E se?
E se Bolsonaro for reeleito presidente do Brasil?
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 11h45.
Última atualização em 23 de fevereiro de 2022 às 12h37.
Por Ciro Nogueira, Ministro da Casa Civil
E se Bolsonaro for reeleito presidente do Brasil? Teremos com absoluta clareza um ministro da economia e uma política econômica que não será dúvida. Será certeza. Será a certeza de uma diretriz alinhada com o teto de gastos, com a disciplina fiscal, com o aprofundamento das reformas, com a independência do Banco Central, com a previsibilidade, com as privatizações, com a modernização do Brasil e da economia brasileira.
E se Lula e o PT chegassem ao poder? Seríamos transformados em um laboratório de testes e experimentações econômicas inúteis e já comprovadamente catastróficas. Adeus teto de gastos, adeus redução de estatais (bem-vindo aparelhamento!), adeus BC independente, adeus tripé macroeconômico. E, como se não bastasse, ainda teríamos de brinde a bomba do congelamento dos combustíveis, a porta para a volta do congelamento de preços, tema já prometido por Lula! Teríamos a intervenção na Petrobras - algo que se Bolsonaro vencer, como irá, nunca vai acontecer.
E se Bolsonaro vencer? Teremos a garantia de harmonia entre um Congresso conservador e reformista do ponto de vista econômico e um governo que abraçou a agenda da modernização da economia. Teremos um clima de Executivo e Legislativo com pautas comuns, sem pautas bombas, sem impasses, sem crises, sem ambientes que irão contaminar o ambiente econômico e as expectativas do mercado. Poderemos finalmente deslanchar após os anos terríveis da maior pandemia da história da humanidade e fazer o Brasil alcançar todo o seu potencial.
O segundo mandato de Bolsonaro, assim como o de Lula, será muito melhor do que o primeiro. Não podemos negar ao presidente e ao país a chance de concluir sua missão, assim como não negamos a Lula na vez dele. Não podemos impedir que Bolsonaro faça no seu segundo mandato o seu melhor governo. Se com todas as dificuldades ele termina o primeiro mandato deixando um saldo histórico de conquistas, sobretudo diante das dificuldades, daqui para frente, quando pior já tiver passado, ele merece a oportunidade de fazer tudo que não pôde fazer e irá fazer.
Se o PT fosse eleito, a política voltaria para a pré-história do Mensalão. O toma-lá-dá-cá que já foi tirado de cena pelo presidente Bolsonaro, voltaria com força. Ministérios com “porteira fechada” e tudo que conhecemos e sabemos bem onde termina. Isso é ruim, mas não é o pior. Com os novos poderes do Congresso Nacional, essa tática rasteira de cooptação do passado pode até atrair alguns, mas o cerne do parlamento está blindado. Só conseguirá apoio do legislativo o presidente que tiver propostas, sobretudo no campo econômico, que estejam em sintonia com deputados e senadores.
Se Lula já começa querendo fazer como Dilma - ela fez o tarifaço da energia, intervindo na marra na Eletrobrás para baixar 20% da conta de luz e deixou o setor elétrico quebrado, lesando até hoje os consumidores - ele querendo intervir na marra na Petrobras para fazer populismo tarifário com o preço dos combustíveis, a chance de obter apoio no Congresso será próxima de zero e a chance de crise será próxima de 100.
E a pergunta que mais importa em todas as especulações da campanha presidencial é: e se? Não se trata de e se um ganhar ou não. E se Lula vence ou e se Bolsonaro triunfar. A grande questão de 2022 é: e se o Brasil escolher o presidente e o partido errado para liderar os próximos quatro anos num momento crucial do mundo e da sua história? Podemos nos dar a esse luxo? Podemos nos esquecer de tudo que aconteceu nos 14 anos do PT no poder e resumir tudo aquilo a uma mera anulação do foro de Curitiba como o lugar para julgar Lula, o que está longe de ser um julgamento de absolvição, mas uma questão técnica que não absolve os 14 anos do PT, não absolve os seis anos de Dilma, não absolve a história que o Brasil inteiro conhece?
E se escolhermos para o nosso futuro um presidente que foi eleito 20 anos atrás? O Brasil está aprisionado ao passado? Ou está livre para viver o seu futuro. E se? E se o Brasil estiver pronto para viver seus melhores dias? E se o Brasil, depois de passar pela pandemia com força e luta, estiver pronto para olhar para frente como sempre olhou e não para o passado? E se o Brasil estiver otimista, com vontade de se superar, crescer, alcançar tudo o que pode e merece ser, vai escolher mais quatro anos de Bolsonaro. E se não fosse assim? Seria voltar para um passado de que lutamos para nos libertar. Mas o Brasil sempre segue em frente. Se não fosse assim, o Brasil não seria o grande país que é.
