Asset Allocation versus Market Timing
Saiba o que traz resultados melhores na Gestão de Carteiras e Portfólios
marianamartucci
Publicado em 8 de setembro de 2020 às 19h55.
Atualmente, estamos vivendo uma onda de informações sobre educação financeira e como investir pela mídia paga. Muitas informações são sensacionalistas e algumas até atrapalham o entendimento do investidor que quer buscar algo eficiente para seus investimentos a médio e longo prazo.
O gestores de patrimônio, responsáveis por gerir e montar a equação que vai definir o risco versus retorno do portfólio inteiro de grandes fortunas, para montar carteira de investimentos adequada com diversos produtos precisa como informação necessária conhecer de perto o perfil do seu cliente, o que já vivenciou como investidor ao longo do tempo, como se comportou com as oscilações dos seus investimentos no passado e, principalmente, sua capacidade psicológica de aceitar flutuações.
Pouco se fala sobre a importância do Asset Allocation (alocação de classes de ativos) e a forma correta de utilizar a matriz de classes de ativos, assim como a necessidade da aderência do percentual alocado em cada classe para os perfis de risco dos clientes para obter um resultado consistente e satisfatório ao longo do tempo.
Muita gente acredita que o market timing, ou seja, a hora de comprar e vender ativos faz a diferença no portfólio, até pode ser verdade quando analisamos um período bem curto e com elevado índice de acerto na hora de comprar os diversos ativos e vender, mas a grande verdade é que ninguém consegue ter uma efetividade de acerto sobre quando comprar e quando vender ativos por períodos longos.
A história mostra que nos ativos com mais risco versus retorno como na renda variável, quando o investidor fica de fora de quatro ou cinco maiores altas do Bolsa, acaba não conseguindo capturar nem metade da valorização da bolsa em longos períodos.
Os mercados se movem em ciclos, que são caracterizados por tendências, e capturar uma tendência logo no início que surge e conseguir sair antes que deixe ser uma tendência é praticamente impossível. Quase todos os players de mercado entram um pouco depois e saem um pouco depois que a tendência já deixou de ser a última cereja do bolo.
Recentemente, estamos passando por uma realização no setor de tecnologia que se valorizou bastante nesta pandemia e ninguém sabe ainda precisar o que se espera de valorização ao longo dos próximos meses ou anos. É por isso que a combinação de diversas classes de ativos traz uma gestão mais eficiente de longo prazo para uma carteira de investimentos.
O objetivo principal da Asset Allocation é ter, para cada perfil de risco, uma matriz que determina quanto seria o ideal o investidor ter em Renda Fixa, Inflação, Fundos Imobiliários, Fundos de Ações, Crédito Privado e Ativos Internacionais. E, normalmente, esse percentual varia do investidor mais conservador, que não consegue e às vezes não pode ver seu capital oscilando negativamente, para o investidor mais destemido ou sofisticado, que não se importa com oscilações elevadas que podem ser superiores a 10% em determinados meses do ano.
Quando conseguimos montar o portfólio adequado ao perfil de risco do investidor, este vai conseguir navegar ao longo dos anos e períodos turbulentos mais tranquilo e confiante que o retorno projetado para seu perfil se realize, ou seja, o tempo e a paciência na conversão da estratégia de alocação fazem com que o objetivo aconteça.
É logico que as matrizes de alocação sofrem aumento e redução dos percentuais de cada classe de ativo ao longo do tempo. Por exemplo, neste ano, em abril houve um aumento percentual na matriz de risco em ações ou fundos de ações para todos os perfis, e uma diminuição em renda fixa atrelada ao CDI, onde o perfil conservador teve 2,5% aumentado na sua alocação e o perfil sofisticado em 15%. Olhando para trás ambos capturaram a alta de mais de 50% gerada nos últimos 5 meses.
Meu conselho ao investidor é não ter pressa para investir, mas sim definir bem seus objetivos, dedicar tempo para conhecer o quanto suporta de flutuação no seu capital, traçar o horizonte de investimentos e, principalmente, cercar-se de bons profissionais, que possam orientá-lo adequadamente para escolher os investimentos, na tomada de decisões e ajustar o rumo nas oscilações de mercado.
Carlo Moratelli é CEO da More Invest e possui 25 anos de experiência no mercado financeiro. Foi Diretor de Investimentos da Orey Financial Brasil, onde exerceu as funções da alocação macro das carteiras de clientes e seleção de gestores. Passou por instituições como Banco Itaú e Lloyds Bank, sendo o responsável por operações estruturadas com derivativos e tesouraria. É formado em Engenharia da Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC-SP.
Criada em 2011, a More Invest é uma gestora independente, sem vínculos com instituições financeiras, focada em gestão de patrimônio e assessoria financeira para pessoas físicas e jurídicas totalizando R$3 bilhões, com expertise nas mais diversas classes de ativos locais e offshore.
