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Nossas exportações crescem significativamente

A balança comercial de outubro confirmou, além de mais um dado favorável no processo de recuperação da economia, o bom momento vivido pelo setor externo

PORTO DE SANTOS: crescimento do comércio com a América Latina / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 16h06.

A divulgação da balança comercial de outubro confirmou, além de mais um dado favorável no processo de recuperação da economia, o bom momento vivido pelo setor externo. O resultado mostrou, especialmente, que o crescimento das exportações é bastante robusto em 2017.

Em outubro, as exportações totalizaram US$ 18,9 bilhões, uma alta de 37,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até o mês de referência, as exportações somaram US$ 183,5 bilhões e as importações US$ 125,0 bilhões, alcan- çando um superávit comercial de US$ 58,5 bilhões, um recorde na série histórica, desde 1992.

O aumento das exportações, no acumulado do ano até outubro, foi puxado pelas vendas de básicos (28,2%), por conta do aumento de preço e quantum das commodities e, especialmente pela elevação das exportações de petróleo e gás, além do avanço das vendas de manufaturados (12,1%).

No acumulado entre janeiro e setembro de 2017, as exportações de petróleo aumentaram 88% na comparação interanual, totalizando US$ 13,3 bilhões. Em relação aos derivados, a comercialização representa uma elevação de 40% quando comparada ao mesmo período do ano anterior, de US$ 2,6 bilhões para US$ 3,6 bilhões.

As exportações de manufaturados estão crescendo bem. Destaque para o setor de material de transporte, em especial a venda de automóveis de passageiros, camionetas e utilitários, com crescimento de 45,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta tendência parece que veio para ficar.

A elevação das exportações de manufaturados está diretamente ligada ao crescimento do comércio com a América Latina, que por sua vez, está relacionada ao governo mais liberal de Mauricio Macri na Argentina, à queda do bolivarianismo e à retomada do crescimento, com sinal favorável para a atividade econômica na região, e a maior ligação com os países do Grupo do Pacífico.

Por outro lado, a exportação para a União Europeia está medíocre. A variação percentual em 12 meses mostra que as vendas para o bloco econômico subiram apenas 3,4%, figurando como o destino que menos cresceu entre as principias regiões. O protecionismo europeu, especialmente nos produtos agrícolas, continua firme.

A demanda externa voltou a ser uma das fontes importantes na explicação da retomada do crescimento econômico.

José Roberto Mendonça de Barros, economista com pós-doutorado pela Yale University, é fundador da consultoria MB Associados

Antonio Louro, mestre em economia pela EESP/FGV, é consultor da MB Associados

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A divulgação da balança comercial de outubro confirmou, além de mais um dado favorável no processo de recuperação da economia, o bom momento vivido pelo setor externo. O resultado mostrou, especialmente, que o crescimento das exportações é bastante robusto em 2017.

Em outubro, as exportações totalizaram US$ 18,9 bilhões, uma alta de 37,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até o mês de referência, as exportações somaram US$ 183,5 bilhões e as importações US$ 125,0 bilhões, alcan- çando um superávit comercial de US$ 58,5 bilhões, um recorde na série histórica, desde 1992.

O aumento das exportações, no acumulado do ano até outubro, foi puxado pelas vendas de básicos (28,2%), por conta do aumento de preço e quantum das commodities e, especialmente pela elevação das exportações de petróleo e gás, além do avanço das vendas de manufaturados (12,1%).

No acumulado entre janeiro e setembro de 2017, as exportações de petróleo aumentaram 88% na comparação interanual, totalizando US$ 13,3 bilhões. Em relação aos derivados, a comercialização representa uma elevação de 40% quando comparada ao mesmo período do ano anterior, de US$ 2,6 bilhões para US$ 3,6 bilhões.

As exportações de manufaturados estão crescendo bem. Destaque para o setor de material de transporte, em especial a venda de automóveis de passageiros, camionetas e utilitários, com crescimento de 45,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta tendência parece que veio para ficar.

A elevação das exportações de manufaturados está diretamente ligada ao crescimento do comércio com a América Latina, que por sua vez, está relacionada ao governo mais liberal de Mauricio Macri na Argentina, à queda do bolivarianismo e à retomada do crescimento, com sinal favorável para a atividade econômica na região, e a maior ligação com os países do Grupo do Pacífico.

Por outro lado, a exportação para a União Europeia está medíocre. A variação percentual em 12 meses mostra que as vendas para o bloco econômico subiram apenas 3,4%, figurando como o destino que menos cresceu entre as principias regiões. O protecionismo europeu, especialmente nos produtos agrícolas, continua firme.

A demanda externa voltou a ser uma das fontes importantes na explicação da retomada do crescimento econômico.

José Roberto Mendonça de Barros, economista com pós-doutorado pela Yale University, é fundador da consultoria MB Associados

Antonio Louro, mestre em economia pela EESP/FGV, é consultor da MB Associados

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