Por Ciro Nogueira, Ministro da Casa Civil
E se Bolsonaro for reeleito presidente do Brasil? Teremos com absoluta clareza um ministro da economia e uma política econômica que não será dúvida. Será certeza. Será a certeza de uma diretriz alinhada com o teto de gastos, com a disciplina fiscal, com o aprofundamento das reformas, com a independência do Banco Central, com a previsibilidade, com as privatizações, com a modernização do Brasil e da economia brasileira.
E se Lula e o PT chegassem ao poder? Seríamos transformados em um laboratório de testes e experimentações econômicas inúteis e já comprovadamente catastróficas. Adeus teto de gastos, adeus redução de estatais (bem-vindo aparelhamento!), adeus BC independente, adeus tripé macroeconômico. E, como se não bastasse, ainda teríamos de brinde a bomba do congelamento dos combustíveis, a porta para a volta do congelamento de preços, tema já prometido por Lula! Teríamos a intervenção na Petrobras - algo que se Bolsonaro vencer, como irá, nunca vai acontecer.
E se Bolsonaro vencer? Teremos a garantia de harmonia entre um Congresso conservador e reformista do ponto de vista econômico e um governo que abraçou a agenda da modernização da economia. Teremos um clima de Executivo e Legislativo com pautas comuns, sem pautas bombas, sem impasses, sem crises, sem ambientes que irão contaminar o ambiente econômico e as expectativas do mercado. Poderemos finalmente deslanchar após os anos terríveis da maior pandemia da história da humanidade e fazer o Brasil alcançar todo o seu potencial.
O segundo mandato de Bolsonaro, assim como o de Lula, será muito melhor do que o primeiro. Não podemos negar ao presidente e ao país a chance de concluir sua missão, assim como não negamos a Lula na vez dele. Não podemos impedir que Bolsonaro faça no seu segundo mandato o seu melhor governo. Se com todas as dificuldades ele termina o primeiro mandato deixando um saldo histórico de conquistas, sobretudo diante das dificuldades, daqui para frente, quando pior já tiver passado, ele merece a oportunidade de fazer tudo que não pôde fazer e irá fazer.
Se o PT fosse eleito, a política voltaria para a pré-história do Mensalão. O toma-lá-dá-cá que já foi tirado de cena pelo presidente Bolsonaro, voltaria com força. Ministérios com “porteira fechada” e tudo que conhecemos e sabemos bem onde termina. Isso é ruim, mas não é o pior. Com os novos poderes do Congresso Nacional, essa tática rasteira de cooptação do passado pode até atrair alguns, mas o cerne do parlamento está blindado. Só conseguirá apoio do legislativo o presidente que tiver propostas, sobretudo no campo econômico, que estejam em sintonia com deputados e senadores.
Se Lula já começa querendo fazer como Dilma - ela fez o tarifaço da energia, intervindo na marra na Eletrobrás para baixar 20% da conta de luz e deixou o setor elétrico quebrado, lesando até hoje os consumidores - ele querendo intervir na marra na Petrobras para fazer populismo tarifário com o preço dos combustíveis, a chance de obter apoio no Congresso será próxima de zero e a chance de crise será próxima de 100.
E a pergunta que mais importa em todas as especulações da campanha presidencial é: e se? Não se trata de e se um ganhar ou não. E se Lula vence ou e se Bolsonaro triunfar. A grande questão de 2022 é: e se o Brasil escolher o presidente e o partido errado para liderar os próximos quatro anos num momento crucial do mundo e da sua história? Podemos nos dar a esse luxo? Podemos nos esquecer de tudo que aconteceu nos 14 anos do PT no poder e resumir tudo aquilo a uma mera anulação do foro de Curitiba como o lugar para julgar Lula, o que está longe de ser um julgamento de absolvição, mas uma questão técnica que não absolve os 14 anos do PT, não absolve os seis anos de Dilma, não absolve a história que o Brasil inteiro conhece?
E se escolhermos para o nosso futuro um presidente que foi eleito 20 anos atrás? O Brasil está aprisionado ao passado? Ou está livre para viver o seu futuro. E se? E se o Brasil estiver pronto para viver seus melhores dias? E se o Brasil, depois de passar pela pandemia com força e luta, estiver pronto para olhar para frente como sempre olhou e não para o passado? E se o Brasil estiver otimista, com vontade de se superar, crescer, alcançar tudo o que pode e merece ser, vai escolher mais quatro anos de Bolsonaro. E se não fosse assim? Seria voltar para um passado de que lutamos para nos libertar. Mas o Brasil sempre segue em frente. Se não fosse assim, o Brasil não seria o grande país que é.