O áudio, a Lava-Jato e a economia
Faz mais de um ano que o noticiário brasileiro se altera dia sim e outro também entre reportagens sobre a crise econômica (do rebaixamento do grau de investimento ao aumento da inflação) e a Operação Lava-Jato e seus desdobramentos políticos. A dura realidade do nosso país, somada à (necessária) cobertura da imprensa, trouxe um fenômeno […]
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2016 às 13h17.
Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h02.
Faz mais de um ano que o noticiário brasileiro se altera dia sim e outro também entre reportagens sobre a crise econômica (do rebaixamento do grau de investimento ao aumento da inflação) e a Operação Lava-Jato e seus desdobramentos políticos. A dura realidade do nosso país, somada à (necessária) cobertura da imprensa, trouxe um fenômeno interessante à opinião pública. Hoje, 2/3 dos brasileiros consideram que a corrupção é a principal responsável pela crise econômica. Corrupção associada aos governantes de todas as esferas, mas em especial ao governo federal. A associação direta entre corrupção e economia levou ao processo de impeachment e ao verdadeiro desejo de mudança que hoje é predominante entre a grande maioria dos brasileiros. O que vemos nas pesquisas é que a real vontade da população é mudar pelo voto os governantes do país.
Começamos a semana com a divulgação de um áudio em que o novo ministro do Planejamento insinua, segundo a Folha de São Paulo, que o impeachment seria a única forma de conter a Lava-Jato. Em que pese o debate sobre o real contexto da conversa, a notícia, por si só, é ruim. O ministério do Planejamento é responsável por definir as estratégias orçamentárias da União e é peça-chave em uma equipe econômica que foi celebrada por sua independência política e elevado grau técnico. Em um cenário de total descrédito da população sobre o futuro da economia brasileira – apenas 25% da população espera por melhoras na situação econômica para o próximo ano –, nada pior para a credibilidade da nova política econômica do que ter que desviar seu foco da crise financeira para a crise ética e política que vivemos.
Essa seria só mais uma denúncia se não viesse em um contexto de desgaste da classe política e de um crescente movimento da opinião pública em favor de passar o Brasil a limpo. Cabe agora ao governo Temer mostrar claramente quais serão as diferenças entre o seu governo e o Governo Dilma. O que une o Brasil, da direita à esquerda, é que um governo de “salvação nacional” passa necessariamente pelo fim das velhas práticas políticas que foram responsáveis por fazer Brasil chegar aonde chegou.
Faz mais de um ano que o noticiário brasileiro se altera dia sim e outro também entre reportagens sobre a crise econômica (do rebaixamento do grau de investimento ao aumento da inflação) e a Operação Lava-Jato e seus desdobramentos políticos. A dura realidade do nosso país, somada à (necessária) cobertura da imprensa, trouxe um fenômeno interessante à opinião pública. Hoje, 2/3 dos brasileiros consideram que a corrupção é a principal responsável pela crise econômica. Corrupção associada aos governantes de todas as esferas, mas em especial ao governo federal. A associação direta entre corrupção e economia levou ao processo de impeachment e ao verdadeiro desejo de mudança que hoje é predominante entre a grande maioria dos brasileiros. O que vemos nas pesquisas é que a real vontade da população é mudar pelo voto os governantes do país.
Começamos a semana com a divulgação de um áudio em que o novo ministro do Planejamento insinua, segundo a Folha de São Paulo, que o impeachment seria a única forma de conter a Lava-Jato. Em que pese o debate sobre o real contexto da conversa, a notícia, por si só, é ruim. O ministério do Planejamento é responsável por definir as estratégias orçamentárias da União e é peça-chave em uma equipe econômica que foi celebrada por sua independência política e elevado grau técnico. Em um cenário de total descrédito da população sobre o futuro da economia brasileira – apenas 25% da população espera por melhoras na situação econômica para o próximo ano –, nada pior para a credibilidade da nova política econômica do que ter que desviar seu foco da crise financeira para a crise ética e política que vivemos.
Essa seria só mais uma denúncia se não viesse em um contexto de desgaste da classe política e de um crescente movimento da opinião pública em favor de passar o Brasil a limpo. Cabe agora ao governo Temer mostrar claramente quais serão as diferenças entre o seu governo e o Governo Dilma. O que une o Brasil, da direita à esquerda, é que um governo de “salvação nacional” passa necessariamente pelo fim das velhas práticas políticas que foram responsáveis por fazer Brasil chegar aonde chegou.