Comportamento do investidor: como evitar seu pior inimigo
Muitos investidores agem e repetem práticas que geram perdas financeiras, contrariando o pensamento de um dos homens mais ricos do mundo
Karina Souza
Publicado em 13 de outubro de 2020 às 21h24.
Você sabia que o comportamento do investidor pode ser seu pior inimigo? Observamos desde a crise de 2008 que muitos investidores agem e repetem práticas que geram perdas financeiras, contrariando o pensamento de um dos homens mais ricos do mundo, Warren Buffett: “Regra número 1: Nunca perca dinheiro. Regra número 2: não esqueça a regra número 1”. Essa observação nos levou a estudar cada vez mais Finanças Comportamentais, que considera que os investidores agem mais pela emoção do que pela razão.
Um aspecto bastante interessante dessa área de estudo é a Teoria da Perspectiva, que acredita que pessoas possuem reações emocionais mais acentuadas em relação a posições perdedoras do que posições ganhadoras, levando ao que chamamos no mercado de “ganha de canequinha e perde de balde”. Existem outros conceitos psicológicos e vieses emocionais que explicam isso, como o excesso de confiança quando o investidor tende a subestimar o risco de seus investimentos e não o diversifica adequadamente (não possui estratégia), o que pode levá-lo a uma triste surpresa no futuro. Por vezes existe também o arrependimento, aquele sentimento associado a uma decisão ruim e o pensamento “se eu tivesse...”. Em outros casos, percebemos conservadorismo, quando o investidor reluta em rever sua tese e mantém ativos na carteira por muito tempo para evitar o stress mental de mudar um ponto de vista. Mas também existem os que são movidos pela confirmação, que é quando o investidor busca e considera somente informações que estão de acordo com sua tese e desconsidera as que vão contra.
Os temas citados acima são somente uma parte dos tantos que essa escola estuda, e diante desses e outros aspectos cabe a pergunta: “Por que as pessoas agem assim?”. Ou outra ainda mais intrigante: “Por que repetem esse comportamento?”. Talvez seja devido ao legado cultural ou ao momento em que temos muitas informações à disposição. Isso também é algo perigoso se não soubermos filtrá-las adequadamente. É comum encontrarmos “gurus de investimentos” prometendo ganhos altos, rápidos e fáceis. O investidor brasileiro, acostumado a altos rendimentos em renda fixa se sente órfão nessa fase de Selic 2% ao ano, e acaba se tornando alvo fácil para atitudes irracionais e golpes de estelionatários, com alta probabilidade de prejuízos financeiros.
Gostamos de pensar que o investidor não poupa seus rendimentos para ser um colecionador de dinheiro, entendemos que quando ele abre mão de uma compra no presente é porque deseja algo maior no futuro e é nesse ponto que queremos chegar. Os investimentos são um meio para você atingir um fim e, quando não se sabe onde deseja chegar, qualquer lugar estará bom. O investidor pode não ter a real noção de quão caro é tomar uma má decisão, e não possuir uma estratégia clara dos seus investimentos pode comprometer definitivamente a conquista de seus sonhos financeiros.
Para evitar esses erros nossas dicas são:
1 - Descubra qual é o seu perfil de risco (tolerância a perdas);
2 - Caso seu objetivo seja independência financeira, descubra qual é o valor que precisa acumular para poder fazer as retiradas desejadas no futuro;
3 - Entenda como cada produto de investimento se comporta com diferentes cenários econômicos e seus potenciais riscos, para então montar uma carteira com diversificação inteligente (não adianta ter muito do mesmo, isso não é diversificação e sim falta de conhecimento);
4 - Monitore seus investimentos tendo a visão do comportamento da carteira como um todo e fique atento para fazer ajustes quando necessário;
5 - Não acredite em promessas milagrosas e não subestime o nível de conhecimento teórico e experiência necessários para ser um expert em gestão de investimentos;
6 - Não olhe o retorno dos últimos 12 meses pensando que vai se repetir nos próximos 12, aliás estamos no meio de uma fase de pandemia inimaginável a 12 meses atrás.
Com essas 6 dicas perceba que não se trata de uma tarefa simples, então nosso principal conselho é: foque no seu crescimento profissional ou no crescimento do seu negócio, e procure uma empresa especializada e credenciada para te ajudar com seus investimentos, pois aplicações financeiras são complexas e a forma como lidamos com elas pode definir o rumo da sua saúde financeira no futuro.
Para saber se uma empresa está autorizada a prestar serviços de gestão e consultoria, evitando assim golpes como pirâmides etc., veja se está registrada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e se seus profissionais constam na relação de pessoas habilitadas para a prestação deste serviço e possuem as certificações exigidas por lei. No site da CVM é possível encontrar os nomes dos Agentes Autônomos de Investimentos (AAI), Consultores de Valores Mobiliários e Administradores de Carteira (Gestores de Recursos).
Esperamos ter ajudado em sua jornada no mundo dos investimentos e principalmente em como lidar com essa questão de forma séria e bem organizada, para que as chances de sucesso sejam maiores do que as de insucesso.
Gabriel Bacci e Valdir Carlos Jr são sócios da WMR Capital Gestora de Recursos, trabalhando juntos a mais de 12 anos no mercado financeiro, tendo atuado em algumas das principais corretoras de valores do Brasil, com foco em alocação estratégica de investimentos para investidores pessoa física, ajudando diversas famílias e pessoas a atingirem seus objetivos, entre eles a independência financeira. Possuem formação em Administração de empresas com especialização em Mercados financeiros e Capitais e Economia Brasileira para Negócios pela Universidade de São Paulo.
