Uma multa de US$ 40 gerou uma empresa de US$ 34 bi.
Em meados de 1997, o americano Reed estava aflito: tinha que devolver um filme na locadora mas não sabia onde o tinha colocado. Os dias foram passando e sua situação complicando. Como ele mesmo lembra, com humor: “eu não queria falar à minha mulher sobre isso. Imagine colocar em risco a integridade do meu casamento só por causa de uma taxa por atraso?” Após 6 semanas de busca, finalmente Reed […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2015 às 22h29.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h02.
Em meados de 1997, o americano Reed estava aflito: tinha que devolver um filme na locadora mas não sabia onde o tinha colocado. Os dias foram passando e sua situação complicando. Como ele mesmo lembra, com humor: “eu não queria falar à minha mulher sobre isso. Imagine colocar em risco a integridade do meu casamento só por causa de uma taxa por atraso?”
Após 6 semanas de busca, finalmente Reed localizou a fita. Foi à locadora com a esperança de que entendessem seu caso: “Eu tinha perdido a cassete. Foi tudo culpa minha”. Mas não adiantou explicar, implorar e discutir: no final, ele teve que pagar 40 dólares de multa.
Revoltado, Reed relembra o que se passou em seguida: “No meu caminho para o ginásio, percebi que deveria haver espaço para um modelo muito melhor. Um negócio em que você pagasse 30 ou 40 dólares por mês e alugasse quantos filmes quisesse.”
Ele se uniu ao amigo Marc e, um ano depois, lançou a locadora de formato inovador. O cliente podia ficar quanto tempo quisesse com os filmes e não precisava ir à uma loja física para retirar e entregá-los. Todo o processo seria feito pelos correios e pela internet. Inicialmente, havia apenas 30 funcionários e 925 títulos para locação.
Foi assim que Reed Hastings e Marc Randolph criaram a Netflix, empresa que revolucionou a maneira de consumir entretenimento, filmes e séries. Em abril deste ano, o negócio atingiu capitalização de US$ 34 bilhões na Bolsa de Nova York.
Esse é um interessante exemplo de Oportunidade Disfarçada em Problemas Pessoais.
O curioso é que o filme atrasado era “Apollo 13, Do desastre ao triunfo”. A frase pode ser aplicada com perfeição à experiência de Reed: primeiro, o incidente na locadora; depois, a glória e fortuna.
Há ainda na história uma mensagem para todos nós, prestadores de serviço: às vezes, a reclamação de um cliente pode ser um recado para toda uma indústria: “Houston, temos um problema”.
Fontes: The New York Times, December, 17, 2006 http://www.nytimes.com/2006/12/17/jobs/17boss.html?_r=0
O Globo, Abril, 18, 2015 http://oglobo.globo.com/economia/negocios/netflix-conquista-assinantes-investidores-ja-vale-mais-que-rede-de-tv-cbs-na-bolsa-15921027
Em meados de 1997, o americano Reed estava aflito: tinha que devolver um filme na locadora mas não sabia onde o tinha colocado. Os dias foram passando e sua situação complicando. Como ele mesmo lembra, com humor: “eu não queria falar à minha mulher sobre isso. Imagine colocar em risco a integridade do meu casamento só por causa de uma taxa por atraso?”
Após 6 semanas de busca, finalmente Reed localizou a fita. Foi à locadora com a esperança de que entendessem seu caso: “Eu tinha perdido a cassete. Foi tudo culpa minha”. Mas não adiantou explicar, implorar e discutir: no final, ele teve que pagar 40 dólares de multa.
Revoltado, Reed relembra o que se passou em seguida: “No meu caminho para o ginásio, percebi que deveria haver espaço para um modelo muito melhor. Um negócio em que você pagasse 30 ou 40 dólares por mês e alugasse quantos filmes quisesse.”
Ele se uniu ao amigo Marc e, um ano depois, lançou a locadora de formato inovador. O cliente podia ficar quanto tempo quisesse com os filmes e não precisava ir à uma loja física para retirar e entregá-los. Todo o processo seria feito pelos correios e pela internet. Inicialmente, havia apenas 30 funcionários e 925 títulos para locação.
Foi assim que Reed Hastings e Marc Randolph criaram a Netflix, empresa que revolucionou a maneira de consumir entretenimento, filmes e séries. Em abril deste ano, o negócio atingiu capitalização de US$ 34 bilhões na Bolsa de Nova York.
Esse é um interessante exemplo de Oportunidade Disfarçada em Problemas Pessoais.
O curioso é que o filme atrasado era “Apollo 13, Do desastre ao triunfo”. A frase pode ser aplicada com perfeição à experiência de Reed: primeiro, o incidente na locadora; depois, a glória e fortuna.
Há ainda na história uma mensagem para todos nós, prestadores de serviço: às vezes, a reclamação de um cliente pode ser um recado para toda uma indústria: “Houston, temos um problema”.
Fontes: The New York Times, December, 17, 2006 http://www.nytimes.com/2006/12/17/jobs/17boss.html?_r=0
O Globo, Abril, 18, 2015 http://oglobo.globo.com/economia/negocios/netflix-conquista-assinantes-investidores-ja-vale-mais-que-rede-de-tv-cbs-na-bolsa-15921027