Atualmente, estamos vivendo uma onda de informações sobre educação financeira e como investir pela mídia paga. Muitas informações são sensacionalistas e algumas até atrapalham o entendimento do investidor que quer buscar algo eficiente para seus investimentos a médio e longo prazo.
O gestores de patrimônio, responsáveis por gerir e montar a equação que vai definir o risco versus retorno do portfólio inteiro de grandes fortunas, para montar carteira de investimentos adequada com diversos produtos precisa como informação necessária conhecer de perto o perfil do seu cliente, o que já vivenciou como investidor ao longo do tempo, como se comportou com as oscilações dos seus investimentos no passado e, principalmente, sua capacidade psicológica de aceitar flutuações.
Pouco se fala sobre a importância do Asset Allocation (alocação de classes de ativos) e a forma correta de utilizar a matriz de classes de ativos, assim como a necessidade da aderência do percentual alocado em cada classe para os perfis de risco dos clientes para obter um resultado consistente e satisfatório ao longo do tempo.
Muita gente acredita que o market timing, ou seja, a hora de comprar e vender ativos faz a diferença no portfólio, até pode ser verdade quando analisamos um período bem curto e com elevado índice de acerto na hora de comprar os diversos ativos e vender, mas a grande verdade é que ninguém consegue ter uma efetividade de acerto sobre quando comprar e quando vender ativos por períodos longos.
A história mostra que nos ativos com mais risco versus retorno como na renda variável, quando o investidor fica de fora de quatro ou cinco maiores altas do Bolsa, acaba não conseguindo capturar nem metade da valorização da bolsa em longos períodos.
Os mercados se movem em ciclos, que são caracterizados por tendências, e capturar uma tendência logo no início que surge e conseguir sair antes que deixe ser uma tendência é praticamente impossível. Quase todos os players de mercado entram um pouco depois e saem um pouco depois que a tendência já deixou de ser a última cereja do bolo.
Recentemente, estamos passando por uma realização no setor de tecnologia que se valorizou bastante nesta pandemia e ninguém sabe ainda precisar o que se espera de valorização ao longo dos próximos meses ou anos. É por isso que a combinação de diversas classes de ativos traz uma gestão mais eficiente de longo prazo para uma carteira de investimentos.
O objetivo principal da Asset Allocation é ter, para cada perfil de risco, uma matriz que determina quanto seria o ideal o investidor ter em Renda Fixa, Inflação, Fundos Imobiliários, Fundos de Ações, Crédito Privado e Ativos Internacionais. E, normalmente, esse percentual varia do investidor mais conservador, que não consegue e às vezes não pode ver seu capital oscilando negativamente, para o investidor mais destemido ou sofisticado, que não se importa com oscilações elevadas que podem ser superiores a 10% em determinados meses do ano.
Quando conseguimos montar o portfólio adequado ao perfil de risco do investidor, este vai conseguir navegar ao longo dos anos e períodos turbulentos mais tranquilo e confiante que o retorno projetado para seu perfil se realize, ou seja, o tempo e a paciência na conversão da estratégia de alocação fazem com que o objetivo aconteça.
É logico que as matrizes de alocação sofrem aumento e redução dos percentuais de cada classe de ativo ao longo do tempo. Por exemplo, neste ano, em abril houve um aumento percentual na matriz de risco em ações ou fundos de ações para todos os perfis, e uma diminuição em renda fixa atrelada ao CDI, onde o perfil conservador teve 2,5% aumentado na sua alocação e o perfil sofisticado em 15%. Olhando para trás ambos capturaram a alta de mais de 50% gerada nos últimos 5 meses.
Meu conselho ao investidor é não ter pressa para investir, mas sim definir bem seus objetivos, dedicar tempo para conhecer o quanto suporta de flutuação no seu capital, traçar o horizonte de investimentos e, principalmente, cercar-se de bons profissionais, que possam orientá-lo adequadamente para escolher os investimentos, na tomada de decisões e ajustar o rumo nas oscilações de mercado.
Carlo Moratelli é CEO da More Invest e possui 25 anos de experiência no mercado financeiro. Foi Diretor de Investimentos da Orey Financial Brasil, onde exerceu as funções da alocação macro das carteiras de clientes e seleção de gestores. Passou por instituições como Banco Itaú e Lloyds Bank, sendo o responsável por operações estruturadas com derivativos e tesouraria. É formado em Engenharia da Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC-SP.
Criada em 2011, a More Invest é uma gestora independente, sem vínculos com instituições financeiras, focada em gestão de patrimônio e assessoria financeira para pessoas físicas e jurídicas totalizando R$3 bilhões, com expertise nas mais diversas classes de ativos locais e offshore.