O nadador aposentado que criou o surfe
Em ano de Olimpíada, vale a pergunta: o que acontece com os atletas quando param de competir? Bom, pelo menos um deles criou um novo…esporte. O havaiano Duke era simplesmente o nadador mais rápido do planeta. Havia ganho 3 medalhas de ouro e quebrado inúmeros recordes em jogos olímpicos. Porém, em sua 3º participação no evento, perdeu o posto para um rapaz de apenas 20 anos. Então, com 34, Duke […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2016 às 16h29.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h45.
Em ano de Olimpíada, vale a pergunta: o que acontece com os atletas quando param de competir? Bom, pelo menos um deles criou um novo…esporte.
O havaiano Duke era simplesmente o nadador mais rápido do planeta. Havia ganho 3 medalhas de ouro e quebrado inúmeros recordes em jogos olímpicos.
Porém, em sua 3º participação no evento, perdeu o posto para um rapaz de apenas 20 anos. Então, com 34, Duke concluiu que era hora de pendurar a sunga.
Mas ele ainda era novo e duro demais para ficar parado. A questão: fazer o que?
Foi quando ele lembrou de uma experiência vivida na Austrália. Quando esteve lá competindo, encantou-se com as enormes ondas do lugar. E resolveu divertir-se à moda havaiana: pegou um tronco de madeira, improvisou uma prancha e lançou-se ao mar.
Importante dizer que, apesar de milenar, o surfe sempre esteve limitado ao Havaí e a outras ilhas da Polinésia. Até aquele momento, 1912, era algo totalmente desconhecido do resto do mundo.
A novidade enlouqueceu os australianos. Que cercaram o surfista pedindo para aprender a técnica. Duke identificou aí uma oportunidade.
Aproveitando-se da fama de medalhista, o ex-nadador partiu para exibir-se na Nova Zelândia e em alguns países da Europa. Mas foi na Califórnia que ele realizou a performance de sua vida.
Durante uma tempestade, um barco pesqueiro com 17 pessoas virou. O havaiano não pensou duas vezes: pegou sua prancha e partiu para um arriscado resgate. Conseguiu, ao todo, salvar 8 pescadores.
A façanha, apontada como “sobre-humana” pelos jornais, tornou o atleta ainda mais conhecido. Ele foi convidado para participar até de filmes em Hollywood.
Com toda esta desenvoltura, dentro e fora das águas, Duke Kahanamoku tornou o surfe conhecido globalmente. Mais do que isso: foi ele quem transformou a prática, antes apenas um lazer, no esporte profissional que nos trouxe Gabriel Medina.
Sem dúvidas, nesta modalidade, o havaiano é o maior nome da história. Literalmente: seu nome completo era Duke Paoa Kahinu Mokoe Hulikohola Kahanamoku.
Curiosidades: as apresentações citadas acima, na Austrália e na Califórnia, são consideradas o marco zero do surfe em ambos os países. Por tornar o Havaí conhecido mundialmente, Duke tornou-se em 1964 embaixador de Honolulu, recepcionando visitas ilustres como o presidente John Kennedy, a atriz Shirley Temple e a rainha Elizabeth. Por esculpir as primeiras pranchas em madeira, ele também é tido, ao lado de George Freeth, como os pais da prancha moderna.
Nada mal para um atleta aposentado que só queria arrumar um bico.
….
Fontes:
Livro “Who: The most remarkable people you’ve never heard of” – Donough O’Brien
Revista Hawaii Sport, August 2015: “Duke’s Oceanfest”
http://dukesoceanfest.com/about
http://www.surfertoday.com/surfing/11323-the-extraordinary-surfing-life-of-duke-kahanamoku
Em ano de Olimpíada, vale a pergunta: o que acontece com os atletas quando param de competir? Bom, pelo menos um deles criou um novo…esporte.
O havaiano Duke era simplesmente o nadador mais rápido do planeta. Havia ganho 3 medalhas de ouro e quebrado inúmeros recordes em jogos olímpicos.
Porém, em sua 3º participação no evento, perdeu o posto para um rapaz de apenas 20 anos. Então, com 34, Duke concluiu que era hora de pendurar a sunga.
Mas ele ainda era novo e duro demais para ficar parado. A questão: fazer o que?
Foi quando ele lembrou de uma experiência vivida na Austrália. Quando esteve lá competindo, encantou-se com as enormes ondas do lugar. E resolveu divertir-se à moda havaiana: pegou um tronco de madeira, improvisou uma prancha e lançou-se ao mar.
Importante dizer que, apesar de milenar, o surfe sempre esteve limitado ao Havaí e a outras ilhas da Polinésia. Até aquele momento, 1912, era algo totalmente desconhecido do resto do mundo.
A novidade enlouqueceu os australianos. Que cercaram o surfista pedindo para aprender a técnica. Duke identificou aí uma oportunidade.
Aproveitando-se da fama de medalhista, o ex-nadador partiu para exibir-se na Nova Zelândia e em alguns países da Europa. Mas foi na Califórnia que ele realizou a performance de sua vida.
Durante uma tempestade, um barco pesqueiro com 17 pessoas virou. O havaiano não pensou duas vezes: pegou sua prancha e partiu para um arriscado resgate. Conseguiu, ao todo, salvar 8 pescadores.
A façanha, apontada como “sobre-humana” pelos jornais, tornou o atleta ainda mais conhecido. Ele foi convidado para participar até de filmes em Hollywood.
Com toda esta desenvoltura, dentro e fora das águas, Duke Kahanamoku tornou o surfe conhecido globalmente. Mais do que isso: foi ele quem transformou a prática, antes apenas um lazer, no esporte profissional que nos trouxe Gabriel Medina.
Sem dúvidas, nesta modalidade, o havaiano é o maior nome da história. Literalmente: seu nome completo era Duke Paoa Kahinu Mokoe Hulikohola Kahanamoku.
Curiosidades: as apresentações citadas acima, na Austrália e na Califórnia, são consideradas o marco zero do surfe em ambos os países. Por tornar o Havaí conhecido mundialmente, Duke tornou-se em 1964 embaixador de Honolulu, recepcionando visitas ilustres como o presidente John Kennedy, a atriz Shirley Temple e a rainha Elizabeth. Por esculpir as primeiras pranchas em madeira, ele também é tido, ao lado de George Freeth, como os pais da prancha moderna.
Nada mal para um atleta aposentado que só queria arrumar um bico.
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Fontes:
Livro “Who: The most remarkable people you’ve never heard of” – Donough O’Brien
Revista Hawaii Sport, August 2015: “Duke’s Oceanfest”
http://dukesoceanfest.com/about
http://www.surfertoday.com/surfing/11323-the-extraordinary-surfing-life-of-duke-kahanamoku