortunas e diversidade patrimonial, ter um time de especialistas para gerir seu patrimônio e ser guardião da governança é mais do que imprescindível.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em um estudo feito em 2020, 90% das empresas são familiares no Brasil. Isto indica uma representação de 65% do PIB e de 75% da força de trabalho. Não obstante os grandiosos números, este cenário indica que a governança é conceito necessário e obrigatório no dia a dia das famílias empresárias. Apesar de ainda pouco difundido em nosso país, o Family Office já é considerado e entendido pelas grandes famílias. Estima-se que hoje existem pelo menos 150 escritórios denominados single family office, isto é, que atendem apenas uma família, e diversas estruturas denominadas multi family office, atendendo mais de uma família em um único escritório.
Um equívoco comum é que o tamanho dos ativos é o fator mais importante na determinação das necessidades de gestão de patrimônio. Na realidade, os objetivos e as circunstâncias da família ditarão a complexidade das necessidades de gestão deste patrimônio. Os fatores a serem considerados incluem o número de membros da família, a natureza da propriedade e as estruturas legais, os tipos de investimentos e as entidades que os abrigam.
Ter a organização e consolidação das estratégias, assim como concentrar demandas rotineiras em um único lugar é verdadeiramente eficiente, a prova disso é que 91% dos Family Offices brasileiros tiveram crescimento patrimonial acima da inflação nos últimos 5 anos, segundo o Family Office Report Brasil de 2019 da INEO/ISE Business School. Também é válido ressaltar que a estrutura aqui abordada é o caminho mais concreto para perpetuar os valores e a belíssima história de uma família brasileira.
Gerenciar o patrimônio familiar com sucesso é uma tarefa complexa e única para cada família. O trabalho do gestor de patrimônio familiar é trazer profissionalismo ao trabalho privado de crescer e proteger os ativos de uma família para as gerações futuras. O sucesso pode ser o crescimento e a proteção de ativos, é claro, mas também pode ser medido pela transição pacífica do controle de uma geração para a próxima, ou por um grupo coeso de primos gerenciando colaborativamente os desejos filantrópicos do fundador.
*Alexandre Frota é gestor da Astor Capital. Com mais de 15 anos de atuação profissional no mercado financeiro, sócio de corretoras e empresas de consultorias especializadas em gestão financeira de clientes UHNW. Atualmente é administrador (gestor) e consultor de valores mobiliários devidamente autorizado pela CVM. Possui as certificações CFP®, CEA e CGA. É bacharel em administração de empresas pela UNIFOR com especialização em gestão de carteiras pela IBMEC e MBA em Investimentos e Private Banking pela IBMEC.
Astor Capital*
Em tempos modernos, de pandemia e metaverso, a família permanece como uma instituição tradicional que se adapta a todas essas mudanças e busca dar continuidade em suas virtudes e todo seu valor gerado ao longo de gerações.
Eis o desafio: como estabelecer uma gestão eficaz que consiga resolver das questões emocionais aos investimentos?
O conceito conhecido como Escritório da Família ou Family Office figura como a solução fundamental para a organização das estruturas familiares. Criado incialmente no Império Romano, foi somente no século 19 que teve sua abordagem profissional a partir da necessidade de grandes e famosas famílias americanas como Rockefeller e Morgan. O Family Office nada mais é do que um escritório responsável por gerenciar todas as demandas da família, desde investimentos a gestão de funcionários e pagamento de contas pessoais dos membros. O conceito foi sendo difundido mundialmente e em tempos atuais, sobretudo para famílias com grandes fortunas e diversidade patrimonial, ter um time de especialistas para gerir seu patrimônio e ser guardião da governança é mais do que imprescindível.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em um estudo feito em 2020, 90% das empresas são familiares no Brasil. Isto indica uma representação de 65% do PIB e de 75% da força de trabalho. Não obstante os grandiosos números, este cenário indica que a governança é conceito necessário e obrigatório no dia a dia das famílias empresárias. Apesar de ainda pouco difundido em nosso país, o Family Office já é considerado e entendido pelas grandes famílias. Estima-se que hoje existem pelo menos 150 escritórios denominados single family office, isto é, que atendem apenas uma família, e diversas estruturas denominadas multi family office, atendendo mais de uma família em um único escritório.
Um equívoco comum é que o tamanho dos ativos é o fator mais importante na determinação das necessidades de gestão de patrimônio. Na realidade, os objetivos e as circunstâncias da família ditarão a complexidade das necessidades de gestão deste patrimônio. Os fatores a serem considerados incluem o número de membros da família, a natureza da propriedade e as estruturas legais, os tipos de investimentos e as entidades que os abrigam.
Ter a organização e consolidação das estratégias, assim como concentrar demandas rotineiras em um único lugar é verdadeiramente eficiente, a prova disso é que 91% dos Family Offices brasileiros tiveram crescimento patrimonial acima da inflação nos últimos 5 anos, segundo o Family Office Report Brasil de 2019 da INEO/ISE Business School. Também é válido ressaltar que a estrutura aqui abordada é o caminho mais concreto para perpetuar os valores e a belíssima história de uma família brasileira.
Gerenciar o patrimônio familiar com sucesso é uma tarefa complexa e única para cada família. O trabalho do gestor de patrimônio familiar é trazer profissionalismo ao trabalho privado de crescer e proteger os ativos de uma família para as gerações futuras. O sucesso pode ser o crescimento e a proteção de ativos, é claro, mas também pode ser medido pela transição pacífica do controle de uma geração para a próxima, ou por um grupo coeso de primos gerenciando colaborativamente os desejos filantrópicos do fundador.
*Alexandre Frota é gestor da Astor Capital. Com mais de 15 anos de atuação profissional no mercado financeiro, sócio de corretoras e empresas de consultorias especializadas em gestão financeira de clientes UHNW. Atualmente é administrador (gestor) e consultor de valores mobiliários devidamente autorizado pela CVM. Possui as certificações CFP®, CEA e CGA. É bacharel em administração de empresas pela UNIFOR com especialização em gestão de carteiras pela IBMEC e MBA em Investimentos e Private Banking pela IBMEC.