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Entre o ruído e o racional: como manter clareza em tempos de excesso de informação?

Em um mercado repleto de opiniões, manter o discernimento é um diferencial importante. Cabe ao advisor transformar informação em clareza, e não em ruído

Nosso cérebro se apega à primeira informação recebida, distorcendo a percepção de valor (AdobeStock/Reprodução)

Nosso cérebro se apega à primeira informação recebida, distorcendo a percepção de valor (AdobeStock/Reprodução)

Publicado em 21 de novembro de 2025 às 12h51.

Era da hiperconexão

O investidor acorda com relatórios, podcasts, alertas, vídeos e análises em tempo real. O volume de informações nunca foi tão grande, e, por outro lado, a clareza nunca foi tão escassa.

O excesso de dados cria o que a economia comportamental chama de sobrecarga cognitiva: quando a quantidade de estímulos ultrapassa nossa capacidade de processar. É nesse ponto que o ruído substitui o racional.

A cada notícia, o investidor sente que precisa agir: comprar, vender, ajustar. Mas, muitas vezes, o melhor movimento pode ser não se mover. 

Nesse cenário, o papel do advisor é ser filtro, não amplificador

É transformar informação em entendimento e ajudar o cliente a decidir com base em fundamentos, não em manchetes.

Na prática

– Nem toda alta é tendência.

– Nem toda queda é oportunidade.

– E nem toda opinião é conhecimento.

Mais do que interpretar gráficos ou prever cenários, o trabalho do advisor é restaurar a racionalidade em meio ao barulho. Porque, no fim, quem investe com serenidade navega melhor pelas turbulências do mercado.