Corra: vai faltar Lego no Natal
A própria Lego admitiu: não vai conseguir entregar todas as encomendas que recebeu para o Natal. Também pudera: suas vendas quase triplicaram em 6 anos. E pensar que, apenas 10 anos atrás, a empresa dinamarquesa estava à beira de falência, com vendas em queda livre e dívidas próximas a 200 milhões de dólares. A transformação, já apontada como uma das bem sucedidas deste século, teve 6 etapas: Primeiro, ouça o […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2015 às 10h39.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h52.
A própria Lego admitiu: não vai conseguir entregar todas as encomendas que recebeu para o Natal. Também pudera: suas vendas quase triplicaram em 6 anos.
E pensar que, apenas 10 anos atrás, a empresa dinamarquesa estava à beira de falência, com vendas em queda livre e dívidas próximas a 200 milhões de dólares.
A transformação, já apontada como uma das bem sucedidas deste século, teve 6 etapas:
Primeiro, ouça o consumidor: para descobrir como e porque as novas gerações brincam com o produto, 7 pesquisadores acompanharam a rotina de 60 famílias.
Retorne às origens: o estudo levou a companhia a focar nos clássicos bloquinhos que fizeram o sucesso da marca. E a reduzir seu extenso portfólio de produtos, que passou de 13 mil para 7 mil. A empresa ainda terceirizou áreas em que não tinha expertize, como os games e os parques Legoland.
Alie-se aos inimigos: já que não dá para lutar contra X-Men, Homem-Aranha, Incrível Hulk e Piratas do Caribe, junte-se a eles. Além destes personagens, vieram lançamentos com as franquias Star Wars, Harry Potter, Senhor dos Anéis e até Os Simpsons.
Ouse (muito) na comunicação: não dá para divulgar 7 mil produtos em comerciais de 30”? Então faça um longa metragem. O fabricante chamou a Warner e produziu “Uma aventura Lego”, blockbuster que arrasou nos cinemas e reaproximou a grife dos mais jovens.
Chame os fãs para inovar: existem comunidades de fãs de Lego em todo lugar. A empresa foi buscar inovadores entre estes aficionados. Atualmente, são 250 designers vindos de 20 países, incluindo o Brasil.
Adeque o seu discurso: os pais de hoje preocupam-se em transformar os filhos em adultos criativos e persistentes. Justamente duas habilidades que os bloquinhos de montar estimulam: criatividade, para imaginar mundos; e persistência, para terminar de construí-los.
Essa estratégia, comandada pelo CEO Jorgen Knudstorp, levou a Lego a tornar-se o fabricante de brinquedos mais rentável do mundo. Quer mais? Em fevereiro de 2015, ela foi eleita pela consultoria britânica Brand Finance a marca mais poderosa do planeta, à frente de Ferrari, Coca-Cola, Nike e Disney.
Enfim, se você quer dar Lego neste Natal, corra: não vai sobrar tijolinho sobre tijolinho.
….
Curiosidade: na semana passada, estive na Legoland, em Windsor, Inglaterra. Em uma das atrações mais disputadas, minha filha de 6 anos dirigiu sozinha um carro feito de Lego e, no final, recebeu uma carteira de habilitação com foto e tudo.
Fontes: revista Época Negócios
The Daily Telegraph
21 de outubro de 2015 – “Lego-less Christmas looms”
The Ultimate Lego Book/Discover the Lego Universe.
Editora Dorling Kindersley
A própria Lego admitiu: não vai conseguir entregar todas as encomendas que recebeu para o Natal. Também pudera: suas vendas quase triplicaram em 6 anos.
E pensar que, apenas 10 anos atrás, a empresa dinamarquesa estava à beira de falência, com vendas em queda livre e dívidas próximas a 200 milhões de dólares.
A transformação, já apontada como uma das bem sucedidas deste século, teve 6 etapas:
Primeiro, ouça o consumidor: para descobrir como e porque as novas gerações brincam com o produto, 7 pesquisadores acompanharam a rotina de 60 famílias.
Retorne às origens: o estudo levou a companhia a focar nos clássicos bloquinhos que fizeram o sucesso da marca. E a reduzir seu extenso portfólio de produtos, que passou de 13 mil para 7 mil. A empresa ainda terceirizou áreas em que não tinha expertize, como os games e os parques Legoland.
Alie-se aos inimigos: já que não dá para lutar contra X-Men, Homem-Aranha, Incrível Hulk e Piratas do Caribe, junte-se a eles. Além destes personagens, vieram lançamentos com as franquias Star Wars, Harry Potter, Senhor dos Anéis e até Os Simpsons.
Ouse (muito) na comunicação: não dá para divulgar 7 mil produtos em comerciais de 30”? Então faça um longa metragem. O fabricante chamou a Warner e produziu “Uma aventura Lego”, blockbuster que arrasou nos cinemas e reaproximou a grife dos mais jovens.
Chame os fãs para inovar: existem comunidades de fãs de Lego em todo lugar. A empresa foi buscar inovadores entre estes aficionados. Atualmente, são 250 designers vindos de 20 países, incluindo o Brasil.
Adeque o seu discurso: os pais de hoje preocupam-se em transformar os filhos em adultos criativos e persistentes. Justamente duas habilidades que os bloquinhos de montar estimulam: criatividade, para imaginar mundos; e persistência, para terminar de construí-los.
Essa estratégia, comandada pelo CEO Jorgen Knudstorp, levou a Lego a tornar-se o fabricante de brinquedos mais rentável do mundo. Quer mais? Em fevereiro de 2015, ela foi eleita pela consultoria britânica Brand Finance a marca mais poderosa do planeta, à frente de Ferrari, Coca-Cola, Nike e Disney.
Enfim, se você quer dar Lego neste Natal, corra: não vai sobrar tijolinho sobre tijolinho.
….
Curiosidade: na semana passada, estive na Legoland, em Windsor, Inglaterra. Em uma das atrações mais disputadas, minha filha de 6 anos dirigiu sozinha um carro feito de Lego e, no final, recebeu uma carteira de habilitação com foto e tudo.
Fontes: revista Época Negócios
The Daily Telegraph
21 de outubro de 2015 – “Lego-less Christmas looms”
The Ultimate Lego Book/Discover the Lego Universe.
Editora Dorling Kindersley