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Optimism bias: entenda o que é o viés otimista e como ele surge no mercado

Esse viés pode interferir diretamente na capacidade dos investidores de realizarem julgamento eficiente

Operadores de mercado financeiro trabalham na bolsa de Nova York. 28/2/2020. REUTERS/Brendan McDermid (Brendan McDermid/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2022 às 11h45.

Como costumo analisar nesta coluna, a maneira de processar as informações ao nosso redor nem sempre é racional. Em muitas situações, podem ocorrer falhas na percepção, o que afeta a tomada de decisão. Nesse contexto, um dos quadros que pode gerar efeitos indesejáveis é o viés otimista.

O que é um viés cognitivo e o que é o viés otimista?

Antes de entender qualquer quadro específico, vale a pena saber o que é um viés cognitivo de maneira geral. Ele representa um erro sistêmico do nosso cérebro — e ocorre no momento de processar e interpretar as informações apresentadas.

Em muitos casos, um viés cognitivo direciona o indivíduo para a escolha incorreta ou que não gera os resultados esperados. Afinal, a decisão é tomada de maneira parcial, sem os dados concretos da realidade. Entre os diferentes vieses, há o viés do otimismo. Ele também é conhecido como “optimism bias” e foi inicialmente descoberto em 1980. O pesquisador Neil D. Weinstein reuniu mais de 1.200 estudantes universitários e os questionou sobre as probabilidades de diferentes eventos.

Ao final do estudo, Weinstein concluiu que a maioria dos participantes fantasiava excessivamente as próprias habilidades e possibilidades. Grande parte das pessoas acreditava em um futuro mais otimista do que seria realista pensar. Com isso, há uma crença de que as chances de sucesso são maiores que as de fracasso — mesmo sem embasamento realista.

Como surge o viés otimista no mercado financeiro?

No mercado financeiro, o otimismo excessivo ou irreal também pode aparecer em contextos variados. Isso acontece, por exemplo, desde o planejamento financeiro até as decisões quanto à carteira de investimentos.

Uma pessoa pode acreditar que não precisa formar uma reserva de emergência ou ter um plano financeiro. Essa decisão se baseia na crença de que ela não sofrerá imprevistos ou dificuldades na sua vida financeira.

Além disso, o viés do otimismo pode surgir nos momentos de tomar as decisões dos investimentos. Pense, por exemplo, em uma ação que está em queda porque o negócio apresenta riscos de continuidade no mercado.

Um investidor, diante do “optimism bias”, pode decidir investir nesses papéis pela crença de que, mesmo assim, conseguirá resultados positivos. Ele pode optar por manter a posição acreditando que as ações passarão por uma valorização — ainda que não haja nenhuma indicação fundamentada de tal movimento.

O viés otimista também pode estar relacionado à diversificação de carteira. Um investidor que tem otimismo em relação à própria capacidade pode crer que sua carteira sempre apresentará boas condições. Assim, ele pode ser mais resistente à diversificação.

Quais são os efeitos do viés do otimismo nos investimentos?

Ciente das informações acima, é possível notar que o viés otimista pode afetar o investidor em diferentes momentos do seu planejamento financeiro e das suas movimentações no mercado. Portanto, é justo dizer que ele pode causar impactos intensos em toda a estratégia.

Em última análise, o “optimism bias” pode gerar a concentração de carteira, já que o investidor acredita que seu portfólio não corre grandes riscos. Como consequência, as perdas podem ser maiores, trazendo efeitos bastante negativos.

Em resumo, sempre termine sua estratégia de alocação de recursos com estas perguntas: E se eu estiver errado? Como eu deveria proceder? O que esse erro poderia causar ao meu portfólio? Essa simples prática pode ajudar bastante a evitar vieses cognitivos.

Por que você deve conhecer o viés otimista?

Após entender o que é o viés otimista, você viu que ele pode ter grande influência nos resultados e na experiência do investidor. Por isso, conhecer esse e outros vieses pode ajudá-lo a avaliar melhor o cenário antes da tomada de decisão.

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Como costumo analisar nesta coluna, a maneira de processar as informações ao nosso redor nem sempre é racional. Em muitas situações, podem ocorrer falhas na percepção, o que afeta a tomada de decisão. Nesse contexto, um dos quadros que pode gerar efeitos indesejáveis é o viés otimista.

O que é um viés cognitivo e o que é o viés otimista?

Antes de entender qualquer quadro específico, vale a pena saber o que é um viés cognitivo de maneira geral. Ele representa um erro sistêmico do nosso cérebro — e ocorre no momento de processar e interpretar as informações apresentadas.

Em muitos casos, um viés cognitivo direciona o indivíduo para a escolha incorreta ou que não gera os resultados esperados. Afinal, a decisão é tomada de maneira parcial, sem os dados concretos da realidade. Entre os diferentes vieses, há o viés do otimismo. Ele também é conhecido como “optimism bias” e foi inicialmente descoberto em 1980. O pesquisador Neil D. Weinstein reuniu mais de 1.200 estudantes universitários e os questionou sobre as probabilidades de diferentes eventos.

Ao final do estudo, Weinstein concluiu que a maioria dos participantes fantasiava excessivamente as próprias habilidades e possibilidades. Grande parte das pessoas acreditava em um futuro mais otimista do que seria realista pensar. Com isso, há uma crença de que as chances de sucesso são maiores que as de fracasso — mesmo sem embasamento realista.

Como surge o viés otimista no mercado financeiro?

No mercado financeiro, o otimismo excessivo ou irreal também pode aparecer em contextos variados. Isso acontece, por exemplo, desde o planejamento financeiro até as decisões quanto à carteira de investimentos.

Uma pessoa pode acreditar que não precisa formar uma reserva de emergência ou ter um plano financeiro. Essa decisão se baseia na crença de que ela não sofrerá imprevistos ou dificuldades na sua vida financeira.

Além disso, o viés do otimismo pode surgir nos momentos de tomar as decisões dos investimentos. Pense, por exemplo, em uma ação que está em queda porque o negócio apresenta riscos de continuidade no mercado.

Um investidor, diante do “optimism bias”, pode decidir investir nesses papéis pela crença de que, mesmo assim, conseguirá resultados positivos. Ele pode optar por manter a posição acreditando que as ações passarão por uma valorização — ainda que não haja nenhuma indicação fundamentada de tal movimento.

O viés otimista também pode estar relacionado à diversificação de carteira. Um investidor que tem otimismo em relação à própria capacidade pode crer que sua carteira sempre apresentará boas condições. Assim, ele pode ser mais resistente à diversificação.

Quais são os efeitos do viés do otimismo nos investimentos?

Ciente das informações acima, é possível notar que o viés otimista pode afetar o investidor em diferentes momentos do seu planejamento financeiro e das suas movimentações no mercado. Portanto, é justo dizer que ele pode causar impactos intensos em toda a estratégia.

Em última análise, o “optimism bias” pode gerar a concentração de carteira, já que o investidor acredita que seu portfólio não corre grandes riscos. Como consequência, as perdas podem ser maiores, trazendo efeitos bastante negativos.

Em resumo, sempre termine sua estratégia de alocação de recursos com estas perguntas: E se eu estiver errado? Como eu deveria proceder? O que esse erro poderia causar ao meu portfólio? Essa simples prática pode ajudar bastante a evitar vieses cognitivos.

Por que você deve conhecer o viés otimista?

Após entender o que é o viés otimista, você viu que ele pode ter grande influência nos resultados e na experiência do investidor. Por isso, conhecer esse e outros vieses pode ajudá-lo a avaliar melhor o cenário antes da tomada de decisão.

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