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Conheça os principais elementos do planejamento de patrimônio internacional

Com o mundo dos negócios e finanças cada vez mais globalizado, muitas pessoas físicas e jurídicas já considerarem a internacionalização do seu patrimônio

Binóculo:  Estados Unidos é o destino mais popular, seguido de Portugal (Comstock Images/Thinkstock)
Binóculo: Estados Unidos é o destino mais popular, seguido de Portugal (Comstock Images/Thinkstock)

O mundo dos negócios e finanças está cada vez mais globalizado, e o cenário leva muitas pessoas físicas e jurídicas a considerarem a internacionalização do seu patrimônio. Nesse contexto, o Advisor tem o papel fundamental na montagem de um planejamento de patrimônio internacional. 

Afinal, é preciso garantir maior solidez financeira e patrimonial, principalmente diante de cenários de volatilidade e mudanças nos mercados mundiais. Portanto, esse profissional precisa saber como fazer esse processo, além de entender as necessidades e a situação de cada cliente. 

Boa leitura! 

Qual é a importância do planejamento patrimonial internacional? 

Internacionalizar o patrimônio é o processo de diversificar os ativos financeiros e investimentos de uma pessoa para além das fronteiras nacionais. Isso pode envolver a alocação de recursos em diferentes países, moedas e jurisdições. 

O objetivo dessa estratégia é otimizar a gestão patrimonial, mitigar riscos, blindar o patrimônio e explorar oportunidades globais. Afinal, a economia brasileira é sujeita a instabilidades, principalmente devido a fatores políticos e à dependência de questões internacionais.  

Quando se fala em proteção patrimonial, é comum que as pessoas físicas e jurídicas saibam da importância de diversificar seu portfólio. Isso porque essa é uma das estratégias adotadas para diluir os riscos de uma carteira de investimentos e potencializar seus resultados. 

O planejamento patrimonial internacional surge como uma ferramenta importante na preparação dessa pessoa (física ou jurídica) para a exposição global. Por exemplo, os Estados Unidos são a maior economia do mundo, possuindo as principais bolsas de valores mundiais. 

Então, investir no mercado norte-americano é uma forma de diminuir a exposição aos riscos e à volatilidade do mercado brasileiro. Além disso, quem possui parte do seu capital alocado fora do país tem a possibilidade de compensar eventuais perdas no Brasil com a chance de ganhos no exterior. 

Quais elementos devem ser considerados nesse processo? 

Agora que você sabe a importância do planejamento de patrimônio internacional, vale conferir quais elementos devem ser considerados nesse processo. Durante esse procedimento, alguns fatores merecem atenção. 

Confira os principais! 

Legislação dos países 

Saber como funciona a legislação tributária, cambial e sucessória dos países de origem e destino dos recursos é fundamental para o planejamento de patrimônio internacional. Tenha em mente que essas questões podem afetar o capital do interessado. 

Isso porque a diferença de normas jurídicas entre cada nação é capaz de impactar a tributação dos rendimentos, dos ganhos de capital e das sucessões. Além disso, é preciso ficar atento às regras para a remessa e o retorno dos recursos — caso o cliente queira repatriar o dinheiro. 

Necessidades do cliente 

Identificar as necessidades do cliente ajuda a determinar o tipo de instrumento jurídico mais adequado para o planejamento de patrimônio internacional. Por exemplo, quem busca otimizar a gestão e o controle de um capital elevado poderá se interessar pela criação de holdings ou trusts. 

Já uma pessoa ou companhia que tenha interesse em reduzir sua carga tributária tem a possibilidade de se valer de offshores. Essas são sociedades ou fundações abertas fora das divisas do país de origem, para aproveitar benefícios fiscais de outras nações. 

Perfil e objetivos 

Avaliar o perfil e os objetivos do interessado também é um passo fundamental. A partir dessa análise, você saberá o nível de abertura aos riscos do cliente e o prazo de seus objetivos.  

Essa ideia permite selecionar os ativos mais apropriados. Para tanto, é preciso considerar o grau de risco, de rentabilidade e de liquidez, seja no curto, médio ou longo prazo. 

Custos e benefícios 

Deixar de observar os custos e benefícios da internacionalização impedirá que o planejamento de patrimônio internacional seja realizado com eficiência. As despesas e vantagens econômicas devem ser avaliadas em relação ao cenário econômico, político e social dos países envolvidos. 

Isso demanda a leitura da estabilidade política, relações comerciais, solidez da economia e da moeda de cada país, além de sua segurança jurídica. Cada cenário tem suas próprias nuances e oportunidades, tornando essa análise fundamental para uma tomada de decisão bem-sucedida. 

Qual é o papel do advisor no planejamento de patrimônio internacional? 

Como você viu, a realização do planejamento de patrimônio internacional demanda um bom conhecimento sobre o mercado, finanças e economia. Logo, essa técnica traz a necessidade do apoio de um Advisor qualificado e experiente.  

Afinal, o profissional precisa ter o conhecimento técnico e entendimento do cenário global para assessorar o cliente. Desse modo, ele pode orientar a elaboração de um planejamento patrimonial internacional adequado à sua realidade.  

Você gostou deste artigo? Aproveite e confira a minha coluna completa na página da revista Exame.