Você sabia que o comportamento do investidor pode ser seu pior inimigo? Observamos desde a crise de 2008 que muitos investidores agem e repetem práticas que geram perdas financeiras, contrariando o pensamento de um dos homens mais ricos do mundo, Warren Buffett: “Regra número 1: Nunca perca dinheiro. Regra número 2: não esqueça a regra número 1”. Essa observação nos levou a estudar cada vez mais Finanças Comportamentais, que considera que os investidores agem mais pela emoção do que pela razão.
Um aspecto bastante interessante dessa área de estudo é a Teoria da Perspectiva, que acredita que pessoas possuem reações emocionais mais acentuadas em relação a posições perdedoras do que posições ganhadoras, levando ao que chamamos no mercado de “ganha de canequinha e perde de balde”. Existem outros conceitos psicológicos e vieses emocionais que explicam isso, como o excesso de confiança quando o investidor tende a subestimar o risco de seus investimentos e não o diversifica adequadamente (não possui estratégia), o que pode levá-lo a uma triste surpresa no futuro. Por vezes existe também o arrependimento, aquele sentimento associado a uma decisão ruim e o pensamento “se eu tivesse...”. Em outros casos, percebemos conservadorismo, quando o investidor reluta em rever sua tese e mantém ativos na carteira por muito tempo para evitar o stress mental de mudar um ponto de vista. Mas também existem os que são movidos pela confirmação, que é quando o investidor busca e considera somente informações que estão de acordo com sua tese e desconsidera as que vão contra.
Os temas citados acima são somente uma parte dos tantos que essa escola estuda, e diante desses e outros aspectos cabe a pergunta: “Por que as pessoas agem assim?”. Ou outra ainda mais intrigante: “Por que repetem esse comportamento?”. Talvez seja devido ao legado cultural ou ao momento em que temos muitas informações à disposição. Isso também é algo perigoso se não soubermos filtrá-las adequadamente. É comum encontrarmos “gurus de investimentos” prometendo ganhos altos, rápidos e fáceis. O investidor brasileiro, acostumado a altos rendimentos em renda fixa se sente órfão nessa fase de Selic 2% ao ano, e acaba se tornando alvo fácil para atitudes irracionais e golpes de estelionatários, com alta probabilidade de prejuízos financeiros.
Gostamos de pensar que o investidor não poupa seus rendimentos para ser um colecionador de dinheiro, entendemos que quando ele abre mão de uma compra no presente é porque deseja algo maior no futuro e é nesse ponto que queremos chegar. Os investimentos são um meio para você atingir um fim e, quando não se sabe onde deseja chegar, qualquer lugar estará bom. O investidor pode não ter a real noção de quão caro é tomar uma má decisão, e não possuir uma estratégia clara dos seus investimentos pode comprometer definitivamente a conquista de seus sonhos financeiros.
Para evitar esses erros nossas dicas são:
1 - Descubra qual é o seu perfil de risco (tolerância a perdas);
2 - Caso seu objetivo seja independência financeira, descubra qual é o valor que precisa acumular para poder fazer as retiradas desejadas no futuro;
3 - Entenda como cada produto de investimento se comporta com diferentes cenários econômicos e seus potenciais riscos, para então montar uma carteira com diversificação inteligente (não adianta ter muito do mesmo, isso não é diversificação e sim falta de conhecimento);
4 - Monitore seus investimentos tendo a visão do comportamento da carteira como um todo e fique atento para fazer ajustes quando necessário;
5 - Não acredite em promessas milagrosas e não subestime o nível de conhecimento teórico e experiência necessários para ser um expert em gestão de investimentos;
6 - Não olhe o retorno dos últimos 12 meses pensando que vai se repetir nos próximos 12, aliás estamos no meio de uma fase de pandemia inimaginável a 12 meses atrás.
Com essas 6 dicas perceba que não se trata de uma tarefa simples, então nosso principal conselho é: foque no seu crescimento profissional ou no crescimento do seu negócio, e procure uma empresa especializada e credenciada para te ajudar com seus investimentos, pois aplicações financeiras são complexas e a forma como lidamos com elas pode definir o rumo da sua saúde financeira no futuro.
Para saber se uma empresa está autorizada a prestar serviços de gestão e consultoria, evitando assim golpes como pirâmides etc., veja se está registrada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e se seus profissionais constam na relação de pessoas habilitadas para a prestação deste serviço e possuem as certificações exigidas por lei. No site da CVM é possível encontrar os nomes dos Agentes Autônomos de Investimentos (AAI), Consultores de Valores Mobiliários e Administradores de Carteira (Gestores de Recursos).
Esperamos ter ajudado em sua jornada no mundo dos investimentos e principalmente em como lidar com essa questão de forma séria e bem organizada, para que as chances de sucesso sejam maiores do que as de insucesso.
Gabriel Bacci e Valdir Carlos Jr são sócios da WMR Capital Gestora de Recursos, trabalhando juntos a mais de 12 anos no mercado financeiro, tendo atuado em algumas das principais corretoras de valores do Brasil, com foco em alocação estratégica de investimentos para investidores pessoa física, ajudando diversas famílias e pessoas a atingirem seus objetivos, entre eles a independência financeira. Possuem formação em Administração de empresas com especialização em Mercados financeiros e Capitais e Economia Brasileira para Negócios pela Universidade de São Paulo.