A grama do vizinho é sempre mais verde? Cuidado, talvez ele tenha apenas pintado
Bernardo Goldsztajn da Constância Investimentos traça paralelo entre o ditado popular e as decisões tomadas por impulso
Colunista
Publicado em 16 de junho de 2023 às 13h36.
Temos sempre a tendencia em achar que a grama do vizinho sempre é mais verde. Esse conceito é existente nos níveis pessoais, seja em relacionamentos amorosos, filhos, ambiente escolar e profissional.
Com o aumento de exposição e uso nas mídias sociais, essa forma moderna de voyeurismo alavanca ainda mais a vida alheia. Por trás de tudo isso, há uma inteligência artificial com uma série de fórmulas e modelagens as quais nos ofertam produtos e serviços mediante a nossa amostragem de desejos.
Obviamente o mercado financeiro também padece desse efeito. Como terei clientes sem falar que meu produto ou serviço não é o melhor do mercado? O assédio é feito desde as grandes instituições financeiras até o profissional liberal de voo solo com alguma proposta e promessas por meio de novas formas de adquirir rentabilidade adicional ou novas opções de prestação de serviços. Qual então seria a problemática mediante a isso tudo?
Nenhum erro ou falta de ética, faz parte do game. Muitas vezes o problema está em nós mesmos achando que a grama do vizinho é mais verde que a nossa - há pessoas que vivem com este conceito e o repete de forma recorrente. Alguns investidores possuem o hábito de não aguardar algumas estratégias com posições montadas para determinado evento ao qual um dos fatores é o tempo e acabam mudando sua posição para algo supostamente melhor para ele. Pode até ser correto, mas aqui neste artigo me refiro somente ao conceito de Green Grass. Do lado de um profissional, o mesmo pode ocorrer ao receber uma carteira de um cliente novo para diagnóstico e análise para propor um serviço, podendo facilmente por uma série de dados históricos, uma melhora considerável, porém sem ir a fundo na estratégia - não saber o que está proposto de forma implícita.
Gostaria de saber se algum investidor já fez o exercício do famoso “e se” eu estivesse na mesma carteira desde o início o que teria acontecido? Ou, o que aconteceu com determinado produto financeiro após eu ter saído anos depois? Entendo que a maioria fica apenas focada na posição atual sem a percepção da dimensão dos investimentos na relação tempo e retorno. Como diria a canção dos anos 90, entendo que nem sempre há a cidade do paraíso e nem sempre a grama é verde.
“Take me down to the Paradise City where the grass is green, and the girls are pretty.”
Temos sempre a tendencia em achar que a grama do vizinho sempre é mais verde. Esse conceito é existente nos níveis pessoais, seja em relacionamentos amorosos, filhos, ambiente escolar e profissional.
Com o aumento de exposição e uso nas mídias sociais, essa forma moderna de voyeurismo alavanca ainda mais a vida alheia. Por trás de tudo isso, há uma inteligência artificial com uma série de fórmulas e modelagens as quais nos ofertam produtos e serviços mediante a nossa amostragem de desejos.
Obviamente o mercado financeiro também padece desse efeito. Como terei clientes sem falar que meu produto ou serviço não é o melhor do mercado? O assédio é feito desde as grandes instituições financeiras até o profissional liberal de voo solo com alguma proposta e promessas por meio de novas formas de adquirir rentabilidade adicional ou novas opções de prestação de serviços. Qual então seria a problemática mediante a isso tudo?
Nenhum erro ou falta de ética, faz parte do game. Muitas vezes o problema está em nós mesmos achando que a grama do vizinho é mais verde que a nossa - há pessoas que vivem com este conceito e o repete de forma recorrente. Alguns investidores possuem o hábito de não aguardar algumas estratégias com posições montadas para determinado evento ao qual um dos fatores é o tempo e acabam mudando sua posição para algo supostamente melhor para ele. Pode até ser correto, mas aqui neste artigo me refiro somente ao conceito de Green Grass. Do lado de um profissional, o mesmo pode ocorrer ao receber uma carteira de um cliente novo para diagnóstico e análise para propor um serviço, podendo facilmente por uma série de dados históricos, uma melhora considerável, porém sem ir a fundo na estratégia - não saber o que está proposto de forma implícita.
Gostaria de saber se algum investidor já fez o exercício do famoso “e se” eu estivesse na mesma carteira desde o início o que teria acontecido? Ou, o que aconteceu com determinado produto financeiro após eu ter saído anos depois? Entendo que a maioria fica apenas focada na posição atual sem a percepção da dimensão dos investimentos na relação tempo e retorno. Como diria a canção dos anos 90, entendo que nem sempre há a cidade do paraíso e nem sempre a grama é verde.
“Take me down to the Paradise City where the grass is green, and the girls are pretty.”