Oportunidades para destravar a economia e o Project Finance
A confiança voltou, mas o governo continua precisando de novos recursos para investir, e depende de parceiros da iniciativa privada
Janaína Ribeiro
Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 11h43.
Última atualização em 10 de dezembro de 2018 às 15h06.
Em razão do novo ambiente político do país, empresários e investidores já buscam novas oportunidades de negócios, sentem segurança nas instituições e mais respeito aos contratos para realizar novos investimentos.
Por outro lado, o governo continua precisando de novos recursos para investir, dependendo assim de parceiros da iniciativa privada para reavivar a economia – a fim de atender as necessidades da população e viabilizar a retomada do crescimento.
Hoje temos em análise 75 processos de transferência de domínio em âmbito federal – sejam privatizações, PPPs (Parcerias Público-Privadas) ou mesmo simples concessões, das quais 15 estão em estágio avançado de audiência pública. Nos municípios, várias PPPs de iluminação pública e saneamento já vêm sendo realizadas.
Muitas são as oportunidades sem considerar que há 2.904 projetos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Independente do novo governo alterar ou não o nome do programa, as necessidades continuam existir muitas urgentes e prioritárias. Os estudos de viabilização desses projetos deverão continuar sendo muitos deles viáveis para a transferência de domínio.
Várias são as questões que envolvem um novo projeto, como:
• Qual projeto selecionar para investir?
• Quais são os riscos – políticos, operacionais e financeiros, etc.?
• Qual projeto trará a rentabilidade desejada?
Para responder estas e outras questões existe uma ferramenta de eficácia comprovada: o Project Finance (instrumento que fez parte da lei que institui as PPPs). O Project Finance é uma estrutura econômico-financeira de planejamento conhecida e testada que utiliza diversos campos do conhecimento, como: estratégia; finanças; societárias; jurídicas; engenharia; logística; securitárias; organizacionais; e outras.
O Project Finance responde por exemplo:
• O projeto é financiável?
• Qual a estrutura dos financiamentos – prazos, taxas, amortizações?
• De quanto deve ser o aporte de capital próprio?
• Qual o custo de capital e o retorno econômico esperado?
• Quais são os pontos críticos da execução e operação e como minimizar estes riscos?
Um aspecto relevante que distingue as operações de Project Finance das demais é: ele indica como harmonizar os interesses dos envolvidos (investidores, poder concedente, fornecedores, financiadores e stakeholders) e os caminhos para a saída (way out) do projeto.
O Project Finance não é infalível nem milagroso: é, sim, um instrumento criterioso e técnico, pois estuda exaustivamente um projeto com suporte de uma metodologia científica, minimizando a possibilidade de insucesso.
Temos observado que os erros, quando ocorrem, se dão essencialmente na projeção das receitas, ou porque se superestimou o comportamento do mercado, ou se fez uma má previsão de preços possíveis a serem praticados. Erros também têm ocorrido devido à superestimação dos custos (cost overrun), como foi o caso do Eurotúnel – mas estes são raros, e menos ainda, quando forem associados aos processos de produção e logística.
O Project Finance tem sido associado as grandes concessões, privatizações e PPPs, embora no presente esta técnica seja adequada a empreendimentos menores, ou privados. Nossos estudos demonstraram que pequenos empreendimentos de caráter quase familiar, como a concessão de trechos menores de rodovias com relativamente baixo volume de trafego, são viáveis utilizando a técnica do Project Finance.
*Cláudio Augusto Bonomi é associado da Oscar Malvessi Consultoria em Valor. Especializados em projetos de infraestrutura e Criação de Valor/EVA/VEC
Em razão do novo ambiente político do país, empresários e investidores já buscam novas oportunidades de negócios, sentem segurança nas instituições e mais respeito aos contratos para realizar novos investimentos.
Por outro lado, o governo continua precisando de novos recursos para investir, dependendo assim de parceiros da iniciativa privada para reavivar a economia – a fim de atender as necessidades da população e viabilizar a retomada do crescimento.
Hoje temos em análise 75 processos de transferência de domínio em âmbito federal – sejam privatizações, PPPs (Parcerias Público-Privadas) ou mesmo simples concessões, das quais 15 estão em estágio avançado de audiência pública. Nos municípios, várias PPPs de iluminação pública e saneamento já vêm sendo realizadas.
Muitas são as oportunidades sem considerar que há 2.904 projetos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Independente do novo governo alterar ou não o nome do programa, as necessidades continuam existir muitas urgentes e prioritárias. Os estudos de viabilização desses projetos deverão continuar sendo muitos deles viáveis para a transferência de domínio.
Várias são as questões que envolvem um novo projeto, como:
• Qual projeto selecionar para investir?
• Quais são os riscos – políticos, operacionais e financeiros, etc.?
• Qual projeto trará a rentabilidade desejada?
Para responder estas e outras questões existe uma ferramenta de eficácia comprovada: o Project Finance (instrumento que fez parte da lei que institui as PPPs). O Project Finance é uma estrutura econômico-financeira de planejamento conhecida e testada que utiliza diversos campos do conhecimento, como: estratégia; finanças; societárias; jurídicas; engenharia; logística; securitárias; organizacionais; e outras.
O Project Finance responde por exemplo:
• O projeto é financiável?
• Qual a estrutura dos financiamentos – prazos, taxas, amortizações?
• De quanto deve ser o aporte de capital próprio?
• Qual o custo de capital e o retorno econômico esperado?
• Quais são os pontos críticos da execução e operação e como minimizar estes riscos?
Um aspecto relevante que distingue as operações de Project Finance das demais é: ele indica como harmonizar os interesses dos envolvidos (investidores, poder concedente, fornecedores, financiadores e stakeholders) e os caminhos para a saída (way out) do projeto.
O Project Finance não é infalível nem milagroso: é, sim, um instrumento criterioso e técnico, pois estuda exaustivamente um projeto com suporte de uma metodologia científica, minimizando a possibilidade de insucesso.
Temos observado que os erros, quando ocorrem, se dão essencialmente na projeção das receitas, ou porque se superestimou o comportamento do mercado, ou se fez uma má previsão de preços possíveis a serem praticados. Erros também têm ocorrido devido à superestimação dos custos (cost overrun), como foi o caso do Eurotúnel – mas estes são raros, e menos ainda, quando forem associados aos processos de produção e logística.
O Project Finance tem sido associado as grandes concessões, privatizações e PPPs, embora no presente esta técnica seja adequada a empreendimentos menores, ou privados. Nossos estudos demonstraram que pequenos empreendimentos de caráter quase familiar, como a concessão de trechos menores de rodovias com relativamente baixo volume de trafego, são viáveis utilizando a técnica do Project Finance.
*Cláudio Augusto Bonomi é associado da Oscar Malvessi Consultoria em Valor. Especializados em projetos de infraestrutura e Criação de Valor/EVA/VEC